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quarta-feira, 31 de março de 2021

IESS reúne especialistas para debater adoção de novas tecnologias


Evento da próxima quinta-feira (01) marca a retomada das transmissões ao vivo e gratuitas da instituição.

A adoção de novas tecnologias é um dos principais temas dos setores de saúde em todo o mundo. E na saúde suplementar brasileira não é diferente, uma vez que ainda há a necessidade cada vez maior de se debater a efetividade e os impactos econômicos de novos métodos e terapias. É por saber da importância da questão que o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) irá reunir especialistas com diferentes experiências no webinar "Avaliação de Tecnologia em Saúde - Boas práticas internacionais e lições para o Brasil", que acontece na próxima quinta-feira, 01 de abril, às 16h. O evento é gratuito com transmissão ao vivo no YouTube e nas redes sociais da entidade.

Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, a adoção de novas tecnologias precisa ser precedida de uma avaliação criteriosa para se assegurar que atenda a diversos aspectos. Primeiro, que não faça mal (princípio adotado desde Hipócrates) e que tenha boa chance de fazer o bem - avaliação necessária para a saúde de todos. Segundo, é preciso se certificar de que a tecnologia é eficiente (faz uso menor possível de recursos), eficaz (resolva o problema que a motivou em ambiente controlado) e efetivas (solucione a demanda da população, isto é, em ambiente não controlado). Terceiro, as novas tecnologias tendem a ser muito dispendiosas nos anos iniciais de sua adoção, encarecendo os serviços de assistência médica. Precisam, portanto, terem uma avaliação do custo-efetividade e impacto orçamentário.

"Não se trata de rejeitar o avanço tecnológico, mas assegurar que efetivamente ele represente ganhos para a saúde das pessoas e de eficiência ao sistema", reflete. "Não dá para incorporar um novo medicamento, uma nova tecnologia, sem uma análise técnica que considere a complexidade dessa adoção e a efetividade, contemplando seus custos e benefícios", completa.

Com mediação de José Cechin, o encontro conta com a participação de Carisi Anne Polanczyk, médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, do Hospital Moinhos de Vento e coordenadora-geral do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS); Rogério Scarabel Barbosa, Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Luciano Paladini, oncologista clínico da Oncoclínicas do Brasil e da Universidade Federal de Uberlândia. Atua como consultor em ATS pela Evidências/Kantar; e João Paulo dos Reis Neto, médico e Diretor-Presidente da CAPESESP.

Na ocasião, serão debatidos os resultados do relatório "Experiências Internacionais em Avaliação de Tecnologias em Saúde: Implicações para o Brasil", elaborado pelo Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS) a pedido do IESS. A publicação apresenta um histórico do tema, experiências nacionais e estrangeiras, o funcionamento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE), os desafios para a saúde suplementar brasileira e outros aspectos.

A série de encontros aborda importantes temas para o desenvolvimento do setor de saúde suplementar nacional com transmissão ao vivo. Os interessados podem ver mais detalhes no site da entidade (http://iess.org.br/eventos). Todos os webinars anteriores estão disponíveis no canal do IESS no YouTube (http://www.youtube.com/IESSbr).

Webinar IESS - Avaliação de Tecnologia em Saúde: Boas práticas internacionais e lições para o Brasil

Data: 01/04 (quinta-feira)

Horário: 16h

Inscrição e transmissão no http://www.iess.org.br/eventos

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

terça-feira, 30 de março de 2021

Brasília Ambiental e UnB reforçam ações em parceria

 

Imagem: Evandro Novaes Instagram: @jornalistafalcao

Autarquia e Museu do Cerrado trabalham juntos na busca de soluções de problemas socioambientais locais.

O Instituto Brasília Ambiental e a Universidade de Brasília (UnB) firmaram parceria para trabalhar em prol de benefícios para o meio ambiente do Distrito Federal.  O instituto atua por meio da Unidade de Educação Ambiental (Educ); a UnB, pelo Museu do Cerrado. Ambos estão no Comitê Interinstitucional de Educação Ambiental (Ciea) com a tarefa de construir canais de diálogo para a efetiva implantação da Política Nacional de Educação Ambiental (Pnea).

“Essa parceria se propõe a divulgar, deixar mais conhecida a biodiversidade do nosso cerrado”

Marcus Paredes, chefe da Educ/Brasília Ambiental

Um dos principais ganhos que o trabalho conjunto dos dois órgãos proporciona é a divulgação das ações da Educ do Brasília Ambiental. Todo o material educativo produzido é amplamente divulgado pelo Museu do Cerrado. Estão lá, à disposição da visitação virtual pela população, publicações como Guia de Parques, Guia de Unidades de Conservação, Manual do Biodetetive e todos os cartazes da coleção Eu Amo o cerrado, como Flores do cerrado, Aves do cerrado e Peixes do cerrado, entre outros.

O chefe da Educ, Marcus Paredes, explica que a educação ambiental é uma atividade multissetorial e multi-institucional, ou seja, todos podem fazer, desde que bem-orientados. “Partindo desse princípio, o objetivo principal dessa parceria é fazer com que as ações de EA [educação ambiental] tenham maior visibilidade e, dessa forma, sejam multiplicadas”, afirma. “Não preservamos aquilo que não amamos e não amamos aquilo que não conhecemos. Então, tendo a possibilidade de conhecer, a chance de gostarmos é bem maior, e essa parceria se propõe a divulgar, deixar mais conhecida a biodiversidade do nosso cerrado”.

Atuação conjunta

A diretora-geral do Museu do Cerrado, Rosângela Corrêa, ressalta a importância do trabalho conjunto. “Trabalhamos há anos com o Brasília Ambiental”, diz. “Não é preciso a assinatura de um contrato para que a parceria aconteça, até porque estamos juntos em diferentes instâncias de ação pública. Toda parceria é fundamental para fortalecermos as ações coletivas que são necessárias na solução dos problemas socioambientais locais”.

“O nosso museu não fecha portas, então temos que estar continuamente atualizando informações, notícias, exposições”

Rosângela Corrêa, diretora do Museu do Cerrado

Na avaliação da gestora, o trabalho desenvolvido pelo Brasília Ambiental tem sido produtivo. “A divulgação desse trabalho no Museu do Cerrado amplia seu campo de ação, já que temos 11 mil acessos por mês de brasileiros e pessoas de outros países”, destaca.

Centro de referência 

O Museu do Cerrado é uma iniciativa da área de Educação Ambiental e Ecologia Humana da Faculdade de Educação da UnB. Foi criado em 18 de junho de 2017. Tem como missão ser um centro de referência nacional sobre o sistema biogeográfico do cerrado para divulgar e preservar os conhecimentos científicos, os saberes e os fazeres populares acerca da sociobiodiversidade, contribuindo para a formação de profissionais e cidadãos comprometidos com a cultura do cuidado e da sustentabilidade desse bioma.

Criado no ambiente virtual, o Museu do Cerrado tem o objetivo de alcançar o maior número de pessoas com diferentes idades e nichos. “Agora, com a pandemia, em que as pessoas devem ficar em casa, sempre que possível, os museus virtuais tomaram uma dimensão muito importante, pois mais pessoas estão interessadas em nos visitar”, observa Rosângela Corrêa. “O nosso museu não fecha portas, então temos que estar continuamente atualizando informações, notícias, exposições”.

Da Redação TN com informações da Agência Brasília e do Brasília Ambiental.

quinta-feira, 25 de março de 2021

Epidemias aumentam quando biodiversidade declina, alerta estudo

 


A pesquisa oferece uma primeira visão global de como as mudanças na cobertura florestal potencialmente contribuem para doenças zoonóticas e transmitidas por vetores

Um estudo publicado nesta quarta-feira (24) na revista Frontiers in Veterinary Science traz um importante alerta sobre o impacto do desmatamento e de monoculturas na saúde da população mundial. De acordo os pesquisadores da Universidade de Montpellier, na França, surtos de doenças infecciosas são mais prováveis nessas regiões, e as epidemias tendem a aumentar à medida que a biodiversidade declina.

