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domingo, 31 de outubro de 2021

Halloween - Dia das Bruxas 2021

 

Imagem: National World

As bruxas nas histórias infantis

Desde o surgimento da literatura infantil, no século XVIII, a bruxa é uma figura marcante nas histórias para crianças. Outros seres encantados e assustadores, como monstros, lobos, dragões, duendes, também sempre estiveram presentes nos contos de tradição oral.

A bruxa constitui uma das mais populares criações do imaginário – símbolo do contato com a natureza, do poder do feminino, e do desejo de transformações. Com uma pitada de bem e de mal, muitas vezes são representadas de chapéu pontudo, verruga no nariz e com poderes misteriosos. São criaturas horrendas, malvadas, que voam numa vassoura e adoram fazer poções mágicas.

Esta personagem faz parte da infância de todos os tempos, em diferentes culturas. Nas  narrativas mais modernas, por vezes, aparece como seres mais divertidos, atrapalhados e nem tão maus assim.

Nos contos de fadas temos bruxas famosas, tais como a Rainha Malvada da ‘Branca de Neve e os sete anões’, e a Malévola da ‘Bela Adormecida’. Há ainda as bruxas do ‘Mágico de Oz’ , a Madame Min em ‘A Espada era a lei’ e muitas mais.

No Brasil, a representação da bruxa aparece com a personagem Cuca, de Monteiro Lobato, no ‘Sítio do Picapau Amarelo’. Caracterizada como uma velha com rosto de jacaré e dedos de gavião, a Cuca rouba as crianças que não querem ou demoram a dormir.

A Bruxa na literatura infantil

No final da década de 70, com a ascensão da literatura infantil, a bruxa conquistou as narrativas autorais, com histórias de Maria Clara Machado, Sylvia Orthof, Bartolomeu Campos Queiroz, entre outros escritores

Exemplos de bruxas mais recentes podem ser encontrados nas histórias da Bruxa Onilda de Enric Larreula e Roser Capdevila, e de Harry Potter de J. K. Rowlling.

POR QUE CONTAR HISTÓRIA DE BRUXA PARA AS CRIANÇAS?

A figura da bruxa, presente nos contos de fadas, que foram depurados ao longo dos tempos, auxilia na organização da psique infantil, uma vez que está ligada à essência do ser humano, e ao nosso lado sombrio, que esconde comportamentos e desejos que temos dificuldade de expressar.

Eva Furnari, a mestre das bruxas dos livros ilustrados brasileiros, nos adverti sobre a importância das histórias como caminhos para resolver conflitos, oferecer  soluções, e ajudar a elaborar questões internas.

Os contos de fadas, em especial, falam em uma linguagem universal e simbólica. Neles encontramos uma  riqueza infinita, que dispensa explicações para a criança, pois são  assimilados e digeridos de acordo com a necessidade da alma infantil.

As histórias dão às crianças um repertório que contribui para a leitura de mundo. De  acordo com psicólogos, psiquiatras, pedagogos e demais especialistas, na figura da bruxa, os pequenos encontram uma maneira de lidar e enfrentar seus medos.

Para o psiquiatra e escritor Celso Gutfreind,

“o medo tem uma função importante nos contos, representando uma emoção fundamental para toda a vida do ser humano e constituindo-se em um fator de proteção durante a infância. Aprender a lidar com ele é um desafio para a criança.” (Contos e desenvolvimento psíquico)

COMO FORMAR CRIANÇAS LEITORAS

Frequentemente pais e  professores questionam  como despertar o interesse pela leitura na infância  e como formar crianças leitoras.  Será que existe uma fórmula mágica para transformar crianças em leitores?

Como formar crianças leitoras

Algumas dicas importantes:

-Seja referência de leitor para a criança

-Leia para ela, especialmente na hora de ir para a cama

-Inclua bibliotecas e livrarias nos passeios da família

-Presenteie com livros

-Incentive a troca de livros entre as crianças

ALGUNS CUIDADOS

Especialistas no assunto, recomendam que na qualidade de mediadores de leitura, mães, pais, adultos cuidadores, tomem alguns cuidados:

-sentem-se perto da criança ao ler histórias para elas

-pause durante a leitura para conversar incentivando a curiosidade infantil

-chame a atenção para as ilustrações

-acompanhe a leitura com o dedo para que a criança assimile que a leitura se dá de cima para baixo, e da esquerda para a direita.

Lembre-se: o momento da leitura é um tempo de  intimidade entre vocês, de cultivo do vínculo afetivo, que resulta em equilíbrio emocional para a criança.

E não tenha receio de contar histórias de bruxas para as crianças. Aproveite as dicas de leitura a seguir – uma  seleção de livros com histórias de bruxas variadas – más, boas, divertidas, e atrapalhadas que preparei para você.

Bruxinha

Ótima leitura e bom divertimento! Aproveite para conhecer uma bruxinha feita 100% de elementos naturais que poderá ajudar você professor, mãe, pai, etc, a contar histórias para as crianças – à venda no Ateliê/loja do Educando Tudo Muda.

HISTÓRIAS DE BRUXAS


1. A bruxa Zelda e os 80 docinhos, Eva Furnari

Uma narrativa divertida e cheia de aventuras que se passam na cidade de Piririca da Serra, onde vive a Bruxa Zelda. Bóris, um cientista, fica sabendo de uma fórmula que contém o elixir da juventude e essa preciosidade está anotada num caderno amarelo. Mas Tia Ambrósia, tia de Bóris, também tem um caderno amarelo, contendo incríveis receitas culinárias. A Bruxa Zelda deseja obter a fórmula, mas com qual receita irá se deparar? Essa é uma história criada há mais de 20 anos continua a encantar e fazer rir as crianças.

2. A bruxa do armário de limpeza, Pierre Gripari

Nesta história a bruxa vive em um armário de limpeza, perto da porta de entrada de uma casa recém-comprada. O novo morador chegou a desconfiar do preço baixo pago pela casa, mas não fazia ideia dos desafios que teria que enfrentar para conseguir morar na casa e se livrar da bruxa.

3. As memórias da Bruxa Onilda, Enric Larreula e Roser Capdevila

Desde criança, Bruxa Onilda apronta poucas e boas. Sempre atenta às magias de sua mãe, a bruxinha acaba aprendendo cedo como utilizar seus poderes. No primeiro aniversário, ganha um bolo e um grande ovo, de onde sai a coruja Olhona, que vira sua grande amiga e companheira de aventuras.

4. Carona na vassoura, Julia Donaldson

Uma bruxa sorridente voava em sua vassoura, quando o vento derrubou seus pertences… Alguns animais ajudaram a recolher os itens e, agradecida, ela resolveu lhes dar uma carona em sua vassoura. Mas será que ela aguentaria o peso?

5. As cartas de Ronroroso, Hiawyn Oram

Ele se chama Ronroroso Seramago de Bragança B e tem um problema grande como seu nome: sua bruxa, Hilda Bruxilda, quer ser tudo, menos o que deveria ser… Suba na vassoura e divirta-se à beça com os dramas do gato da bruxa que não quer ser bruxa!

6. Bruxa, bruxa, venha a minha festa, Arden Druce

A bruxa desta história recebe um convite para uma festa. E uma festa bem estranha na qual estarão presentes um pirata, um tubarão, um lobo, um espantalho, uma coruja e outros tantos personagens… Uma narrativa, marcada pela repetição do texto do anúncio do convite, e pela beleza das imagens, repletas de detalhes e de cores e que, muitas vezes, dão indicações de quem será o novo convidado.  A bruxa é convidada para uma festa e diz que só irá se o gato for. Esse pede para chamar o espantalho, que quer levar a coruja e, assim por diante, de modo que várias criaturas acabam sendo convidadas. As crianças adoram.

7. A bruxa Salome, Audrey Wood

Antes de ir ao mercado, a mãe avisou: “Não abram a porta para estranhos”, mas as crianças deixaram entrar a bruxa Salomé! Agora, só a mãe poderá salvá-las.

8. Labirinto de Histórias

Bento e Manu são irmãos gêmeos que sonham conhecer uma amiga especial da avó deles: a bruxa Abdula. Dizem que ela sabe tudo sobre histórias e feitiços… Pois é justamente por causa de uma magia da bruxa que os irmãos, ao encontrarem seu livro de feitiços escondido, embarcam em uma viagem pelo mundo dos contos de fada.

