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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Quem é você no metaverso? | Thinktech

 


com Lucas Cabral

ASSUNTO DO MOMENTO

O termo metaverso, que vem se popularizando muito ultimamente, trata-se de um universo 100% digital. Ele conecta o nosso mundo real com o mundo virtual através de experiências imersivas, é quase uma matrix. E se você ainda acha que isso é só coisa de cinema, é aí que você se engana!

O termo foi popularizado graças ao jogo Second Life, de 2003, que era um ambiente virtual que simulava a vida social dos seres humanos por meio da interação entre seus usuários. Mas afinal, como funciona e quem já está nesta realidade expandida?

O metaverso nada mais é do que um espaço coletivo e compartilhado dentro da internet que se utiliza de tecnologias como realidade virtual ou gamificação para recriar uma experiência física dentro de um ambiente digital. Até o momento, vemos principalmente os jovens, entre seus 13 e 25 anos. Ou seja, quem é cringe por enquanto ainda está fora desse universo. Mas empresas gigantes, como o Facebook, estão de olho na tecnologia e pretendem investir pesado para torná-la uma experiência mais comum.

E nós encontramos muito esse público jovem no metaverso, por conta dos games e das redes sociais que sempre andam juntos dentro desse universo digital.

POR QUE IMPORTA?

Basicamente, porque o metaverso é o futuro. Utilizando-se das redes sociais dentro do metaverso é possível monetizar o seu conteúdo, o que significa ganhar dinheiro por meio dele, como é o caso de muitos youtubers que fazem lives, gameplays e até venda de skins dentro do metaverso. Então, jogos como Minecraft e Fortnite estão se tornando exemplos perfeitos desse novo mundo digital. Dentro desses universos temos interação social, comercialização de produtos e até publicidade das grandes marcas.

Já vimos a Coca-Cola e a Disney, fazendo propagandas de seus produtos dentro do metaverso do Fortnite. Até a marca Gucci criou sua própria linha de roupas virtuais, que podiam ser usadas como filtros no Instagram.

Uma outra aplicação do metaverso, que ganhou muita força na pandemia, foi o passeio virtual. Com a chegada da Covid-19, aproximadamente 90% dos museus e shows ao redor do mundo foram fechados ou cancelados. Isso fez este mercado perder cerca de US $10 bilhões de dólares só nos primeiros seis meses de isolamento. E uma solução para reverter esse problema foi o metaverso, que permite realizar experiências imersivas dentro de museus, como o famoso tour 360° e as visitas em 3D com óculos de realidade virtual.

E AGORA?

Agora, mesmo sabendo que esse universo digital é incrível e cheio de possibilidades, é muito importante analisar quais serão suas principais consequências. Para pensarmos, desde já, as melhores diretrizes e boas práticas no desenvolvimento desta hiperdigitalização da sociedade.

Sem dúvida nenhuma, em um país como o Brasil, que tem uma das maiores concentrações de renda do planeta, acabamos tendo também uma grande desigualdade social e digital. Foi possível ver isto claramente no cenário de pandemia, em que pessoas mais humildes não tinham acesso às tecnologias necessárias para assistir às suas aulas online. E uma das consequências desse novo mundo digital no futuro pode ser um aumento dessa desigualdade, pois muitas pessoas ficarão de fora desse universo por falta de dinheiro ou dos meios de acesso. O que pode levar, inclusive, a preconceitos dentro do metaverso, por uma determinada pessoa não ter aquele acessório ou aquela skin bonita dentro do jogo. E isso vale para todos os tipos de tecnologia.

Para evitar esse cenário, é preciso estudar como construir um metaverso cada vez mais acessível e seguro para todos.

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