Para chegar a esse cenário, os especialistas examinaram a correlação entre as tendências de cobertura florestal, plantações, população e doenças em todo o mundo usando estatísticas de instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Banco Mundial, a FAO e o banco de dados de epidemias da Gideon. No período de dados coletados, de 1990 a 2016, foram identificados 3.884 surtos de 116 doenças zoonóticas (aquelas que passam de animais para seres humanos) e 1.996 surtos de 69 doenças infecciosas transmitidas por vetores, principalmente por mosquitos, carrapatos ou moscas. A expansão das plantações dendê chamou atenção, pois correspondeu a aumentos significativos nas infecções por doenças transmitidas por vetores, principalmente na Ásia. Os pesquisadores destacam uma meta-análise realizada sudeste da Ásia em que especialistas apontaram para uma associação entre o aumento de doenças como dengue ou chikungunya e a conversão de terras, incluindo florestas, em plantações comerciais de borracha, dendê, entre outros.

“Fiquei surpreso com a clareza do padrão”, afirmou Serge Morand, um dos autores do estudo, ao site Eurekalert.org. “Devemos dar mais atenção ao papel da floresta na saúde humana, animal e ambiental. A mensagem deste estudo é ‘não se esqueça da floresta´.”

Há anos os efeitos negativos do desmatamento para a saúde já são pontuados por pesquisadores ao redor do mundo. Já se sabe que a devastação ambiental no Brasil – por exemplo, o desmatamento de Rondônia na década de 1980 – foi relacionada a epidemias de malária. No sudeste da Ásia, estudos mostram como o desmatamento favorece o mosquito Anopheles darlingi, vetor de várias doenças. No entanto, esta é a primeira pesquisa que ofereceu uma visão global das consequências do desmatamento e das mudanças na cobertura florestal sobre a saúde humana. Para tal, além da correlação estabelecida, que sozinha não é prova de casualidade porque outros fatores podem estar envolvidos, como perturbações climáticas, os autores analisaram outras referências, como estudos de caso individuais que destacam as ligações entre epidemias e mudanças no uso da terra. Eles alertam, no entanto, que como outros diversos fatores também influenciam o surgimento de novas epidemias, mais investigações seguem sendo necessárias.

A pesquisa aponta ainda que até mesmo o plantio de árvores pode aumentar os riscos à saúde das populações humanas locais se contemplar um restrito número de espécies, como costuma ser o caso em florestas comerciais. Os autores explicam que isso ocorre porque as doenças são filtradas e bloqueadas por uma variedade de predadores e habitats em uma floresta saudável e biodiversa. Quando esse cenário é substituído por uma plantação de dendê, campos de soja ou blocos de eucalipto, por exemplo, muitas espécies mais específicas morrem, deixando espaço para outras mais generalistas, como ratos e mosquitos, se desenvolverem e espalharem patógenos em habitats humanos e não humanos. O resultado é uma perda de regulação natural de algumas doenças.

O estudo também acrescenta evidências de que os vírus são mais propensos a saltar para humanos ou animais se eles viverem em ou perto de ecossistemas afetados, como florestas recentemente desmatadas ou pântanos drenados para terras agrícolas, projetos de mineração ou projetos residenciais. Quando esses locais são próximos a áreas urbanas, o cenário é mais preocupante.

“Devemos levar em conta os custos de saúde pública ao considerar novas plantações ou minas. Os riscos são primeiro para a população local, mas depois para todo o mundo, porque vimos com a Covid-19 como as doenças podem se espalhar rapidamente”, alerta Morand.

Os autores do estudo estão agora trabalhando em uma pesquisa mais detalhada que usará a análise de satélite da cobertura florestal para examinar as ligações com novos surtos de doenças. Com mais informações, eles acreditam que pode ser possível prever futuros surtos e trabalhar com as comunidades locais para construir paisagens ecologicamente diversas e economicamente produtivas que reduzam os riscos.

Da Redação TN com informações do Observatório do Clima.

terça-feira, 23 de março de 2021

ECOFALANTE LANÇA A ECOFALANTE PLAY, PLATAFORMA DE STREAMING EXCLUSIVA PARA PROGRAMA EDUCACIONAL



Mais de 130 filmes de temática socioambiental ficarão disponíveis gratuitamente para uso estritamente educacional.

Ecofalante Play já nasce com centenas de professores e instituições de ensino parceiras.

Programa Ecofalante Universidades atende instituições públicas e privadas de ensino médio, técnico e superior de todo o país 

A Ecofalante, organização da sociedade civil que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade, acaba de lançar sua nova plataforma de streaming, a Ecofalante Play. 

Totalmente gratuita, a plataforma será exclusiva para professores, educadores e instituições de ensino que desejam utilizar o cinema como ferramenta para discutir questões socioambientais contemporâneas em sala de aula.

Oacervo da Ecofalante Play conta com mais de 130 filmes brasileiros e internacionais que abordam temas como emergência climática, consumo, cidades, energia, conservação, economia, trabalho e saúde, entre outros. As obras são selecionadas a partir da curadoria da Mostra Ecofalante de Cinema, evento que acontece anualmente desde 2012 e é hoje o maior festival de cinema com temática socioambiental realizado na América do Sul, tendo atingido um público de mais de 500 mil pessoas desde sua primeira edição.

Além de organizar a Mostra, a Ecofalante desenvolve projetos de cunho educacional ao longo do ano, exibindo filmes e organizando debates e formações de professores em escolas, universidades e equipamentos culturais. A plataforma Ecofalante Play vem para adaptar essas atividades à nova realidade de distanciamento social e para ampliar e democratizar o acesso aos conteúdos oferecidos pela organização.

Ecofalante Play

A nova plataforma surge no contexto da pandemia, onde as atividades a distância são priorizadas.

Em 2020, a Mostra Ecofalante de Cinema foi pela primeira vez realizada por streaming e a demanda foi enorme, com a participação de mais de 200 mil pessoas que assistiram aos filmes e debates em quase 1.800 municípios do Brasil. Durante o evento, ocorreu uma importante participação das universidades – os professores programaram dezenas de debates a partir dos filmes que eram exibidos na Mostra Ecofalante de Cinema. Essa participação estimulou a criação da plataforma para atender diretamente o setor educacional de todo o país, democratizando ainda mais o acesso aos filmes e ao debate socioambiental. 

Para utilizar a Ecofalante Play, os professores precisarão realizar, na própria plataforma, um cadastro vinculado à sua instituição de ensino, podendo assim ter acesso ao catálogo de filmes e agendar uma sessão.

Destaques

Entre os filmes que estarão disponíveis na nova plataforma, destacam-se produções premiadas em diversos festivais ao redor do mundo e que foram sucesso na edição mais recente da Mostra Ecofalante de Cinema.

No eixo Emergência Climática, a produção francesa que rodou inúmeros festivais internacionais "Breakpoint: Uma Outra História do Progresso", dirigida por Jean-Robert Viallet, analisa 200 anos de desenvolvimento para fornecer uma visão alternativa de nossa história do progresso. "A Era das Consequências" (EUA) investiga, pelas lentes da Segurança Nacional norte-americana, os impactos das mudanças climáticas em conflitos ao redor do mundo, revelando como a escassez de água e alimentos, a seca, as condições climáticas extremas e a elevação do nível do mar funcionam como "catalisadores de conflitos". O filme é assinado por Jared P. Scott, mesmo diretor de "A Grande Muralha Verde", documentário produzido por Fernando Meirelles. Já "Obrigado, Chuva" (Noruega/Reino Unido) é assinado por Julia Dahr, eleita pela Forbes como uma das 30 personalidades jovens que estão definindo a mídia mundial. A cineasta acompanha um pequeno agricultor queniano para registrar os impactos das mudanças climáticas e a obra foi selecionada para os festivais IDFA – Amsterdã, CPH:DOX e Hot Docs.

O tema Consumo conta com "Ladrões do Tempo", uma coprodução Espanha/França dirigida por Cosima Dannoritzer que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. Premiada no United Nations Association Film Festival, a obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. Temos ainda o canadense "Beleza Tóxica", de Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs - um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza; e "O Custo do Transporte Global", coprodução entre a Espanha e a França dirigida pelo vencedor de mais de 30 prêmios internacionais Denis Delestrac, que faz uma audaciosa investigação sobre o funcionamento e a regulamentação da indústria de transporte oceânico - que movimenta 90% dos bens que consumimos -, assim como os impactos socioambientais ocultos.