Bento e Manu conhecem Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, João, Maria e outros personagens tão queridos das crianças. Todos esses encontros inesperados e emocionantes, porém, não parecem ser suficientes para os dois: afinal, o que queriam mesmo era conhecer a misteriosa bruxa Abdula. Mas eles vão ter uma surpresa…

9. Casa do Cuco, Alexandre Camanho

Cuco, é um astuto e cauteloso pássaro que, com seu cantar, alerta os animais das armadilhas, quase sempre fatais, da maldosa bruxa. Certo dia, o cuco, fantasiado de estranho forasteiro, chega à casa da bruxa e consegue enganá-la, trocando os animais que ela mantinha em cativeiro por um falso cuco. A vingança da velha não tarda e o pássaro é capturado para sempre. Mesmo assim, ele cuidará da proteção e do destino das criaturas da floresta, saindo de hora em hora da casinha onde foi aprisionado. Trata-se de um reconto de texto de tradição oral alemão, que explica a origem dos relógios de madeira com o pássaro cuco entalhado. A narrativa foi enriquecida com novos elementos, situações de conflito e personagens.

10. As Bruxas, Roald Dahl

Você saberia reconhecer uma bruxa de verdade? Bruxa de verdade nem parece bruxa. E aí está o perigo. Como é que a gente vai saber quem é bruxa e quem não é? Pois este livro conta a história de um menino que, de tanto se meter em encrenca com bruxas, acabou especialista no assunto.

Abraço e saúde

Ana Lúcia Machado

sábado, 30 de outubro de 2021

Aurora boreal poderá ser vista em grandes áreas dos EUA e da Europa neste sábado

                                        

          Aurora boreal vista no Canadá - Foto: Alan Dyer/VW PICS/Universal Images Group via Getty Images 

Aurora boreal poderá ser vista em grandes áreas dos EUA e da Europa neste sábado

Fenômeno acontece por causa de uma grande explosão solar que atinge a Terra

Uma grande erupção solar estourou na última quinta-feira (28) e deve chegar à Terra neste sábado (30), o que pode resultar em uma forte tempestade geomagnética e fazer com que uma aurora boreal esteja visível nos céus dos Estados Unidos e da Europa.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), órgão do governo dos EUA, emitiu um alerta de tempestade geomagnética “forte” para hoje e amanhã.

A escala para tempestades geomagnéticas vai de G1, ou tempestade menor, até G5, uma tempestade extrema. O alerta da NOAA é um G3.

A tempestade geomagnética pode causar irregularidades de tensão e alarmes falsos em alguns dispositivos de proteção e segurança, alertou a NOAA no comunicado.

O fenômeno também pode causar blecautes em rádios de alta frequência e perda de contato no lado da Terra iluminado pelo sol.

O efeito mais visível da tempestade geomagnética iminente é que, provavelmente, sobrecarregará a aurora boreal, tornando-a visível em grandes partes dos Estados Unidos e da Europa.

Locais onde a aurora boreal pode surgir

A previsão de Aurora do Instituto Geofísico Fairbanks, da Universidade do Alasca, indica que, se o tempo permitir, a aurora boreal pode ser visível de Portland, em Oregon, até a cidade de Nova York.

Também poderá ser visível no horizonte ao sul, como Carson City, em Nevada, Oklahoma City e Raleigh, na Carolina do Norte.

Na Europa, a previsão mostra, se o tempo permitir, a aurora boreal pode ser visível acima da Noruega, na Suécia e na Finlândia, e até mesmo ao sul como na Escócia e em São Petersburgo, na Rússia.

Poderá ser visível também no horizonte ao sul, como Dublin, na Irlanda e Hamburgo, na Alemanha. A aurora australis, ou as chamadas “luzes do sul” , tem efeitos semelhantes.

A previsão mostra este fenômeno também poder ser visto no horizonte de Melbourne, na Austrália, até Christchurch, na Nova Zelândia.

(Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

Com informações de Paul P. Murphy, da CNN.


Vacina contra Covid-19 no DF: veja postos abertos de sábado a terça-feira

 

Vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal — Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Unidades aplicam 1ª e 2ª dose durante fim de semana e feriado. Veja regras para cada etapa da imunização

A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal continua neste fim de semana e segue, normalmente, também na segunda-feira (1º), e no feriado de Finados, na terça (2). A imunização é para pessoas com 12 anos ou mais. Não é necessário agendar horário.

A maioria dos postos abre das 8h às 17h. Nos próximos quatro dias, o público também pode se vacinar à noite, na Praça dos Cristais, das 18h às 22h. Há pontos específicos para cada grupo (veja endereços abaixo).

Regras para vacinação

Primeira dose: está aberta a qualquer pessoa com 12 anos ou mais. Adolescentes não precisam da companhia de responsáveis para receber atendimento, basta comparecer a um dos postos e apresentar o RG.

Segunda dose: quem tomou AstraZeneca e Pfizer recebe a segunda aplicação oito semanas após a primeira dose, ou seja, a partir do 56º dia. Para a CoronaVac, é recomendado um intervalo de 14 a 28 dias.

Dose de reforço: é voltada para pessoas com 60 anos ou mais e profissionais de saúde, que já tenham recebido primeira dose ou dose única há, pelo menos, seis meses.

Dose adicional: é aplicada em imunossuprimidos graves, desde que já tenham recebido a segunda dose ou a dose única há, no mínimo, 28 dias.

Quem são os imunossuprimidos graves?

Usuários de medicamentos com Metotrexato, Leflunomida, Micofenolato de mofetila, Azatiprina, Ciclofosfamida, Ciclosporina, Tacrolimus, 6-mercaptopurina, infliximabe, etanercept, humira, adalimumabe, tocilizumabe, Canakinumabe, golimumabe, certolizumabe, abatacepte, Secukinumabe, ustekinumabe ou Inibidores da JAK (Tofacitinibe, baracitinibe e Upadacitinibe);

Pessoas com imunodeficiência primária grave;

Pacientes de quimioterapia para câncer;

Trasplantados de órgãos sólidos e de células tronco e medula óssea;

Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;

Pacientes em hemodiálise;

Pessoas com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas, como reumatológicas, autoinflamatórias e doenças intestinais inflamatórias.

Postos de vacinação contra a Covid-19 no sábado (30) e domingo (31), no DF


Postos de vacinação contra a Covid-19 na segunda-feira (1º) e terça-feira (2), no DF




Com informações do g1 DF.


COP26 - Pré-lançamento do filme “Fazedores de Floresta – Uma Aventura em Busca da Água” é uma imersão na experiência do Instituto Socioambiental (ISA) e da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX)

 

Cartaz do filme Fazedores de Floresta, que terá pré-estreia na COP26

DOCUMENTÁRIO EM REALIDADE VIRTUAL ‘FAZEDORES DE FLORESTA’ TEM PRÉ-LANÇAMENTO NA COP26

Realizado pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela Rede de Sementes do Xingu, o filme apresenta a união entre povos indígenas, comunidades tradicionais, ambientalistas e produtores rurais por um objetivo comum: plantar as florestas do futuro

Unir ambientalistas, povos indígenas, comunidades locais e produtores rurais para recuperar florestas parece um sonho improvável, mas é uma das estratégias mais inovadoras e eficazes para a restauração das florestas brasileiras.

O filme “Fazedores de Floresta – Uma Aventura em Busca da Água” é uma imersão na experiência do Instituto Socioambiental (ISA) e da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX), uma articulação entre pessoas que uniram conhecimentos para a restauração de áreas degradadas nas bacia dos rios Xingu e Araguaia, no Mato Grosso.

O pré-lançamento do filme se dará em dois momentos durante a COP26, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que acontece de 31/10 a 12/11 em Glasgow, na Escócia. No Brazil Climate Action HUB, no dia 10/11, às 13h (horário local), e na People’s Summit, no dia 8/11, às 18h30.

As exibições serão acompanhadas de debates com a presença de Paloma Costa, que integra o Grupo Consultivo para Jovens sobre Mudanças Climáticas, formado pelo secretário-geral da ONU e assessora do ISA, Beptuk Metuktire, jovem liderança do povo Kayapó, no Mato Grosso, e Ana Castro, Head de Impacto Social e Mobilização da Flow Impact, distribuidora do filme.

