Mais da metade das empresas estão no estágio inicial de maturidade em ESG, aponta ICTS Protiviti
Pesquisa inédita para avaliar o grau de maturidade das empresas em relação aos principais pilares de um Programa ESG mostra que o tema ainda não é tratado como um pilar estratégico e não há conscientização da liderança. Na amostra, apenas 4% das organizações respondentes estão no patamar mais alto de maturidade
A sigla ESG (do inglês, Environmental, Social & Governance) tem recebido destaque da mídia, do mercado financeiro e dos investidores, além de ser um tema em alta no mundo corporativo.
Para entender como as empresas no Brasil estão reagindo a esse movimento, a ICTS Protiviti, consultoria especializada em gestão de riscos, ética, compliance e ESG, realizou uma pesquisa sobre a maturidade das empresas em relação aos seus Programas de Sustentabilidade e constatou que apenas 4% das organizações estão no patamar mais alto de maturidade, numa escala de 5 níveis.
A companhia ouviu 100 empresas de diferentes segmentos e portes e o resultado mostra que a maioria, ou seja, 52% dos respondentes, estão ainda em estágio inicial e ainda precisam dar os primeiros passos e fazer o básico. Em algumas destas empresas, a gestão depende mais da experiência e características pessoais de alguns colaboradores envolvidos no tema do que de um processo definido, formalizado e conhecido. Isso significa que o tema ESG ainda está longe de ser tratado como um pilar estratégico e não há conscientização do assunto pela liderança e pelos colaboradores.
“Estamos iniciando a jornada ESG no Brasil. Temos empresas mais maduras no tema, mas infelizmente elas ainda são minoria. Por outro lado, é importante destacar a vontade de muitas de se envolver com o tema e de evoluir sua maturidade. Demandas de investidores e do mercado financeiro têm ajudado na criação de movimento, assim como a conscientização da alta direção também. Há ainda aquelas que estão monitorando a evolução nos requisitos legais e regulatórios”, explica Daniela Coelho, diretora associada de Sustentabilidade da ICTS Protiviti e que coordenou a pesquisa.
O modelo de análise de maturidade da pesquisa considera seis pilares, que inclui Estratégias e Políticas, Processos, Stakeholders, Comunicação e Reporte, Metodologia, Sistemas e Dados, o que torna possível identificar os pontos nos quais as empresas possuem mais fragilidade e necessidade de aprimoramento para evoluírem nesta jornada. Embora o tema Stakeholders tenha sido o que apresentou melhor resultado dentre os seis temas avaliados, com 32% numa escala de 0 a 100, a pesquisa mostra que há ainda muito espaço para evoluir nos diálogos e no engajamento com as partes interessadas.
Sistemas e Dados foi o tópico que apresentou menor nível de maturidade, com apenas 19%. É importante ressaltar que, dentro de um Programa de Sustentabilidade, as empresas precisam gerenciar a evolução dos temas materiais e de seus compromissos. Para isso, uma boa gestão de dados tornará o processo mais eficiente, garantindo segurança e confiabilidade das informações.
“De um modo geral, a movimentação do mercado é positiva em relação ao tema. Porém, por ser muito abrangente e complexo, muitas empresas possuem dúvidas de como iniciar essa agenda. E, para não ficarem de fora, acabam priorizando ações imediatista como o relatório, optando por soluções fáceis e rápidas que não trazem benefícios de fato. É preciso ser consistente com suas estratégias, modelos de negócios, riscos e setor de atuação”, complementa Jefferson Kiyohara, diretor de Compliance e Sustentabilidade da ICTS Protiviti.
Para empresas que estão num patamar inicial, a orientação é
fazer um diagnóstico mais amplo de suas iniciativas, métricas, riscos e
materialidade, além de analisar indícios de falhas que devam ser priorizadas
por meio de uma pesquisa de maturidade, que está disponível gratuitamente no
Portal ESG da ICTS Protiviti, acessado pelo link https://esg.icts.com.br/
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