Na temática Campo, o filme "Os Despossuídos" (Canadá/Suíça), dirigido por Mathieu Roy como um misto de cinéma vérité e ensaio audiovisual, promove uma jornada impressionista que nos revela, em uma era de agricultura industrializada, a luta diária da classe camponesa faminta. "Dolores" (EUA), de Peter Bratt, ganhou repercussão no Festival de Sundance e premiações em São Francisco e Seattle ao focalizar Dolores Huerta, líder trabalhista e uma das mais importantes ativistas dos direitos civis da história dos Estados Unidos. O austríaco "Espólio da Terra", de Kurt Langbein, retrata investidores globais tanto em seu discurso sobre economia sustentável e prosperidade quanto em suas contradições: despejos, trabalho escravo e fim dos pequenos proprietários.

Já na categoria Povos Tradicionais destaca-se produção brasileira "Amazônia Sociedade Anônima", na qual o diretor Estêvão Ciavatta focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta Amazônica. O documentário "Resplendor", de Claudia Nunes e Erico Rassi, ganhou o Prêmio do Público de Melhor Curta na 9ª Mostra Ecofalante ao retratar um capítulo ainda muito obscuro da nossa história: a existência de um centro de detenção indígena, na cidade de Resplendor (MG), chamado Reformatório Krenak. "Martírio", dirigido por Vincent Carelli em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida, busca as origens do genocídio praticado contra os índios Guarani Kaiowá. A produção foi premiada no Festival de Brasília, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Mar del Plata.

Programa Ecofalante Universidades

A plataforma Ecofalante Play faz parte do Programa Ecofalante Universidades, criado em 2017 com o objetivo de levar para o ambiente educacional uma seleção de filmes que incitam a reflexão e o debate sobre questões atuais da realidade brasileira e mundial. O programa atende instituições públicas e privadas de ensino médio, técnico e superior de todo o país. A partir dele, a Ecofalante proporciona às instituições parceiras acesso aos conteúdos audiovisuais, técnicos e educacionais que são utilizados em atividades dos três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Criado para atender inicialmente o estado de São Paulo, a partir de 2021 o programa passa a ter abrangência nacional.

"Já no segundo ano da Mostra Ecofalante de Cinema o setor educacional nos procurou para firmar parcerias", informa Chico Guariba, diretor da Mostra Ecofalante de Cinema e coordenador do Programa. Segundo ele, "no começo foram os colégios privados da cidade de São Paulo, que nos procuravam para levar filmes da nossa curadoria para exibição nas escolas e incluí-los em seus currículos. Simultaneamente, professores e alunos de Etecs (Escola Técnica Estadual de São Paulo) começaram a frequentar as itinerâncias da Mostra Ecofalante de Cinema no interior do estado. Procuramos o Centro Paula Souza e firmamos um Termo de Cooperação Técnica-Educacional, o que permitiu levar os conteúdos audiovisuais da Mostra para as salas de aula e auditórios das Etecs e das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs)."

Com a ampliação crescente da Mostra Ecofalante de Cinema - que passou de um público de quatro mil pessoas em 2012 para mais de 200 mil em 2020 -, o interesse do setor educacional também se expandiu. O número de exibições seguidas de debates com a participação de especialistas e docentes tornou a Mostra cada vez mais conhecida no setor educacional.

Guariba acrescenta que "a partir de 2016, grupos de professores quiseram levar recortes da curadoria da Ecofalante para organizar programações nas universidades. A relação evoluiu rapidamente e começaram a ser criadas disciplinas estruturadas com conteúdos audiovisuais da Mostra Ecofalante de Cinema." A primeira foi a disciplina "Economia, Sociedade e Meio Ambiente na Produção Audiovisual Contemporânea", organizada pela professora Mariana Fix, do Instituto de Economia da Unicamp. "A disciplina foi um sucesso e percebemos que havia uma mudança de qualidade na relação da Ecofalante com as universidades. Estávamos começando a fornecer conteúdos para para os três pilares das universidades: ensino, pesquisa e extensão. Assim, surgiu o Programa Ecofalante Universidades".

Hoje, a Ecofalante possui Termos de Cooperação Técnica-Educacional com todas as universidades públicas no estado de São Paulo - USP, Unicamp, Unesp, UFABC, Unifesp e UFSCar - e realiza anualmente centenas de sessões de filmes seguidas de debates em parcerias com dezenas de instituições de ensino no país.

O Programa Ecofalante Universidades vem fomentando a realização de Mostras promovidas pelas instituições, exibições de filmes em aulas e encontros técnicos, a criação de disciplinas, cursos, mini cursos e projetos de extensão. "Não existe uma única fórmula, as relações são construídas de forma customizada com cada professor e instituição, de acordo com os diferentes projetos educacionais e respeitando as realidades regionais. Acho que é por isso que o programa está crescendo e dando certo", esclarece Guariba.

O Programa Ecofalante Universidades é viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura e tem patrocínio do Valgroup e da Colgate. É uma produção da Doc & Outras Coisas e realização da Ecofalante, do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e do Governo Federal.

Acesso à plataforma

https://play.ecofalante.org.br/

segunda-feira, 22 de março de 2021

Água é um Bem de Domínio Público (Dia Mundial da Água)22/03/2021

Imagem: Brasil Escola.


Origem do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi instituído pela ONU-Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1992, determinando que o dia 22 de março seria a data oficial para comemorar e realizar atividades de reflexão sobre o significado da água para a vida na Terra.

Neste mesmo dia, a ONU lançou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que apresenta entre as principais normas:

A água faz parte do patrimônio do planeta;

A água é a seiva do nosso planeta;

Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;

O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;

A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;

A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;

A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;

A utilização da água implica respeito à lei;

A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;

O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Atividades para o Dia Mundial da Água

Alunos, pais e professores podem aproveitar o Dia da Água para promover diversas atividades que auxiliem a conscientizar a população em geral sobre a importância da preservação da água, por exemplo:

Fazer uma peça de teatro sobre como seria a vida sem água;

Fazer desenhos sobre como as pessoas deveriam preservar melhor a água;

Fazer um vídeo mostrando alguns cuidados básicos que toda pessoa pode ter para ajudar a preservar a água;

Fazer um debate sobre as consequências da falta de água potável no mundo.


Da Redação TN com informações do Calendarr. 

Frases para o Dia Mundial da Água

A água é fonte de vida para todos os seres.

A água é tudo para a vida.

Sem água não há vida.

Nós somos todos feitos de água.

domingo, 21 de março de 2021

21/03/2021 - Hoje é o Dia Mundial da Poesia!


 Dia Mundial da Poesia. Hoje, 21 de março de 2021. O Programa Templo da Natureza, Programa de Popularização da Ciência, da Cultura e Defesa da Natureza realiza um trabalho de divulgação da poesia, por meio do livro Natureza, um livro de bolso com 10 poesias e 11 fotografias selecionadas de nossas expedições fotográficas. 
Pedidos de livros pelo What's App 55 (61) 99844-6075 ou por e-mail:  andrefalco1@gmail.com
André Falcão
DRT 9909 DF
Diretor de Marketing do Templo da Natureza.

R$15,00 (frete para todo o Brasil grátis)

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sábado, 20 de março de 2021

A carne possível: fazendeiro mostra como pecuária pode regenerar o Cerrado

 

Gado pastando na fazenda Terras Caipora

Imagem: Terras Caipora/divulgação.

Resumo da notícia

O chef brasileiro Matheus Sborgia decidiu apostar na agricultura regenerativa depois de herdar a fazenda de gado de seu avô, no coração do Cerrado

Sborgia abraçou a ideia do manejo holístico e da rotação de pastagens pregada por Allan Savory, um ecólogo do Zimbábue

Em vez de deixar suas 200 vacas pastando livremente, Sborgia permite que elas comam tudo numa pequena área e depois as transfere para outra área

O Cerrado é uma das regiões mais devastadas por pastagens. Enquanto as fazendas ao redor secaram, suas terras continuaram verdes e cheias de vida.


Da Redação TN com informações do Ecoa Notícias da Floresta - UOL.

Zoo do Rio é reaberto como BioParque, com mais interação com animais e foco na conservação ambiental

 

O prefeito Eduardo Paes particiou da inauguração do BioParque do Rio Foto: Antonio Scorza / Agencia O Globo

quarta-feira, 17 de março de 2021

Nova espécie de ave é descoberta em Alagoas e já está ameaçada de extinção


Ilustração do Trogon muriciensis (MZUSP 112768) descoberto na Estação de Murici, Alagoas

Imagem: Eduardo Brettas

Uma nova espécie de surucuá, ave da família Trogonidae, acaba de ser descrita. Descoberta nos remanescentes de Mata Atlântica do Estado de Alagoas, a espécie ocorre em uma área restrita na Estação Ecológica (ESEC) de Murici e conta com poucos indivíduos, por isso, foi considerada pelos cientistas como "criticamente ameaçada". O artigo que descreve a espécie foi publicado no último dia 6, no Zoological Journal of the Linnean Society.