Além disso, o filme foi selecionado pelo governo britânico para ser exibido na Surround Vision, uma área de destaque na conferência dedicada à exibição de filmes de impacto social produzidos em Realidade Virtual. A curadoria junta produções de diversos países que mostram pessoas e organizações que encontraram soluções para conter a crise climática.

À esquerda, Milene Alves, narradora do filme, convida para uma imersão no trabalho de fazer novas florestas|Tui Anandi-ISA

Narrado por Milene Alves, uma das mais de 500 coletoras de sementes espalhadas pela região, o filme mostra de perto o funcionamento da Rede de Sementes do Xingu e de seus parceiros do ISA, que realizam os plantios e monitoram o crescimento das árvores. Já são quase 20 milhões delas.

Ao longo de nove minutos, o documentário apresenta, também, como grupos com interesses distintos conseguem dialogar e se unir para plantar as florestas do futuro.

“Não proteger as áreas de nascentes e de beiras de rio gera um risco não apenas para a floresta, mas também para a agropecuária. Ter a floresta de volta é bom pra todo mundo”, afirma Milene ao apresentar, durante o filme, o trabalho de restauração florestal.

Há mais de 14 anos, a rede vem unindo saberes de povos indígenas e comunidades tradicionais com tecnologia de ponta para trazer a biodiversidade e a água de volta para a região e movimentar a economia local, ajudando produtores rurais a restaurar áreas de nascentes e beira de rio.

A partir da coleta de sementes nativas, a rede movimenta uma cadeia socioeconômica que valoriza o conhecimento tradicional das comunidades, impulsiona o equilíbrio socioambiental e melhora o bem estar dos moradores da região.

Até 2020, cerca de 260 toneladas de sementes de mais de 220 espécies nativas foram coletadas, gerando uma renda de R$ 4,4 milhões para os coletores e suas comunidades. Essa estratégia se torna ainda mais potente quando produtores rurais reconhecem que o conhecimento tradicional e a tecnologia atuam em seu favor, e ajudam a restaurar florestas que beneficiam suas lavouras, o equilíbrio climático regional e o regime de chuvas em todo o país.

A partir da articulação com diversos grupos, o Instituto Socioambiental (ISA) e a Rede Sementes do Xingu já restauraram 6,8 mil hectares de floresta nativa na região.

“Plantar florestas aproxima as pessoas. O ato de coletar sementes, misturar, fazer as muvucas e colocar na terra cria um vínculo fundamental com a vida. Em um contexto de emergência climática e pandemia, estamos falando de uma inspiração para um futuro melhor”, afirma Rodrigo Junqueira, secretário-executivo do ISA.

“Fazedores de Floresta” é dirigido por Tadeu Jungle e uma produção da Junglebee, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e a Associação Rede de Sementes do Xingu.

“Uma experiência em realidade virtual proporciona uma imersão potente nas ideias que nos ajudam a transformar a nossa realidade. É uma forma de vivenciar esse dia a dia e levar as soluções encontradas pelos Fazedores de Floresta para todas as pessoas”, afirma Tadeu Jungle. O filme tem lançamento nacional previsto para dezembro de 2021, em uma ação de distribuição e articulação liderada pela Flow Impact.

“Fazedores de Floresta” tem apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA e da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas. A Década tem como objetivo inspirar e apoiar governos, organizações multilaterais, sociedade civil, empresas do setor privado, jovens, grupos de mulheres, povos indígenas, agricultores, comunidades locais e indivíduos em todo o mundo, para colaborar, desenvolver e catalisar iniciativas de restauração em todo o mundo.

A produção do filme contou com apoio de União Europeia, Good Energies, Rainforest Foundation Norway, Amazonia Live/Rock in Rio, Funbio e Conservação Internacional (CI).

Sobre a Junglebee

A Junglebee é uma produtora de Realidade Aumentada e Realidade Virtual. Desenvolve histórias imersivas e cria soluções para os novos desafios da comunicação para empresas, instituições culturais e ONGs.

Sobre o Instituto Socioambiental (ISA)

O Instituto Socioambiental (ISA) é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, fundada em 1994, para propor soluções de forma integrada a questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos.

Sobre a Rede de Sementes do Xingu

A Associação Rede de Sementes do Xingu é uma associação não-governamental, sem fins lucrativos, considerada a maior rede de sementes nativas do Brasil. Criada em 2007, a iniciativa visa a valorização de povos e comunidades que coletam sementes para restauração florestal em diversos territórios nas bacias dos rios Xingu e Araguaia, no Mato Grosso. Hoje, são mais de 500 coletores de sementes, que já ajudaram a plantar cerca de 20 milhões de árvores.

Sobre a Flow Impact

A partir da percepção de que algumas mudanças precisam ser aceleradas, foi criada a distribuidora Flow, uma spin-off da Maria Farinha Filmes que experimenta novas formas de chegar ao público e realiza campanhas de impacto social que proporcionam caminhos concretos e plurais, fomentando o espírito ativista. Alguns dos destaques de seu portfólio são os documentários A Juíza, indicado ao Oscar em 2019, e Longe da Árvore (2018), baseado no best-seller com o mesmo título – ambos fruto de uma parceria com a Participant Media, produtora americana dedicada a realizar entretenimento que traz consciência social, indicada a 73 Oscars e vencedora de 18 estatuetas.

Com informações da ISA e da Amazônia Notícia e Informação.


COP26 lança iniciativa internacional para a proteção de florestas

● Ministros de mais de 18 países se reúnem para desenvolver roteiro de comércio internacional que promova cadeias de abastecimento alimentar sustentáveis e proteja as florestas

● Mais de 10 milhões de hectares de floresta, associados à produção global de commodities, são destruídos a cada ano

Uma nova iniciativa para proteger as florestas tropicais do desmatamento, garantindo que o desenvolvimento e o comércio sejam sustentáveis, foi lançada ontem pelo Reino Unido, anfitrião da COP26, conferência de cúpula do clima que acontece em novembro. Trata-se do Diálogo sobre Florestas, Agricultura e Comércio de Commodities (FACT, na sigla em inglês para Forest, Agriculture and Commodity Trade), que reunirá os principais países exportadores e consumidores de produtos agrícolas na busca de soluções que tornem este processo mais verde e sustentável.

O anúncio foi realizado por Alok Sharma, presidente da COP26, e mais 18 ministros de diferentes países.

O comércio internacional de commodities como óleo de palma, soja e carne bovina movimenta mais de US$ 80 bilhões por ano em receitas de exportação para os países produtores e contribui para a segurança alimentar e o crescimento econômico nos países consumidores. O setor provê trabalho e subsistência para cerca de 1,5 bilhão de pessoas, a maioria delas em países em desenvolvimento. No entanto, ao mesmo tempo, as florestas continuam desaparecendo em um ritmo alarmante e em alguns casos, o desmatamento está aumentando.

A iniciativa FACT visa acordar princípios para a ação colaborativa em um roteiro compartilhado para a transição em direção a cadeias de abastecimento e a um comércio internacional sustentáveis, tomando medidas agora para proteger as florestas enquanto promove o desenvolvimento e o comércio.

"Tenho orgulho em reunir os países que podem tornar o comércio global mais sustentável para todos", destacou Alok Sharma, presidente da COP26. "Trata-se de trabalhar em conjunto para proteger nossas preciosas florestas, melhorando a subsistência e apoiando o desenvolvimento econômico e a segurança alimentar, que é uma de nossas principais prioridades para a COP26".

Também no evento de ontem, a TFA (Tropical Forest Alliance), parceira da iniciativa FACT, anunciou a criação de uma Força-Tarefa Multilateral Global voltada para o comércio de commodities. O grupo de trabalho reunirá mais de 25 personalidades que trabalham com sustentabilidade, que irão canalizar sua expertise e assessorar os diálogos governamentais ao longo do ano.

"Esta ousada iniciativa é uma certeza de que todas as vozes relevantes serão ouvidas, conforme os países se unem para garantir um uso mais sustentável da terra", comentou Justin Adams, diretor executivo da TFA. "A ação para proteger a diversidade do planeta e estabelecer um futuro sustentável exigirá a colaboração global de toda a sociedade, desde os legisladores e produtores até os consumidores individuais. Esta parceria com a COP26 para a viabilização do FACT é motivo de grande orgulho para nós".