A nova espécie foi batizada de surucuá-de-murici (Trogon muriciensis), em homenagem à sua área de ocorrência. Ele se distingue de qualquer outra espécie do gênero pelo tamanho - é um pouco menor -, pela coloração da plumagem e pelo barramento da cauda, que segue um padrão de listras. Além disso, foram encontradas diferenças no canto e em caracteres genéticos. Todas estas características foram identificadas em exemplares machos. A fêmea ainda não é conhecida.

Da Redação TN com informações do UOL.


terça-feira, 16 de março de 2021

16/03/2021 Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas

Imagem: ClimaInfo

Promover a conscientização da população sobre a importância de realizar ações que reduzam o impacto das mudanças climáticas é um dos principais objetivos desse dia.

A data chama a atenção da população para essa questão e também para a necessidade de ações que reduzam o impacto dessas mudanças sobre a Terra.

O aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEEs), como o dióxido de carbono (CO2), é considerado a principal causa do aquecimento global e das mudanças no clima.

Da Redação TN com informações da CCDA.

segunda-feira, 15 de março de 2021

Embrapa: Nova técnica aumenta em 10 vezes a produção de mudas de mandioca

 

    Foto: Fabio Sian Martins/Embrapa

Uma nova técnica de multiplicação de mudas de mandioca a partir de gemas foliares — formações iniciais de um ramo da planta — é a inovação desenvolvida pela Embrapa para ajudar os produtores no enfrentamento de um dos mais antigos e comuns problemas relacionados a esse cultivo: a escassez de manivas (pedaços de 20 centímetros do caule usados como mudas). A substituição do caule pela folha na produção de mudas pode aumentar em dez vezes a produção em comparação aos sistemas tradicionais de cultivo.

O melhorista da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Eder Oliveira, responsável pelo desenvolvimento da nova técnica, explica: “Cada folha tem uma gema imatura com potencial para gerar uma nova planta e cada haste tem entre 30 e 40 gemas. Como podem acontecer quatro ciclos por ano, uma única haste pode produzir cerca de 160 mudas. Comparando com os sistemas tradicionais, em que a reprodução é na proporção de 1/5 ou 1/10, dependendo da região e do manejo, a produção com a técnica de gemas foliares pode chegar a praticamente 1/100, ou seja, dez vezes mais que o sistema convencional”.

O experimento foi realizado em casa de vegetação, com equipamentos e materiais simples que agricultores com relativa sofisticação conseguem utilizar. “A ideia era simplificar ao máximo para que a maioria dos produtores pudesse ter acesso à tecnologia. Do ponto de vista do controle de patógenos, começamos a associar alguns defensivos que já tinham efeito protetor observado em outro projeto, e o resultado foi bastante interessante. Conseguimos obter mais de 80% de germinação usando gemas foliares imaturas”, declara Oliveira. Ele lembra que cuidados em relação à infraestrutura mínima e à umidade do espaço são muito importantes também, principalmente na primeira semana.

A inovação apresenta ainda como benefícios à produção de mandioca: possibilidade de vários ciclos anuais; baixo custo de produção, com o uso de insumos e infraestrutura simples; e a multiplicação de novos clones de forma precoce. Com isso, contribui para solucionar um dos problemas relacionados ao plantio comercial, que é a multiplicação lenta e em taxas reduzidas.

Outras questões que podem ser favorecidas com a nova técnica são a baixa adoção, por parte dos produtores, de variedades melhoradas pela pesquisa; e a pouca qualidade fitossanitária do material de plantio, que é frequentemente atacado por doenças que afetam a produtividade da lavoura.

A opinião do setor produtivo

Segundo o engenheiro-agrônomo e empresário Manoel Oliveira, hoje à frente da Prime Soluções Agrícolas, em parceria com a Podium Alimentos, a técnica superou as expectativas. “Hoje temos 90% da área com a BRS Poti Branca e boa parte disso foi produzida via gemas foliares. É uma técnica muito simples de implementar e com taxa de multiplicação muito boa, que eu indico fortemente”, confirma.

As trocas de informações com a equipe da Embrapa levaram a ajustes durante o experimento, principalmente em relação à umidade. “Em termos práticos, o sucesso depende da mão-de-obra e do controle regular de umidade para diminuir a desidratação do material, ainda muito tenro e sensível. No nosso caso, apesar de não fornecer características de alta produtividade de raízes, a técnica cumpriu plenamente a função de produzir material de plantio. Depois, adensamos o espaçamento para produzir mais mudas, que era o nosso objetivo principal”, explica.

Na Embrapa, a câmera de nebulização que mantém a umidade na casa de vegetação foi regulada entre 60% e 70%. Quando a umidade do ar reduzia, um mecanismo automático ligava o processo de nebulização e fornecia a umidade adequada às mudas. Na área do parceiro, o trabalho foi muito mais simples, comprovando ser acessível ao pequeno produtor. O sistema de aspersão em telado manteve a umidade no período inicial e ficou entre 60% e 70% de germinação, com menos custos.

Novos desafios 

O pesquisador acredita que a técnica pode ser aperfeiçoada e, por isso, se lançou a um novo desafio. “Ter chegado a 80% de germinação é um índice fantástico, mas quero alcançar 90% e fazer com que essas mudas cresçam ainda mais rapidamente do que hoje”, pontua.

A evolução passa por um kit de nutrientes e fitohormônios que devem ser usados antes de a muda ir ao campo e que está em fase experimental, já com alguns resultados interessantes. “A meta da continuidade desse trabalho é fazer com que as plantas cresçam mais rápido e que, com 30, 35, dias possam ir para o campo e alcançar 90% de germinação”, espera.


Foto: Embrapa/Divulgação
Experimentos no Brasil e na África

A técnica foi testada em grande escala pela primeira vez na multiplicação da BRS Novo Horizonte, variedade lançada pela Embrapa em 2018, alcançando números bastante expressivos nos ciclos de produção. Com ela, a área de plantio na propriedade parceira, localizada no município de Laje, no Recôncavo Baiano, cresceu de um hectare em 2017 para oito hectares em 2018 e 120 hectares em 2019.

Experimentos estão sendo realizados também na África, em áreas do International Institute of Tropical Agriculture(IITA), na Nigéria; do National Crops Resources Research Institute (NaCCRI), em Uganda; e do Tanzania Agriculture Research Institute (Tari). Essas instituições são parceiras no projeto “NextGen Cassava: melhoramento genético de mandioca de próxima geração”, financiado pela Universidade de Cornell (EUA) e Fundação Bill & Melinda Gates, com o objetivo de aumentar a taxa multiplicação da mandioca, uma cultura fundamental para a segurança alimentar e subsistência em toda a África. “Esses três parceiros têm interesse no uso da técnica não somente para ações de melhoramento, mas também para ações de multiplicação rápida do material”, afirma Oliveira.

Para realizar o trabalho, o pesquisador contou com o auxílio da bióloga Reizaluamar de Jesus Neves, bolsista da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O assunto terminou se tornando o tema da sua dissertação de mestrado em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), defendida em 2017.

Reiza destaca como um dos pontos-chave para o sucesso da técnica a mistura de substratos no tubete onde as mudas foram colocadas, cuja porcentagem ideal foi obtida depois de diversos testes. “A parte de cima do tubete era só suporte com areia lavada e vermiculita, um substrato mais leve, para ela emitir raiz. À medida que essa raiz ia se desenvolvendo, ela começava a atingir a parte de baixo do tubete, onde colocamos um substrato mais nutritivo, com terra vegetal e adubo, por exemplo. Dessa forma, não aconteceu o fator estressante de retirar a muda da areia lavada para depois plantar em outro tubete com outro substrato”, explica.

O horário da coleta do material também se mostrou importante. “Na literatura, se fala em tempo fresco, mas o que percebemos é que, além de fresco, o ideal é das 5h30 até as 8h30. Também se recomenda o fim da tarde, mas como a planta passa o dia todo no estresse do sol, vimos que o resultado é melhor no início das manhãs”, relata.