A 26ª Conferência sobre Mudança Climática da ONU (COP26) acontecerá em Glasgow, de 1º a 12 de novembro de 2021. Sua principal meta é acelerar a ação em direção aos objetivos do Acordo de Paris e da Agenda da ONUA relativa às Mudanças Climáticas.

O evento de ontem pode ser assistido no endereço https://bit.ly/FACTDialogueLive

Sobre a TFA

A Tropical Forest Alliance (TFA), ou Aliança para as Florestas Tropicais, é uma rede que reúne múltiplos parceiros em torno do objetivo comum da busca e da implementação de soluções para o combate ao desmatamento resultante de atividades comerciais em áreas de florestas tropicais. Iniciativa do World Economic Forum, a TFA trabalha com representantes governamentais, do setor privado e da sociedade civil, como povos indígenas e organizações internacionais, na consolidação de parcerias de alto impacto para reduzir o desmatamento e construir um futuro positivo para as florestas. A rede TFA, por meio de seus parceiros, identifica desafios e elabora soluções, reunindo especialistas de todo o mundo para transformar ideias em ações efetivas na América Latina, na África, na China e no Sudoeste Asiático.

COP26 - Diante da inércia de governos, empresas assumem protagonismo e adotam ações para reduzirem a emissão de CO2

 

                                                   Werner Roger, gestor da Trígono Capital

Sem atuação firme dos governos, empresas mostram que é possível agir com ações de ESG para reduzir emissão de CO2, ponto central de discussão na COP26

Setor privado está assumindo o protagonismo enquanto os governos não apesentam ações efetivas para redução de carbono no planeta. Os índices alarmantes de CO2 na atmosfera têm desencadeado uma série de efeitos nocivos ao planeta e diante desse futuro ameaçador, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu como meta a redução das emissões de gases do efeito estufa em 45% até 2030 para evitar a elevação da temperatura em 2%: um esforço global que será discutido na COP26 (26ª Conferência sobre Mudanças Climáticas). Para atingir esse objetivo, setor privado, governos e sociedade precisam atuar juntos. No entanto, com a inércia dos órgãos competentes muitas empresas listadas na Bolsa e gestoras de fundo de ações têm implementando ações de ESG (práticas que englobam o cunho ambiental, social e governança) para cooperarem com essa redução. Além dessas iniciativas contribuírem para o meio ambiente, estudos mostram que elas ainda geram vantagens competitivas, melhoram a reputação e o valuation das organizações, contrapondo-se à corrente que alega que investimentos ambientais são caros e não trazem compensação financeira.

Como prova disso, algumas empresas têm desenvolvido práticas de ESG, em seus segmentos de atuação, que promovem a redução de CO2 no planeta e são exemplo para outras organizações. Como é o caso das companhias Tupy, que está desenvolvendo uma tecnologia para reciclagem de baterias de carros elétricos; da São Martinho, primeira produtora de etanol no Brasil a obter certificação para emitir e vender créditos de descarbonização (CBios) e da Ferbasa, companhia de minério- ferroligas que possui forte plano de gerenciamento de resíduos sólidos e atingiu o maior retorno na B3 desde o plano Real, 84.780%, comparado a 3.262% do Ibovespa.

Outra ação relevante desenvolvida pela Trígono Capital, gestora especializada em small caps, é a realização do Relatório 2020 de Pegada de Carbono com as empresas do seu portfólio. A empresa é a primeira gestora especializada em small caps do país a implementar o relatório e a defender que a prática deveria ser um requerimento dos órgãos reguladores, ou, realizada de forma espontânea pelas empresas, configurando melhores práticas de governança das empresas listadas na Bolsa de Valores. O gestor e sócio cofundador da Trígono Capital, Werner Roger, considerado entre os 5% melhores gestores do mundo segundo classificação da empresa britânica Citywire, explica que a intenção do relatório é trazer uma reflexão para o mercado financeiro e para as empresas investidas sobre a importância da geração de valor com a transição para uma economia de baixo carbono e da atuação empresarial responsável e assim gerar um efeito em cadeia onde as empresas e clientes vão reconhecendo a necessidade dessa mensuração e exigindo iniciativas para compensá-las. “Em algum momento, todas as empresas serão pressionadas a seguirem um programa de redução de carbono, contribuindo para a busca do carbono neutro. As companhias deveriam assumir uma posição ativa frente à agenda ambiental, tomando as rédeas desse movimento ao invés de meramente reativa, antes que sejam atropeladas por exigências regulatórias, além da demanda de investidores e consumidores”, explica Werner.

Práticas sustentáveis das empresas que refletem em vantagens competitivas

A Ferbasa – Cia de Ferro Ligas da Bahia (FESA4), companhia de minério- ferroligas que alcançou o maior retorno na B3 desde o plano Real, 84.780%, comparado a 3.262% do Ibovespa, possui forte plano de gerenciamento dos resíduos sólidos. Este exemplo mostra a relação direta de práticas ESG e valorização. A companhia atua constantemente na busca por investimentos em tecnologia e energias renováveis, como a eólica, buscando a redução das emissões causados pelo diesel, consumo consciente de água, neutralização do carbono gerado no processo metalúrgica e busca de autossuficiência energética 100% através de energia limpa e renovável, além de cultivar florestas de eucaliptos para produção de bioredutores, substituindo o coque, e manutenção de áreas de preservação florestal muito maiores do que os requerimentos regulatórios de natureza ambiental.

Um outro exemplo é a Tupy, multinacional brasileira do ramo da metalurgia, que está alinhada com a causa ambiental, através da economia circular. Ela recicla anualmente quase 600 mil toneladas de sucata e converte em produtos de altíssima tecnologia metalúrgica. Recentemente, a companhia anunciou sua nova iniciativa com a Universidade de São Paulo (USP) para a reciclagem de baterias, um desafio importante para mitigação dos impactos ambientais causados pelos veículos elétricos e o ciclo de vida curta dos produtos. O objetivo é encontrar uma alternativa viável ao processo atual de reciclagem de baterias, que é feito por pirometalurgia, no qual a matéria-prima é incinerada e possui três desvantagens: grande consumo de energia, alto nível de emissões e perda nos materiais recuperados, principalmente do lítio. Além disso, a Tupy firmou duas parcerias, com a Westport Fuel Systems (República Tcheca) e a AVL List GmbH (Áustria) para o desenvolvimento de um motor de combustão interna ICE (na sigla em inglês – Internal Combustion Engine) movido à base de hidrogênio (H2). Este projeto busca a utilização de hidrogênio nos motores em substituição aos combustíveis fósseis, com ampla repercussão positiva ao meio ambiente, especialmente quando utilizado o “hidrogênio verde” produzido através de eletrólise com energia renovável.

Já a São Martinho (SMTO3), empresa referência mundial do setor sucroenergético, também desponta com excelentes práticas de ESG e rentabilidade. Destacando-se no cenário nacional com grandes projetos de sustentabilidade sendo a primeira produtora de etanol no Brasil a obter certificação para emitir e vender créditos de CBios, relacionados tanto a captura de CO2 da atmosfera pelos canaviais, como pela substituição de combustíveis fósseis pelo etanol. A empresa também substitui fertilizantes químicos  a partir de resíduos industriais reciclados em fertilizantes orgânicos e está investindo no desenvolvimento de tecnologia para produção de biometano, gás de origem residual do processo industrial que poderá substituir o diesel como combustível em suas máquinas agrícolas e logística, além de poder gerar energia renovável e ser usado como gás canalizado em substituição ao gás natural e liquefeito de petróleo, ambos de origem fóssil e geradores de maiores quantidades de gases geradores de efeito estufa em relação ao biogás.

Para o desenvolvimento da economia é inevitável a liberação de CO2 na atmosfera em alguns segmentos, entretanto, as práticas dessas empresas evidenciam que é possível reduzir a pegada de carbono e compensar a emissão, além de adotar medidas assertivas e responsáveis, que agregam valor às organizações e reafirmam o compromisso com as futuras gerações.

COP26 - Cescon Barrieu marca presença na COP26

 

O Cescon Barrieu Advogados terá um representante na Conferência do Clima que começa no próximo dia 31. O advogado Yago Freire, especialista em Direito Ambiental e associado do Cescon Barrieu, vai acompanhar e participar da agenda oficial do evento e também dos "side events" que ocorrem durante a conferência. "Vai ser importante acompanhar in loco as discussões dos principais temas do evento e compartilhar isso estrategicamente com nossos clientes.", afirma Freire. Aqui no Brasil, o time de especialistas em Direito Ambiental do escritório, sob o comando de Maurício Pellegrino e Rebeca Stefanini, vai ainda direcionar as informações de interesse obtidas diretamente do evento visando contribuir para as novas perspectivas de surgirão a partir de então. "Muito será discutido por lá sobre temas que são do interesse de todos. Vamos fazer um esforço concentrado com nossa equipe para aproveitarmos essa oportunidade e trazermos o máximo possível para nossos clientes e parceiros", ressaltaram Rebeca e Maurício. A COP26 vai ser realizada em Glasgow, na Escócia, entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro. Nessa edição da Conferência do Clima, o Brasil terá a segunda maior delegação entre os países participantes.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Jardim Botânico de Brasília recebe mais uma edição da Feira de Orquídeas neste fim de semana

O segundo evento de 2021 contará com oficinas, palestras e brindes para os primeiros 50 compradores

Famosas pela beleza e delicadeza, as orquídeas compõem a família Orchidaceae, uma das maiores famílias de plantas existentes. “É considerada a maior família de plantas que produzem flores, as angiospermas”, pontua Dulce Maria Sucena da Rocha, doutora em biologia vegetal e professora da Universidade de Brasília. Devido a sua capacidade de atrair diversos admiradores, o Distrito Federal, que conta com cerca de 52 gêneros e 159 espécies espalhadas, receberá, neste fim de semana, a 2ª Feira de Orquídeas de 2021.

O evento, que ocorrerá no Jardim Botânico de Brasília (JBB), começa nesta sexta-feira, e se estende até domingo (31). O diferencial desta edição com relação a última, será a realização de palestras e oficinas gratuitas direcionadas aos admiradores de orquídeas e suculentas. Com grande variedade de cores e por ser de fácil cultivo, as plantas podem ser uma excelente opção para presentear amigos e entes queridos. Por essa razão, a feira contará com quatro orquidários comerciais e dois viveiros de plantas ornamentais de São Paulo, Distrito Federal e Goiás, e os 50 primeiros clientes que adquirirem orquídeas receberão uma de brinde.

As apresentações da feira começam no sábado, às 14h, momento em que haverá a palestra sobre cultivo de orquídeas. No domingo, às 10h, o tema será cultivo de suculentas. “As flores das orquídeas são, em geral, bem características”, desenvolve a professora de botânica acerca das particularidades da espécie. “Elas apresentam 3 sépalas, sendo uma delas bem diferente e chamativa, chamada de labelo”, acrescenta Dulce. As aulas serão ministradas pelo agrônomo Márcio Vanique, proprietário do Orquidário Recanto de Analândia (SP), na sala de exposição do Centro de Visitantes. Serão oferecidas 12 vagas para cada palestra, por ordem de chegada.

Se tratando das oficinas, estas serão realizadas no mesmo local, em frente aos quiosques. No sábado, elas começarão às 10h, e no domingo, às 11h. Haverá ainda a oficina “Monte seu jardim encantado de suculentas” direcionada tanto para crianças quanto para adultos. Tal atração será organizada pela Magia da Diversão e ministrado pela psicóloga Marília Guimarães. Assim como nas palestras, também serão ofertadas 12 vagas para cada oficina, ocupadas por ordem de chegada. Amante incurável da planta, Eliane Pena, de 48 anos, diz que pretende comparecer à feira. “Não vou perder a oportunidade de aparecer por lá em algum dos dias”, compartilha. “Amo orquídeas, tenho várias e em casa e, com certeza, esse fim de semana chegarei com mais algumas”, brinca a moradora de Planaltina DF.

Outra entusiasta, porém mais recente, é Nathália Dias. A designer de moda conta que, seu amor por plantas começou durante a pandemia e hoje, um de seus maiores hobbys é cuidar das suas companheiras de apartamento. “Quando me vi isolada em casa, com muito tempo para gastar, procurei uma ocupação. Comecei a pesquisar sobre plantas depois de ver muitas pessoas nas redes sociais postando as suas. Hoje me considero ‘mãe de planta'”, brinca a jovem de 27 anos. “Comecei com uma, depois comprei outra, ganhei mais uma de um amigo, e agora estou rodeada delas”, continua a brasiliense que já confirmou presença na feira. Com bom humor, Nathália garante que será uma das compradoras que ganhará o brinde tão especial.

Satisfeita, a diretora executiva do JBB, Aline De Pieri, diz estar empolgada para a realização de mais uma feira de orquídeas na capital federal. “Além de se encantar com a beleza das flores, o visitante encontrará espécies exclusivas para aquisição”, comenta a gestora. “Também serão compartilhados muitos conhecimentos nas oficinas e palestras, o que é bastante importante para manter as plantas sempre belas”, finaliza Aline.

Serviço

2ª Feira de Orquídeas de 2021

Data: de sexta (29/10) a domingo (31/10)

Local: Centro de Visitantes

Horário de visitação e vendas: das 9h às 17h


Com informações do Jornal de Brasília, de Mayra Dias e da Agência Brasília

COP26: políticas públicas liberais para a sustentabilidade

Livres propõe iniciativas para que o desenvolvimento sustentável e a economia andem de "mãos dadas". No Brasil, uma das apostas é o mercado de carbono

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP26, será realizada em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro deste ano. Um dos maiores desafios desta Conferência será como resolver a equação entre a retomada do crescimento econômico, após dois anos de pandemia, e o respeito ao meio ambiente.

Pensando nisso, o Movimento Livres elaborou propostas para o tema no Brasil, país que tem uma das maiores biodiversidades do planeta, mas sofre com ataques ao meio ambiente. Só em 2021, a Amazônia perdeu 9 mil km² de floresta. Apenas em setembro, foram 1.224 km² de território desmatado. Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Uma das proposições é o investimento no mercado de créditos de carbono: um sistema de venda que limita a emissão dos gases do efeito estufa para países ou empresas que têm dificuldade em cumprir as metas de redução estabelecidas em convenções internacionais. Por exemplo, uma indústria poderia comprar os créditos de uma empresa para compensação dos gases produzidos. Esse assunto será um dos principais tratados na COP26.

"De acordo com o documento publicado pelo [Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável] Cebds, o Brasil tem um enorme potencial de venda de créditos de carbono, podendo gerar receitas líquidas de US16 bilhões a US72 bilhões, até 2030. O mercado de carbono, além de permitir a contenção de danos causados ao meio ambiente, traz mais agilidade e capacidade de adaptação às diferentes realidades de mercado em comparação com as amarras do código tributário, criando oportunidades de comércio sustentável entre agentes econômicos e fortalecendo a governança climática com participação do setor privado", explica o cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno Karl.

Magno Karl

É cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno é bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ, mestre e doutorando pela Universidade de Erfurt (Alemanha), e PhD fellow da Fundação Naumann (Alemanha), onde foi bolsista, e seus artigos já apareceram em publicações nacionais e estrangeiras, como o The Wall Street Journal, The Daily Telegraph. Forbes, Newsweek, Estadão e O Globo. Também é pesquisador do Instituto Cato (EUA), cofundador do antigo Instituto Ordem Livre e coordenador político de bancada na Câmara dos Deputados.

Movimento Livres

O Livres é um movimento liberal suprapartidário que promove engajamento cívico e desenvolvimento de lideranças, projetos de impacto social e propostas de políticas públicas para aumentar a liberdade individual no Brasil. Com mais de 4 mil associados entre todas as regiões do país, o Livres possui 33 mandatários associados (1 prefeito, 8 deputados federais, 8 deputados estaduais e 16 vereadores) e um Conselho Acadêmico composto por Elena Landau, Fernando Schuler, Leandro Piquet, Pérsio Arida, Ricardo Paes de Barros, Samuel Pessôa, Sandra Rios e Paulo Roberto de Almeida. Constituído formalmente como associação civil sem fins lucrativos desde 2018, o movimento nasceu em janeiro de 2016 como uma tendência partidária incubada no PSL com o propósito de renovar o partido, mas deixou a sigla por divergir da entrada do então pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro. Para saber mais, acesse aqui.