O pesquisador da Embrapa acrescenta que “no início o material é bastante sensível e precisa de muita umidade. A gema foliar envolve o pecíolo (parte do sistema foliar da mandioca que liga o caule à folha) com a folha, que é cortada em 50% com a gema. Precisamos garantir que esse pecíolo com essa folha se destaque da brotação o mais tardiamente possível. Se ele se destacar da geminha que fica no substrato, praticamente se perde a muda. Esse é o grande segredo”.

Recuperação de plantas

Além da importância econômica na produção de mudas em escala comercial, vale salientar o uso da técnica dentro da própria atividade científica, retroalimentando todo o processo de pesquisa. Além dos experimentos realizados no campo experimental da instituição e na área do parceiro, a produção de mudas por gemas foliares foi usada na recuperação de acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Mandioca — coleção com amostras de plantas que visa conservar e preservar a ampla variabilidade genética desses materiais para estudos atuais e futuros — do campo do centro de pesquisa.

O espaço é o maior BAG do País e o segundo maior da América Latina, reunindo 1.271 acessos provenientes de vários ecossistemas, constituindo a base de programas de melhoramento genético da cultura para o Brasil e para outros países da América Latina e da África que têm condições ambientais similares. Além dos acessos no campo, o BAG também está conservado em laboratório.

Da Embrapa Mandioca e Fruticultura

sexta-feira, 12 de março de 2021

Começa plantio dos bosques de ipês no Parque Burle Marx

O Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Novacap, deu início, na manhã da terça-feira (9), ao plantio de 500 mudas de ipês de várias cores, no Parque Ecológico Burle Marx.

É uma ação prevista no tratamento paisagístico local, que contempla a formação de dois bosques de ipês. As ações de paisagismo começaram na parte da unidade de conversação voltada para a Asa Norte O outro será plantado futuramente, em parte do parque voltada para o Noroeste.

“O que estamos realizando aqui é algo muito importante, é recuperação ambiental que representa um grande ganho para a sociedade e para o meio ambiente”

Cláudio Trinchão, presidente do Instituto Brasília Ambiental

A área do Burle Marx preserva uma das maiores manchas de Cerrado da capital federal, sendo considerado corredor ecológico relacionado ao Parque Nacional de Brasília.

De acordo com o presidente do instituto, Cláudio Trinchão, a plantação dos bosques no Burle Mark integra uma série de iniciativas para a implantação efetiva daquela unidade de conservação (UC), beneficiando os moradores de ambos bairros e a comunidade em geral do DF.

“O que estamos realizando aqui é algo muito importante, é recuperação ambiental que representa um grande ganho para a sociedade e para o meio ambiente”, ressaltou.

Lembrou o dirigente do Brasília Ambiental que já houve neste ano a retirada de 1.602 veículos que ocupavam, há décadas, área do parque nos fundos da sede do Detran, entre as várias intervenções já realizadas no parque.

“No ano passado, foram feitos o cercamento e a ciclovia do lado do Noroeste”, relatou Trinchão. “Este ano estão sendo licitadas a grama, a ciclovia e a via do lado da Asa Norte, assim como as duas ilhas de equipamentos para uso comunitário, uma voltada para a Asa Norte e outra para o Noroeste”.

Mosaico

Trinchão destaca também o Plano de Manejo da UC, publicado em janeiro no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), no qual consta o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), com o qual o plantio dos bosques dos Ipês está afinado.

9 mil

Total de mudas doadas pela Novacap para o Parque Burle Mark

Já a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), Rejane Pieratti, conta que as cores dos diversos ipês plantados vão formar um mosaico criado pela equipe da Diretoria de Parques e Unidades de Conservação (Dipuc) do Brasília Ambiental.

Espécies do Cerrado

Pieratti destacou que as mudas dos ipês foram doadas pela Novacap. Fazem parte de um conjunto de 9 mil mudas que a empresa disponibilizou para o parque Burle Marx.  Desse total, 95% — 8,5 mil mudas — são espécies nativas do Cerrado. Das doações, 3, 5 mil já estão com os berços abertos no parque para que seja efetivado o plantio imediatamente.

O chefe da Divisão de Implantação de Áreas  Verdes da Novacap, José Antônio Licassali, afirma a importância da parceria entre a Novacap e o Brasília Ambiental para a conservação das áreas verdes da capital.  “Plantando, preservamos essas áreas, fundamentais para a qualidade de vida de quem mora aqui”, pontuou Licassali

Esteve também presente à atividade a assessora de Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Patrícia Bueno.

*Da Redação TN com informações da Agência Brasília e  Brasília Ambiental

quinta-feira, 11 de março de 2021

Covid-19: um ano depois, o que aprendemos?

 


No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo coronavírus. Mas o que os brasileiros aprenderam com a crise? Quais os hábitos que a população mudou no dia a dia?

Há pouco mais de 11 meses, a dona de casa Ivelise Souza, de 48 anos, não fazia ideia dos novos hábitos que adotaria. Moradora de Manaus, município que sofre com os altos índices de infectados pelo novo coronavírus, ela não fica mais sem o seu aliado: o álcool em gel. Antes de 2020, para grande parte da população brasileira, o item era utilizado em casos muito específicos - em hospitais e clínicas médicas. Hoje é um produto do cotidiano do brasileiro. Um ano depois do primeiro caso confirmado no Brasil, 10 milhões de casos e quase 250 mil vidas perdidas, o que mais a população aprendeu?

A manaura diz que, além de higienizar as mãos com álcool, passou a lavar todos os itens de compras quando chega em casa. "Os primeiros dias foram difíceis, mas me acostumei. Esses cuidados vão ficar na minha vida para sempre", explica.

Para o produtor de elenco e guia turístico Eduardo Sá, de 47 anos, a pandemia trouxe novos aprendizados e hábitos. "Adotei alguns procedimentos durante a pandemia e devo levar comigo. Deixo roupas e sapatos na entrada de casa. Coloquei um cabideiro na porta de entrada e ali deixo esses pertences", conta o morador do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Ele conta que vai continuar, depois da pandemia, com o uso eventual da máscara.

"Acredito que é algo importante porque a gente pode ter uma doença transmissível, tipo um resfriado. Até mesmo porque sou alérgico. Percebi que a máscara me ajuda a diminuir as crises. Quantos aos alimentos, hortifrutis, sempre deixo numa bacia com uma solução de água comum e água sanitária", detalha Eduardo.

No Distrito Federal, Maria de Lurdes Vieira de Souza, de 57 anos, trabalha como passadeira. "Quando saio de casa, levo meu álcool em gel, passo nas mãos ao entrar e sair dos ônibus. Trabalho com muito cuidado, quando chego em casa, troco a roupa e o sapato, higienizo tudo. Quando terminar a pandemia, quero continuar andando com meu álcool na bolsa e me cuidando ainda mais".

Já o advogado José Maurício Medeiros Costa, de 55 anos, morador de João Pessoa, na Paraíba, diz que "o grande legado da pandemia é cuidar melhor dos alimentos que nós consumimos".

Fonte técnica confiável

Em 28 de fevereiro de 2020, o Conselho Federal de Química (CFQ) se pronunciou pela primeira vez sobre o combate ao novo coronavírus para contradizer um vídeo que havia viralizado na internet. Um cidadão, que se autointitulava químico autodidata, afirmava que o álcool em gel não era eficaz no combate à Covid-19, e sim o vinagre.

A Nota Oficial do CFQ reverberou na imprensa, e o Sistema CFQ/CRQs (formado pelo Conselho e 21 Conselhos Regionais de Química) posicionou-se como fonte técnica confiável, explicando à população formas de prevenção e combate à Covid-19. "O CFQ foi firme no compromisso de orientar a população e, como órgão fiscalizador, garantir a oferta à sociedade de bons produtos e serviços dentro da infinidade de possibilidades técnicas oferecidas pela Química nos tempos atuais", afirma o presidente do Conselho Federal, José de Ribamar Oliveira Filho.

Naquele momento, começava um intenso trabalho de combate à desinformação, com a produção de conteúdos didáticos (notas, cartilhas, vídeos, podcasts e posts para as redes sociais) para mostrar à população como utilizar água sanitária para desinfetar ambientes, como lavar as mãos corretamente, como utilizar o álcool em gel com mais eficácia. Este foi o começo da campanha Química Solidária, exemplo de que a solidariedade também foi um dos grandes aprendizados em meio à pandemia. A população se uniu em prol de uma causa: o combate ao novo coronavírus.