COP26 - O futuro do mercado de carbono no Brasil e a COP26

 

Entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, líderes e autoridades de 196 países se encontram em Glasgow, na Escócia, para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26. A reunião tem como objetivo discutir e negociar ações que possam conter as mudanças climáticas, com metas e compromissos de diferentes nações, tendo em vista que os efeitos do aquecimento global podem ter consequências devastadoras em diferentes pontos do mundo.

Na última terça-feira, dia 26 de outubro, Thiago Falda, presidente executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), participou da Sessão Extraordinária sobre a participação do Brasil na COP26 realizada pela Câmara dos Deputados.

Durante o discurso, Thiago apresentou o posicionamento da entidade, dando destaque ao tema Descarbonização e como o país pode ser pioneiro quando o assunto é mercado de carbono. Os pontos sugeridos em sua fala foram:

• Apoiar os resultados de mitigação transferidos internacionalmente (ITMOs) - suporte à regulamentação desse mecanismo, considerando a fungibilidade de projetos sustentáveis, aptos a reduzir emissões e àqueles realizados com a finalidade precípua de reduzir emissões de GEEs.;

• Priorizar a valorização da floresta em pé e o desenvolvimento econômico da região amazônica, com base nas vocações da região, tendo como consequência a eliminação do desmatamento ilegal;

• Fomentar e destacar a relevância da inovação para o cumprimento dos compromissos climáticos do Acordo de Paris, com ênfase no desenvolvimento de tecnologias descarbonizantes;

• Defender o relevante papel dos biocombustíveis, com destaque para àqueles produzidos a partir de resíduos, na descarbonização da economia global.

O mapeamento de tecnologias para redução de emissões e o preparo para uma economia de baixo carbono está ocorrendo nas principais economias do mundo e o Brasil tem diferenciais que podem o colocar como líder nesta esfera.

Sobre a ABBI

A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) é uma organização civil, sem fins lucrativos, apartidária, e de abrangência nacional que acredita no Brasil como potencial líder da bioeconomia avançada global. Representamos empresas e instituições de diversos setores da economia que investem em tecnologias inovadoras, baseadas em recursos biológicos e renováveis para criar produtos, processos ou modelos de negócios gerando benefícios sociais e ambientais coletivos. Trabalhamos para promover um ambiente institucional favorável à bioinovação, que permita converter nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas, impulsionando o desenvolvimento econômico sustentável da bioeconomia avançada no Brasil.

COP26 - Conheça o Brazil Climate Action Hub, iniciativa da sociedade brasileira na COP26

A sociedade brasileira tem um espaço aberto para debater a agenda climática na COP26 e os caminhos para o país desenvolver uma economia de baixo carbono, inclusiva e responsável: o Brazil Climate Action Hub 

Localizado dentro da Conferência, na Zona Azul, ele terá uma programação extensa de eventos nas duas semanas de COP, com apresentações de estudos, coletivas de imprensa e discussões entre representantes de organizações não governamentais, populações tradicionais, movimentos sociais, setor privado e diferentes esferas políticas, do Brasil e de outros países. Todos os eventos serão transmitidos no site, com tradução simultânea entre português e inglês, a fim de aproximar o que acontece na COP26 da população brasileira.

O Brazil Climate Action Hub também será o local onde as negociações em torno do Acordo de Paris e a agenda internacional de clima vão se encontrar com as visões sobre o Brasil, os desafios colocados e as soluções que devem ser construídas, com diálogo e transparência.

Organizada por Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto ClimaInfo e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o espaço nasceu em 2019, quando deu visibilidade à agenda climática do Brasil na COP25, em Madri, na Espanha. A iniciativa teve amplo apoio de representantes da sociedade civil e rapidamente tornou-se referência para quem gostaria de saber mais sobre perspectivas brasileiras na conferência daquele ano.

A abertura do Hub, em Glasgow, ocorre em 2 de novembro à tarde, com a discussão "Qual o papel do Brasil em manter o 1,5° vivo?", em referência ao limite para o aumento da temperatura média do planeta até o final da década em relação ao período pré-industrial. Deve-se considerar o fuso horário do Reino Unido (UTC+0), que está três horas à frente do horário de Brasília (UTC-3), para acompanhar a programação.

A COP 26 ocorre entre 31 de outubro e 12 de novembro. São aguardados mais de 190 líderes mundiais e mais de 20 mil pessoas. Serão doze dias de conversas envolvendo milhares de negociadores, representantes de governos, empresários e cidadãos de todas as partes do mundo.

A principal missão é fechar o "livro de regras" do Acordo de Paris, que busca manter o aumento da temperatura média do planeta, causada pelas ações humanas, em, no máximo, 1,5ºC. Para isso acontecer, todos os países precisam cortar suas emissões de gases do efeito estufa, sejam elas originadas pela queima de combustíveis fósseis ou pelo desmatamento.

Divulgação do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2020

 



COP26 - Artigo - Mercado de carbono será tema central da COP26

Glenda Rangel Rodrigues*

Para participar de modo efetivo dos mecanismos de cooperação internacional voltados a mitigar as emissões de carbono e o aquecimento da Terra, que serão discutidos na 26ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro, seria importante o Brasil ter um concreto marco regulatório para o tema e ações eficazes. Tal desafio também amplia as oportunidades do fomento do mercado de descarbonização. De qualquer forma, representantes de várias esferas do governo e entidades da sociedade civil estarão presentes nos diversos fóruns na conferência.

Segundo o Climate Watch, plataforma do World Resources Institute, o Brasil é o sexto maior emissor de gases de efeito estufa. A maior parte (44%) é relativa às atividades ligadas à mudança do uso da terra e desmatamento; 28% referem-se à agricultura e pecuária; e 24% à energia e indústria. Tal distribuição evidencia a premência de combater o desmatamento para que o País cumpra sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) perante o Acordo de Paris, que prevê reduzir as emissões de carbono em 37%, em 2025, e 43%, em 2030, tendo como referência o ano de 2005. A neutralização ocorreria em 2060.

A transição energética também é tema fundamental nas discussões do clima. A matriz brasileira tem uma participação de 48% de renováveis, segundo a Empresa de Pesquisa Energética. Em 2020, as hidroelétricas foram responsáveis por 65,2% do total de geração de eletricidade. Com a estiagem, os níveis dos reservatórios estão muito baixos. Como solução de longo prazo, está sendo discutida a expansão baseada em térmicas a combustíveis fósseis. Estudo do Instituto Clima e Sociedade (ICS) considera que esse não é o caminho para preparar o setor elétrico brasileiro para futuras crises hídricas. De acordo com o ICS, deve ser considerada a expansão de fontes renováveis, como eólicas, cujo potencial no Brasil é muito grande. A energia eólica respondeu por 8% da geração de energia elétrica em 2020, mas, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEOLICA), a evolução da capacidade instalada vai dos atuais 20,4 GWh para 30,6 GWh em 2030. De acordo com a ABEEOLICA potencial para instalações em terra pode chegar a 600 GWh e o offshore, até 700 GWh. O debate do planejamento energético também inclui o hidrogênio, um dos potenciais combustíveis do futuro.

A Política Nacional de Mudança do Clima é de 2009 e o Brasil, até 2018, teve participação muito expressiva nas COP. Embora no momento seu posicionamento nas discussões externas esteja discreto, é grande a competência dos profissionais do País que lidam com o tema, que seguem atuantes. Algumas legislações e diretrizes foram publicadas nos últimos anos e meses, regulando partes da gestão. Em 2017, foi proposto e aprovado o Renovabio (Lei nº 13.576/2017), que criou os créditos de descarbonização para os combustíveis veiculares.

Outro exemplo foi a portaria 288/2020, que estabeleceu o Floresta+, programa nacional de pagamento por serviços ambientais, que possibilita aos produtores privados financiarem projetos relacionados à preservação de mata nativa ou outros serviços para o ecossistema. A portaria contém apenas diretrizes gerais da iniciativa e são aguardados outros atos normativos. Vários estados e alguns consórcios interestaduais, como o da Amazônia Legal, também elaboraram ou revisaram programas relacionados à mudança do clima em 2021.

A implementação da gestão das emissões envolve sempre muita discussão nas jurisdições. Há mais de uma possibilidade de formato, sendo as mais usuais o tributo por carbono ou o estabelecimento de um sistema de comércio de emissões. O tributo prevê uma cobrança por unidade de carbono emitida por alguns setores da economia, em geral os intensamente emissores, e gera recursos para a região gestora.