Em março, quando a pandemia se espalhou pelo país, o álcool em gel desapareceu das prateleiras de mercados e farmácias, tornando-se artigo raro e caro para muitos brasileiros.

Para minimizar o desabastecimento e garantir o produto para quem mais precisava, o Sistema CFQ/CRQs (formado pelo CFQ e os Conselhos Regionais de Química) incentivou a sociedade, especialmente a comunidade da Química no Brasil, a se engajar na campanha Química Solidária.

A ação articulou a produção e doação de mais de 100 mil litros de álcool 70% em várias regiões, com o apoio de instituições de ensino, empresas, associações e profissionais da área da Química. As primeiras iniciativas ocorreram nos estados do Rio de Janeiro e da Paraíba. Confira as ações da Química Solidária.


Em maio de 2020, o CFQ elaborou uma cartilha com 21 perguntas e respostas sobre como usar a solução de água sanitária no combate à Covid-19. Reveja aqui .



Além disso, o Sistema CFQ/CRQs mostrou para a sociedade a atuação dos profissionais da Química na linha de frente contra o vírus, seja na produção de álcool, na pesquisa de produtos, pesquisa sobre o vírus, terapias e vacinas, e fiscalização dos fabricantes.

"Eles atuam em fases importantes da produção do álcool em gel, por exemplo, para garantir qualidade e segurança. Além disso, mapeiam e controlam os processos industriais, elaboram procedimentos operacionais adequados às normas e às boas práticas, e realizam o controle de qualidade da produção, acompanhando todas as etapas do processo", explica Oliveira Filho.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Prevenção é vida! Ministros e especialistas se reúnem em aula ao vivo nesta quinta (11)

 


CEUB reúne grandes nomes como o do Ministro Lewandowski e a médica Margareth Pretti para falar sobre a prevenção ao Covid-19. A transmissão será aberta ao público no YouTube da instituição

Quinta-feira, dia 11 de março, às 10h, o Centro Universitário de Brasília fará aula magna de volta às aulas, com o tema "Prevenção é vida! Eu cuido de você, você cuida de mim" em uma transmissão ao vivo no YouTube, aberta ao público.

Nomes como o do Ministro Carlos Ayres Britto (STF), Ministro Ricardo Lewandowski (STF), Magnífico Reitor Dr. Getúlio (CEUB), Dr. João Herculino (Diretor do ICPD), Profa. Dra. Lilian Rocha (Doutora em Ciências e Tecnologias da Saúde e professora do CEUB) e Doutora Margareth Pretti Dalcomo (Pneumologista) são os convidados a participarem da aula magna.

Os especialistas convidados que irão compor a mesa discutirão a importância da solidariedade global, além da necessidade em manter o uso de máscara e cumprir as regras de prevenção. "Cuidamos da nossa saúde e de todos que nos cercam. Vamos debater a solidariedade global e as dificuldades que temos em internalizar os novos hábitos, como o uso de máscara, prevenção e limpeza das mãos. Isso tudo é pela sociedade brasileira", diz a Profa. Dra. Lilian Rocha.

Dentre os convidados que irão compor a mesa, estará a Doutora Margareth Pretti Dalcomo, que é médica especialista em pneumonia, e foi membro do grupo assessor do Ministério da Saúde na gestão do Ministro Mandetta durante a pandemia do Covid-19, e membro do grupo assessor do Governo do Estado do Rio de Janeiro, entre março e maio de 2020.

Serviço:

Aula magna "Prevenção é vida! Eu cuido de você, você cuida de mim"

Quando: quinta-feira, 11 de março, a partir das 10h

Onde: YouTube no canal do CEUB

Aberta ao público

Templo da Natureza. Hoje(9/3/2021) plantamos um pé de 🥑

 


1. Contribui para uma pele bonita e hidratada

Os benefícios do abacate para a pele são principalmente combater estrias, rugas e celulite por ser rico em vitamina C, que ajuda na metabolização do colágeno, substância que dá firmeza à pele.

Além disso, essa fruta também tem antioxidantes que ajudam a proteger e a evitar o envelhecimento das células da pele, conferindo maior elasticidade e deixando a aparência mais bonita e saudável. Veja uma boa receita de vitamina de abacate para ter a pele macia.

2. Mantém os músculos fortes

Quando consumido antes da atividade física, o abacate ajuda na hipertrofia muscular, pois fornece energia para o treino e contém proteínas que ajudam na recuperação do músculo.

Além disso, essa fruta também evita a fadiga muscular porque combate os radicais livres que surgem devido ao exercício intenso, provocando o envelhecimento das células e facilitando o aparecimento da dor.

3. Contribui para uma gravidez saudável

Por ser rico em ácido fólico, o abacate na gravidez é importante para prevenir doenças congênitas como problemas no sistema nervoso e espinha bífida, que é o mau fechamento da coluna vertebral do feto.

Para obter esse benefício, esta fruta deve ser consumida principalmente antes de engravidar e durante o primeiro trimestre de gestação.

4. Aumenta a hidratação e brilho do cabelo

Quando utilizado em máscaras para o cabelo, o abacate aumenta a hidratação dos fios por ser rico em gorduras e vitaminas, tornando os cabelos mais brilhantes e macios. Veja um exemplo de receita de abacate para hidratar o cabelo.

5. Ajuda a emagrecer e previne a prisão de ventre

Por ser rico em fibras, o abacate proporciona uma sensação de saciedade, regula os níveis de açúcar no sangue e ajuda a tratar a prisão de ventre. As fibras permitem controlar o apetite e evitar o consumo excessivo de alimentos e, quando se ingere muita água, também favorece a produção de fezes moles, facilitando a evacuação.

No entanto, é uma fruta muito calórica e com muito conteúdo de gordura, razão pela qual deve ser consumida apenas em pequenas porções nas dietas para perder peso.

6. Contribui para a saúde do cérebro

O principal benefício do abacate para o cérebro é melhorar a capacidade de memória, pois o ômega 3 melhora o funcionamento do cérebro por estimular a circulação sanguínea e aumentar a capacidade de concentração.

7. Previne doenças cardíacas e o câncer

O abacate, por ser rico em gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas, ajuda a diminuir os marcadores sanguíneos que aumentam o risco de doenças cardíacas, reduzindo o colesterol total, o colesterol LDL ruim e os triglicerídeos.

Além disso, ajuda a aumentar a produção de bom colesterol (HDL), prevenindo a aterosclerose e cuidando da saúde do coração, que, combinada com seu alto teor de potássio, favorece a redução da pressão arterial e melhora o desempenho sexual.

Além disso, por ser rico em antioxidantes como ômega-3, vitamina C, A e E, seu consumo regular ajuda a neutralizar a formação de radicais livres no organismo, reduzindo os processos inflamatórios do organismo, prevenindo assim o câncer.

Da Redação TN com informações da Tua Saúde

terça-feira, 9 de março de 2021

Instituto Vital Brazil negocia com Ministério compra de 100 milhões de vacinas contra Covid e criação de fábrica de imunizantes no RJ

 

Imagem:Ebc

IVB espera que o governo assine nos próximos dias contrato que permitirá transformação do laboratório em polo produtor de vacinas e que garantirá fornecimento ao Brasil da ZYCOV-D, que resiste em temperatura ambiente e pode ser atualizada contra novas cepas

Depois de assinar contrato que prevê sua transformação em um moderno polo desenvolvedor e produtor de vacinas, o Instituto Vital Brazil (IVB) aguarda o sinal verde do Ministério da Saúde para um acordo que garante o fornecimento ao país de 100 milhões de doses de uma inovadora vacina contra a Covid-19, com entrega a partir do próximo mês.

Laboratório oficial do estado do Rio de Janeiro, o centenário Vital Brazil firmou neste mês uma parceria com a multinacional indiana Zydus Cadila, uma das maiores farmacêuticas do mundo, para trazer ao Brasil a ZYCOV-D, vacina de DNA que resiste em temperatura ambiente, sem necessidade de freezers para o transporte e o armazenamento .