Sobre os sistemas de comércio de emissões (ETS), é interessante conhecer o relatório da ICAP 2020 (International Carbon Action Partnership). Os ETS são também estabelecidos com base em alguns setores, que variam de acordo com a região. São distribuídas permissões de emissão de gases de efeito estufa pelo gestor (que pode ser o País, o estado ou uma jurisdição) para as entidades envolvidas, que podem ser gratuitas ou pagas, gerando uma receita para o País (ou para a região). As instituições que estão emitindo acima de suas permissões precisarão reduzir ou comprar créditos das empresas que estão emitindo abaixo.

Em paralelo aos mercados regulados, há os voluntários, gerenciados por plataformas que operam internacionalmente. Os projetos que mais têm interessados nesses mercados são os relacionados à manutenção de florestas. Empresas, mesmo sem compromissos formais, têm interesse em comprar créditos, cujos processos de certificação nos mercados voluntários e regulados são rigorosos, garantindo a credibilidade.

Um dos programas que fizeram parte importante das discussões foi o projeto PMR (Partnership for Market Readiness) do Banco Mundial. O PMR- Brasil foi desenvolvido desde 2016, sob a governança do Ministério da Economia, envolvendo profissionais de referência, sendo concluído no final de 2020 Indicou a criação de um tributo ou um mercado regulado para alguns setores industriais, que ainda não foi implementado.

Em paralelo, em junho de 2021, foi apresentado o projeto de lei 528, que propõe orientações para um mercado de carbono regulado, envolvendo alguns setores. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), muito atuante nas discussões, complementou a proposta, de maneira que a mesma Entidade Nacional Designada (gestor) trate dos dois mercados de carbono, o regulado e o voluntário, mantendo um único registro de emissões. O PL encontra-se em fase de audiência pública.

Em meio a todas essas questões, que estarão na pauta da COP26, o Brasil precisa acelerar suas políticas de gestão das emissões. O envolvimento maior da sociedade será fundamental para impulsionar as discussões e para que o País retome o protagonismo nesse tema fundamental para a humanidade.

*Glenda Rangel Rodrigues é consultora líder em qualidade do ar e descarbonização da Ramboll Brasil.

COP26 - Legislação ambiental brasileira será case para outros países

 

Samanta Pineda, advogada ambiental confirmada na COP26: pagamentos podem ser a solução para a mudança

Hora dos poluidores pagarem a conta: especialista de Curitiba defende resultados brasileiros na COP-26 para 200 nações do mundo

País emite apenas 3% dos gases poluidores e pioneirismo agrícola na preservação ambiental e neutralização de carbono devem ajudar Brasil a obter financiamento climático por suas iniciativas

“O Brasil é parte da solução e vamos destacar isso. Estamos ousando com o ABC+. O Brasil vai dobrar a área de incidência de baixo carbono, chegar a 72 milhões de hectares ou o equivalente a dois Reinos Unidos”, afirma a especialista em Direito Ambiental Samanta Pineda. A advogada está confirmada para os 12 dias da COP26, em Glasgow, Escócia.

O evento das Nações Unidas sobre mudanças climáticas começa segunda-feira e vai até 12 de novembro. Samanta Pineda, sócia do escritório Pineda & Krahn de Curitiba, estará em dois painéis, um sobre economia e o outro só de mulheres, ambos focados na sustentabilidade.

Ao lado dos biocombustíveis, a produção de baixo carbono será um dos destaque na fala da advogada. Também deve discutir a regulamentação do mercado de carbono com pagamentos feitos pelos grandes poluidores. A conferência climática já é considerada a mais importante já realizada para discussão da redução das mudanças climáticas.

Samanta Pineda apresentará as soluções verdes da agricultura nacional e os resultados dessas iniciativas no combate às emissões de poluentes, reforçando a necessidade de financiamento climático para os produtores brasileiros.

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima começa em 1º de novembro e acontece até dia 12 em Glasgow, na Escócia, país do Reino Unido.

O exemplo brasileiro está ligado ao ABC+, nova versão do plano de Agricultura de Baixo Carbono lançada semana passada pelo Ministério da Agricultura. Samanta Pineda afirma que há grande expectativa para a conferência, que pode regulamentar o mercado internacional de carbono, do qual o Brasil é superavitário.

Baixo Carbono na produção de alimentos

Como os gases de efeito estufa produzidos na geração de energia são o principal motivo da mudança climática, as matrizes energéticas brasileiras como etanol e biocombustíveis estão em foco. A produção de alimentos com técnicas de baixa produção de carbono, porém, também são consideradas Mecanismos de Desenvolvimento Sustentável (MDS) e vão reforçar o potencial de novas linhas de financiamento para a agricultura brasileira.

O plano também investe na forma como a propriedade se relaciona com seu entorno e em uma nova linha de financiamento para energias renováveis.

Os painéis terão transmissão on-line pelo Youtube da ONU, basta inscrever-se para acompanhar. O painel de economia com Samanta Pineda,  “Liberando o capital privado para financiamento de infraestruturas de sustentabilidade”, será em 4 de novembro. A advogada de Direito Ambiental falará sobre o sustentável como ferramenta econômica e também de transformação pessoal. No dia seguinte, ela participa da mesa de debates “Mulheres na transição da energia e da inovação para sustentabilidade.”

Desafios da COP 26

A 26ª edição da COP traz para o Reino Unido a urgência dos eventos climáticos e a necessidade de cumprir a meta de limite do aquecimento global em até 1,5oC prevista pelo Acordo de Paris de 2015. “É um evento anual, no qual os maiores líderes mundiais sentam à mesa para discutir como vamos enfrentar esse grande desafio que são as mudanças climáticas”, explica Luiza Furiatti, mestre em Direito Ambiental e Sustentabilidade e advogada sócia do Pineda e Krahn.

O momento pós-pandemia também deve influenciar nos temas em pauta. “A economia verde está sendo debatida nas grandes mesas internacionais, saiu daquele pano de fundo que era só um problema para ser uma solução E precisamos investir em questões ambientais que impactem positivamente na nossa vida”, diz Luiza Furiatti.

Luiza Furiatti, mestre em Direito Ambiental e Sustentabilidade: eventos extremos relacionados ao clima acontecendo no Paraná e agricultura faz parte da solução

As mudanças climática no Paraná

“Nós temos eventos extremos relacionados ao clima acontecendo. O Paraná tem tido a maior seca dos últimos 50 anos e com certeza as mudanças climáticas têm um papel importante nesse processo. Todas essas questões vão ser debatidas lá em Glasgow”, afirma a advogada ambiental Luiza Furiatti.

Segundo ela, o Paraná e o Brasil vão apresentar o que vem fazendo para reduzir suas emissões e novas metas. Outros tópicos devem ser o compromisso em combater o desmatamento ilegal e o incentivo às boas práticas agrícolas.

“Com certeza a agricultura vai trazer opções e vai ser beneficiada dentro desse processo, porque tem papel importante não só na produção de alimento, mas também com a produção sustentável que vai ajudar nesse processo de redução de emissões”, esclarece a advogada Luiza Furiatti, sócia da Pineda & Krahn.

Estima-se que a COP-26 deve reunir cerca de 25 mil pessoas entre líderes mundiais, especialistas, negociadores, jornalistas, ativistas e empresas.

Sobre o Pineda & Krahn

Sediado em Curitiba/PR, o escritório atende nacionalmente nas áreas de regularização ambiental, due diligence ambiental, contencioso ambiental, relações institucionais, consultoria, contratos agrários, Direito Tributário voltado ao agronegócio, questões fundiárias, além de realizar palestras sobre Direito Ambiental. Ao longo desses 20 anos, já atuou em cerca de 5 mil casos e possui, em média, 600 casos ativos.

Samanta Pineda é habilitada como coordenadora de Gestão Ambiental pela DGQ da Alemanha; professora de Direito Ambiental no MBA da FGVSP e de Brasília, no INSPER/SP, na Fundação Escola Superior do MPRS e no IBDA (Faculdade CNA-Brasília) e sócia fundadora do escritório Pineda e Krahn Sociedade de Advogados.