Além de permitir o fornecimento ao Brasil de 100 milhões de doses nos próximos 12 meses, o acordo prevê transferência de tecnologia, formação de pessoal técnico e construção de uma fábrica de padrão internacional no IVB para a produção de imunizantes, incluindo a ZYCOV-D .

No fim de fevereiro, a direção do IVB analisou os detalhes técnicos da fábrica. Será uma planta moderna, com capacidade de produção de 500 milhões de doses anuais. A fábrica gerará empregos qualificados sem onerar os cofres públicos. Será financiada pela venda da ZYCOV-D no Brasil.

Desde a assinatura do acordo com a Zydus Cadila, o Vital Brazil vem negociando com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello a compra da vacina de DNA, que tem entre suas vantagens a possibilidade de rápida atualização para combater as novas cepas do coronavírus que estão aparecendo em várias partes do mundo. As atualizações serão mensais.

O contrato de encomenda tecnológica com o Ministério, por meio do qual as primeiras 5 milhões de doses seriam entregues já em abril, está em fase final de negociação. O Instituto Vital Brazil espera que a assinatura ocorra nos próximos dias, o que garantiria a construção da nova fábrica de imunizantes.

Recentemente, em audiência no Congresso Nacional, Pazuello destacou o IVB como um exemplo de laboratório brasileiro que será remodelado para fabricar vacinas contra o coronavírus no país. A previsão é que o instituto possa produzir a ZYCOV-D localmente no prazo de três anos.

A partir da assinatura do contrato com o Ministério da Saúde, o Instituto Vital Brasil protocolará o pedido de uso emergencial da ZYCOV-D junto à Anvisa, o que atestará a segurança e a eficácia do imunizante.

A fase 3 dos estudos clínicos, realizada na Índia com 30 mil voluntários, estará concluída em 28 de março. Os resultados serão repassados na sequência às autoridades brasileiras.

A gigante farmacêutica indiana - com 70 anos de história, 25 mil funcionários e 36 fábricas espalhadas pelo mundo - já está produzindo a ZYCOV-D. Antes de iniciada a fabricação local pelo IVB, a vacina para o Brasil virá da própria Índia ou de laboratórios associados na Europa, oferecendo mais uma alternativa para imunizar a população brasileira contra o coronavírus.

A tecnologia de DNA desenvolvida pela farmacêutica indiana oferece vantagens para países com dificuldades de infraestrutura e poderia ser uma importante alternativa para ajudar o Brasil no combate à Covid. A ZYCOV-D não depende de freezers para o transporte e o armazenamento porque mantém-se estável em temperatura ambiente durante meses.

Nas fases 1 e 2 dos estudos clínicos, o imunizante mostrou que é seguro e oferece uma robusta resposta imune. Recentemente, pesquisadores do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), vinculado ao Ministério da Economia do Brasil, publicaram um estudo sobre as vacinas gênicas para a Covid-19, considerando que "as vacinas de DNA sintéticas representam as terapias de nova geração".

O estudo do governo brasileiro analisou quatro farmacêuticas de destaque e avaliou a Zydus Cadila como detentora de "uma ampla gama de recursos no desenvolvimento e fabricação de vacinas virais, toxóides, polissacarídeos, conjugados e outras vacinas de subunidade".

A inovadora vacina de DNA foi desenhada no Centro de Tecnologia de Vacinas da Zydus Cadila, que mantém unidades na Índia e na Itália e já desenvolveu vários imunizantes. Há pouco mais de uma década, quando irrompeu a pandemia do vírus H1N1, o laboratório indiano foi o terceiro do mundo a produzir uma vacina.

Um dos trunfos da vacina de DNA é que ela não necessita de seringas com agulha para inoculação - equipamento que está em escassez no mercado. A ZYCOV-D pode ser inoculada de forma transcutânea, praticamente indolor, por meio de um dispositivo injetor. O laboratório indiano assegurou que fornecerá os injetores ou as seringas necessários. No caso dos injetores, há uma parceria com o fabricante PharmaJet (EUA), líder do setor.

O que é uma vacina de DNA

• Esse tipo de imunizante não é produzido a partir de um agente infeccioso, como ocorre em outras vacinas, mas de uma sequência sintética de DNA.

• A vacina é fundamentada em plataforma de DNA, que codifica o antígeno do vírus, induzindo resposta imune do organismo.

• A vacina de DNA utiliza uma tecnologia semelhante à das vacinas de RNA já aprovadas para combater a Covid-19 (dos laboratórios BioNTech /Pfizer e Moderna).

• Nas vacinas já aprovadas, a pessoa recebe o RNA do vírus, que gera a resposta imune. As vacinas de DNA começam um passo antes. Elas consistem de um DNA sintético que, dentro da célula, vai levar à transcrição do RNA desejado.

Vantagens da vacina de DNA

• É estável em temperatura ambiente, o que torna mais fácil o transporte e o armazenamento - e menores as perdas. A ZYCOV-D permanece estável por três meses em temperatura de 23 graus. Para uso prolongado, basta uma infraestrutura com 2 a 8 graus.

• Pode ser atualizada conforme as mutações do vírus. No caso da ZYCOV-D, essas atualizações serão mensais.

• A fabricação em larga escala é fácil e rápida. A Zydus Cadila afirma que pode entregar até 150 milhões de doses em 2021.

• Não gera risco de infecção, porque não é produzida com agente infeccioso.

Yolo Coworking vai debater em live os desafios e impactos da implantação de hubs de inovação no DF

Convidado pela Distrito, um dos maiores ecossistemas de inovação independente do país, o Yolo vai discutir as inovações existentes que vem evoluindo na capital.

A inovação tecnológica vem evoluindo em todo o país, consideravelmente, nesses últimos anos. E para debater os desafios e impactos trazidos pela inovação digital, o community manager do Yolo Coworking, Pedro Alvarenga, foi convidado para participar da live da segunda edição da série Distrito "Hubs de Inovação", para falar sobre os desafios de inovação e transformação digital em diferentes regiões do Brasil. A live vai acontecer no dia 11 de março, às 18h30 com transmissão pelo canal da Distrito, que é um dos maiores programas de desenvolvimento de startups do país.

Pedro Alvarenga vai apontar as inovações que estão em crescimento na capital do país, destacando a contribuição do Yolo Coworking para o cenário de evolução das empresas da cidade, comentando também, a importância do Parque Tecnológico na fomentação da cultura de transformação digital em Brasília. “A construção do Parque Tecnológico aqui na capital do país, traz uma visão de um futuro inovador e mais otimista para os empreendedores. A inovação já faz parte do futuro e precisamos debater e entender como usá-la a nosso favor de forma produtiva para todos”, afirma o community manager. Pedro também vai apontar as ações e transformações que o Yolo Coworking vem desenvolvendo e como pretendem contribuir para alavancar a inovação no cotidiano do empreendedor do DF.

A live vai contar com convidados de outras regiões brasileiras, com o intuito de que sejam compartilhados os desafios e impactos que a regionalidade trás para cada estado. Estarão presentes Cintya Rosa, Community Leader da Distrito, Johnny Laranjeira, gestor de inovação do Distrito e Daniel Goettenauer, Business Development da Tech Hub. Serão debatidos temas como: O ecossistema de inovação atua de forma diferente em outros estados? Quais são os planos de expansão e desenvolvimento da inovação dos hubs convidados? O que o ano de 2020 ensinou aos hubs de inovação e comunidades? O que esperar do mercado de inovação para 2021? A transmissão da live será realizada no YouTube do Distrito, no dia 11 de abril, a partir das 18h30, gratuita. 

Sobre a Yolo – A Yolo, está localizado na Orla do Lago Paranoá,de frente para ponte JK. O espaço ocupa o antigo Gazebo, e está sobo comando da empresária Ana Cristina e de seus filhos, Ana Carolina e Pedro Henrique. Um local para Coworking, eventos e café para quem quer aproveitar o melhor da vida, inclusive o trabalho. São quatro andares de estrutura, com 13 salas, 3 salas de reuniões, 24 estações de trabalho chamadas open desk, uma cokitchen, rooftop onde cabem até 150 pessoas e pode ser alugado para eventos sociais e coorporativos, e um auditório multiuso.

Serviço

YOLO

Evento: Live: Hubs de Inovação: Desafios e impactos de diferente regiões do Brasil

Data: 11/03/2021

Local:Youtube- https://www.youtube.com/channel/UCKXyU44TVB9VZnLapKeuxJg

Hora: 18h30

Investimento: Gratuito

segunda-feira, 8 de março de 2021

sábado, 6 de março de 2021

Descoberta nova espécie de baleia no Golfo do México

Até há pouquíssimo tempo – na verdade, há exatos sete dias -, acreditava-se as baleias-de-bryde (Balaenoptera edeni) compreendiam um grupo de cetáceos, de médio porte, que ocorre nas águas tropicais das três principais bacias oceânicas do mundo – Índico, Atlântico e Pacífico. Era uma única espécie, com duas subespécies. Todavia, pesquisadores dos Estados Unidos acabam de confirmar, em um artigo científico, uma espécie adicional: a baleia-de-rice.

A descrição da nova espécie se deu após um longo trabalho de análise de uma baleia de 11 metros, que havia sido encontrada morta, em 2019, na região do Golfo do México, na Flórida. Com a carcaça em perfeitas condições e com exames genéticos e morfológicos, Patricia Rosel e Lynsey Wilcox, cientistas da Agência Nacional de Oceano e Atmosfera (NOAA), chegaram à conclusão de que ela era diferente das demais existentes.

Patricia e Lynsey já estudavam essas baleias desde 1990. Havia uma desconfiança de que um pequeno grupo, observado ao norte do Golfo do México, era diferente das demais baleias-de-bryde.

Descoberta nova espécie de baleia no Golfo do México

A baleia-de-rice pode pesar até 30 toneladas.

O processo para a descrição de uma nova espécie não é simples. Pode levar muitos anos. Ele envolve pesquisa, tempo, colaborações e revisões de vários cientistas. No caso da nova baleia, os pesquisadores do NOAA usaram observações de campo (feitas no mar) e amostras de biópsia para análises genéticas (foram recolhidas amostras de 36 indivíduos). Só depois de todas as evidências serem compiladas e aceitas é que uma nova espécie pode ser descrita oficialmente pela ciência. Ela recebe um nome latino e um “nome comum”. O nome latino para a baleia de Rice é Balaenoptera ricei. Ele foi escolhido para homenagear um biólogo americano, Dale Rice.

Uma das principais diferenças da Balaenoptera ricei em relação à Balaenoptera edeni é que ela busca seu alimento em águas bem mais profundas.

Infelizmente, sabe-se que a nova espécie descrita está criticamente ameaçada de extinção. Estima-se que o grupo dessa espécie tenha somente uns 100 indivíduos.

Descoberta nova espécie de baleia no Golfo do México

Patricia Rosel examinando a ossada de uma baleia-de-rice

A baleia-de-rice

– A espécie pode pesar até 30 toneladas, o que é cerca de cinco vezes mais do que um elefante!

– Como suas espécies irmãs, a baleia-de-rice têm três cristas laterais no topo do rostro (área da mandíbula superior);

– Não se sabe muito sobre sua expectativa de vida, mas espécies similares atingem a maturidade sexual aos nove anos de idade e podem viver cerca de 60 anos;

– As maiores ameaças à espécie incluem colisões com embarcações, ruído oceânico, desenvolvimento e produção de energia, vazamentos de óleo e emaranhamento em equipamentos de pesca e detritos oceânicos.

*Com informações e textos do NOAA.

Da Redação TN com informações da Conexão Planeta.



Biologia: pássaro considerado extinto é encontrado em Bornéu após 170 anos

 

Conhecido como "o maior enigma da ornitologia da Indonésia", o Malacocincla perspicillata não era avistado deste o século 19; pesquisadores precisam determinar seu atual estado de conservação.

Um pássaro que não era avistado há cerca de 170 anos foi encontrado na ilha de Bornéu. A descoberta foi descrita por uma equipe de pesquisadores da Indonésia e de Cingapura na BirdingAsia.

O Malacocincla perspicillata – que também é conhecido como tagarela-de-sobrancelha-negra – é considerado "o maior enigma da ornitologia da Indonésia". Entre 1843 e 1848, o naturalista alemão Carl A.L.M. Schwaner capturou o animal pela primeira vez na ilha de Java, que é próxima a Bornéu – porém, os dados coletados na época estavam incompletos.

Dessa forma, o pásssaro foi registrado como uma espécie "deficiente de dados" na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) de espécies ameaçadas. E, já que a ave não foi encontrada novamente ao longo de quase dois séculos, muitos pesquisadores passaram a assumir que ela estava extinta.

Quem encontrou o tagarela-de-sobrancelha-negra em outubro de 2020 foi Muhammad Rizky Fauzan e Muhammad Suranto, habitantes locais de Bornéu. Intrigados com o animal, que eles nunca haviam visto antes nas florestas da ilha, os pesquisadores conseguiram capturar a ave e tirar algumas fotos dela antes de soltá-la na natureza. Então, eles levaram as imagens a um grupo de ornitólogos da região, que fizeram uma descrição detalhada do pássaro e o compararam com o único espécime que Schwaner havia coletado no século 19, hoje conservado no Museu de História Natural de Leiden, na Holanda.


"O espécime que observamos era muito distinto, e não se parecia com nenhuma outra espécie de Malacopteron ou Malacocincla de Bornéu, com os quais estamos familiarizados por causa do nosso trabalho de campo nas Grandes Ilhas da Sonda", escreveram os pesquisadores em seu artigo.

Da Redação TN com informações da Revista Galileu.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Empresa brasileira de nanotecnologia divulga estudo sobre material que elimina SARS-CoV-2 por contato

 

Imagem: Qualidade online's blog

Nanox publica artigo sobre material que elimina SARS-CoV-2 por contato em dois minutos.

A empresa brasileira de nanotecnologia, Nanox, em parceria com pesquisadores do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e Universitat Jaume I (UJI), publicaram nesta quinta-feira,4 de março, o artigo intitulado "SiO2-Ag Composite as a Highly Virucidal Material: A Roadmap That Rapidly Eliminates SARS-CoV-2" no periódico internacional Nanomaterials, um dos mais conceituados do segmento de pesquisa em nanotecnologia no mundo todo.

A pesquisa, em tradução para o português "Composto de SiO2-Ag: material altamente virucida: um roteiro que elimina rapidamente a SARS-CoV-2", descreve material que inativa bactérias, fungos e vírus em poucos minutos, com destaque ao coronavírus, por contato.

O co-fundador e Diretor da Nanox, Gustavo Pagotto, relata que a eficácia do material em inativar diversos patógenos já vinha sendo estudada. "A prata é conhecida historicamente como um produto antimicrobiano e com a chegada da pandemia, ultimamente, intensificamos os estudos por conta do Sars-Cov2. A relevância da pesquisa está na ação da prata em inativar, em tão pouco tempo, não só o coronavírus, mas também outros tipos de vírus, bactérias e fungos", afirma.

A publicação do artigo relata todos os procedimentos e pesquisas realizadas para obtenção dos resultados. As investigações foram feitas por meio de cálculos e simulações, utilizando métodos e técnicas avançadas da mecânica quântica.

A pesquisa, recentemente, também foi destaque no relevante periódico japonês ‘Japan Journal of Medical Science’, que têm sido fundamental para o projeto e aplicação de novas tecnologias de fabricação de superfícies antivirais para combater a SARS-CoV-2.

Tal estudo resultou na produção da primeira máscara de proteção contra a COVID-19 com eficácia de 99% de eliminação do novo coronavírus por contato. A tecnologia Nanox, que elimina o SARS-CoV-2 em até dois minutos de contato, também está presente no segmento de plásticos - filme PVC e polietileno para proteção de superfícies, além do segmento moveleiro e construção civil- painéis em MDF e pisos, dentre outros setores.

"Temos hoje diversas superfícies protegidas e com mais segurança tanto em ambientes domésticos, como também em espaços de uso comum e compartilhado que recebem grande volume de pessoas como aeroportos, rodoviárias, hospitais e escolas. Isso mostra a relevância da pesquisa brasileira no combate à pandemia não só no Brasil, mas também em outros países", completa o Diretor.

Todos os produtos contam com eficácia comprovada no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que demonstrou ser capaz de eliminar 99% de partículas do SARS-CoV-2.

Os produtos são fabricados no Brasil e comercializados por países da América Latina, Estados Unidos, Canadá, Japão e China.

Cabe destacar que as pesquisas só foram possíveis devido aos aportes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia da Espanha e do Brasil, da Generalitat Valenciana, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FAPESP.