Luiza Furiatti Advogada, Mestre em Direito Socioambiental e Sustentabilidade pela PUC/PR. Especialista em Direito Ambiental e Direito Administrativo. Membro da comissão do Pacto Global e da Comissão de Direito Ambiental ambas da OAB/PR. Professora, palestrante e autora do livro Sustentabilidade Urbana: Estudo de Impacto de vizinhança. Consultora em questões relacionadas ao meio ambiente,  sustentabilidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 do Pacto Global da ONU.

Serviço

COP 26

Quando: de 1 a 12 de novembro

Mais: https://together-for-our-planet.ukcop26.org/

PAINEL 1) “Unlocking private Capital to Finance Sustainable Infrastructure: Investing for Social & private environmental impact” (“Liberando o capital privado para financiamento de infraestruturas de sustentabilidade: investir para o impacto social e ambiental privado”)

Tema da Pineda & Krahnn lawyers (Samanta Pineda): Sustainability for good value (Sustentabilidade para bons valores)

Quando: 4 de novembro (quinta-feira)

Horário: 17h às 18h30 no horário de Glasgow

(ou 13h às 14h30 no horário de Brasília)

Mais: https://www.youtube.com/c/cop26

PAINEL 2) “Women In Energy Transition and innovation for sustainable future” (“Mulheres na transição da energia e da inovação para sustentabilidade”)

Quando: 5 de novembro (quinta-feira)

Horário: 8h30 às 9h30 no horário de Glasgow

(ou 4h30 às 5h30 no horário de Brasília)

Mais: We Mean Business Pavillion - Round table discussion

COP 26 - The Nature Conservancy (TNC) Brasil apresenta suas recomendações para os negociadores da Conferência do Clima - COP 26

Karen Oliveira*

Com agenda extensa de participação nos debates, a TNC Brasil espera que Conferência termine com compromissos firmes na implementação de ações para frear as mudanças climáticas e mitigar seus efeitos

Depois de ser adiada por um ano, em razão da pandemia de Covid-19, a Conferência do Clima (COP26) começa no próximo dia 31 de outubro em Glasgow (Reino Unido) e as expectativas são grandes. Desde o Acordo de Paris, em 2015, a COP26 é vista como o encontro global mais significativo para políticas públicas mundiais sobre clima.

A The Nature Conservancy (TNC), organização de conservação ambiental com atuação em 76 países, inclusive no Brasil há quase 30 anos, estará presente para acompanhar as negociações entre os países e participar dos debates.

Além disso, a TNC Brasil apresentou também suas recomendações aos negociadores da COP26, focadas em quatro pontos centrais: regulamentação do mercado de carbono, soluções baseadas na natureza, financiamento climático e justiça climática.

A gerente para Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC Brasil, Karen Oliveira, irá representar a organização na COP26 e destaca que é imperativo que a Conferência termine com o firme compromisso dos países na adoção das regras do Acordo de Paris.

"Acabar com o desmatamento, conservar a floresta em pé, promover a transição para uma economia de baixo carbono, ajustar fluxos financeiros e potencializar investimentos em soluções baseadas na natureza é o único caminho possível para o nosso futuro. Além disso, é preciso que os negociadores direcionem esforços para as populações mais atingidas pelos efeitos das mudanças climáticas de forma a garantir uma maior diversidade nos debates e na implementação de soluções, explica a executiva.

A TNC Brasil leva à COP experiências concretas de soluções baseadas na natureza, como os projetos Cacau Floresta e Conservador da Mantiqueira, que se mostraram bem sucedidos em âmbito local e podem ser escalonados para ganhos globais.

O Cacau Floresta, após nove anos de experiência, comprovou que o cultivo do cacau em sistemas agroflorestais, espécie nativa da Amazônia, tem enorme potencial para restaurar terras degradas nesse bioma. Já o Conservador da Mantiqueira mostra a capacidade de projetos que envolvem o pagamento por serviços ambientais e o envolvimento das comunidades locais na recuperação e conservação de áreas degradas.

"As evidências científicas mostram o caminho a seguir, espera-se, agora, que a COP traga o consenso global necessário para implementar as políticas que irão conduzir as mudanças necessárias", segundo Oliveira.

Além da gerente da TNC Brasil, o diretor Global de Clima da TNC, Leonardo Lacerda, também estará presente nas discussões. As informações sobre a agenda da TNC na Conferência das Partes sobre Mudança Climática e as recomendações aos negociadores estão disponíveis no site especial " TNC Brasil na COP26 " e nas redes sociais da TNC Brasil e TNC Global .

Para a CEO da TNC, Jennifer Morris, a COP26 é uma oportunidade para o mundo fazer um balanço de onde estamos e implementar as mudanças necessárias para onde devemos estar. "Temos anos, não décadas, para enfrentar essas ameaças a nossa existência. Compromissos políticos decisivos são essenciais - quero ver uma COP onde os líderes globais adotem a ciência e forneçam planos de implementação que garantirão que as metas de Paris não sejam perdidas. Mas esta também é uma COP onde as empresas e financiadores devem mostrar como estão ajudando a alinhar a economia mundial com as metas climáticas", afirmou a CEO.

Implementar essas medidas é crucial para reduzir as causas das mudanças climáticas. De acordo com os dados divulgados nesta semana pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o Brasil aumentou as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 9,5%, em 2020. E, ainda de segundo os dados do SEEG, 46% dessas emissões têm origem no uso inadequado do solo, como a abertura de áreas para pastagens, por exemplo

Confira a agenda da TNC Brasil na COP26

4/11 - Indigenous Peoples and Local Communities e Natural Climate Solutions Strategies: debate sobre o papel dos povos indígenas para um futuro mais sustentável, a partir de soluções baseadas na natureza.

6/11 - Union4Restoration - TNC, WRI Brzil, CI and WWF Brazil together for the Amazon, Cerrado na Atlantic Rainforest: união de 4 organizações da sociedade civil, CI-Brasil (Conservação Internacional), TNC-Brasil (The Nature Conservancy), WRI Brasil (World Resources Institute) e WWF-Brasil (Fundo Mundial para a Natureza), com o objetivo de criar uma meta comum para restaurar 4 milhões de hectares na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, em dez anos.

6/11 - Transforming Land-Use Systems with Nature and Health at the Center of Climate Solutions and Global Recovery: apresentação dos projetos sustentáveis do estado do Pará, alguns com parceria da TNC, como o Cacau Floresta.

7/11 - Amazonia Is the Way to Our Future: Business as a Force for Good: O painel debaterá a importância do Quadro de Biodiversidade Pós-2020, não apenas para um acordo sobre a natureza, mas também para o Acordo de Paris. Este debate também examinará o que podemos fazer para proteger a Amazônia e evitar que ela chegue ao seu ponto de não retorno.

9/11 - Biodiversity and Climate Change: the importance of ecosystem conservation to provide clean and renewable energy for all: painel que traz importância da conservação dos ecossistemas para o setor de energia.

11/11 - Networks for Climate Actions: debate sobre a capacidade de articulação e incidência de movimentos multissetoriais.

TNC

A The Nature Conservancy (TNC) é uma organização global de conservação ambiental dedicada à proteção das terras e águas das quais toda a vida depende. Guiada pela ciência, a TNC cria soluções locais inovadoras para os principais desafios do mundo, de forma que a natureza e as pessoas possam prosperar juntas. Trabalhando em 76 países, a organização utiliza uma abordagem colaborativa, que envolve comunidades locais, governos, setor privado e a sociedade civil. No Brasil, onde atua há mais de 30 anos, o trabalho da TNC concentra-se em solucionar os complexos desafios de conservação da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica a partir de uma abordagem sistêmica, com foco na implementação e geração de impacto, para mitigar as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade.

*Karen Oliveira

Geóloga, Mestre em Planejamento Energético Ambiental e Doutora em Relações Internacionais, Na TNC Brasil é Gerente para Políticas Públicas e Relações Governamentais, coordena projetos de melhoria na compensação ambiental para áreas protegidas e comunidades tradicionais; a implementação de uma agenda de crescimento verde para reduzir o desmatamento no Pará; além de diversos estudos para desenvolvimento de infraestrutura sustentável na região amazônica. Sua experiência inclui trabalhos em Cooperação Internacional entre Brasil, África e América Latina em iniciativas relacionadas ao desenvolvimento sustentável da infraestrutura, promoção da agenda climática, gestão de unidades de conservação e fortalecimento da governança ambiental.