Livres propõe iniciativas para que o desenvolvimento sustentável e a economia andem de "mãos dadas". No Brasil, uma das apostas é o mercado de carbono
A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP26, será realizada em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro deste ano. Um dos maiores desafios desta Conferência será como resolver a equação entre a retomada do crescimento econômico, após dois anos de pandemia, e o respeito ao meio ambiente.
Pensando nisso, o Movimento Livres elaborou propostas para o tema no Brasil, país que tem uma das maiores biodiversidades do planeta, mas sofre com ataques ao meio ambiente. Só em 2021, a Amazônia perdeu 9 mil km² de floresta. Apenas em setembro, foram 1.224 km² de território desmatado. Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Uma das proposições é o investimento no mercado de créditos de carbono: um sistema de venda que limita a emissão dos gases do efeito estufa para países ou empresas que têm dificuldade em cumprir as metas de redução estabelecidas em convenções internacionais. Por exemplo, uma indústria poderia comprar os créditos de uma empresa para compensação dos gases produzidos. Esse assunto será um dos principais tratados na COP26.
"De acordo com o documento publicado pelo [Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável] Cebds, o Brasil tem um enorme potencial de venda de créditos de carbono, podendo gerar receitas líquidas de US﹩16 bilhões a US﹩72 bilhões, até 2030. O mercado de carbono, além de permitir a contenção de danos causados ao meio ambiente, traz mais agilidade e capacidade de adaptação às diferentes realidades de mercado em comparação com as amarras do código tributário, criando oportunidades de comércio sustentável entre agentes econômicos e fortalecendo a governança climática com participação do setor privado", explica o cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno Karl.
Magno Karl
É cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno é bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ, mestre e doutorando pela Universidade de Erfurt (Alemanha), e PhD fellow da Fundação Naumann (Alemanha), onde foi bolsista, e seus artigos já apareceram em publicações nacionais e estrangeiras, como o The Wall Street Journal, The Daily Telegraph. Forbes, Newsweek, Estadão e O Globo. Também é pesquisador do Instituto Cato (EUA), cofundador do antigo Instituto Ordem Livre e coordenador político de bancada na Câmara dos Deputados.
Movimento Livres
O Livres é um movimento liberal suprapartidário que promove
engajamento cívico e desenvolvimento de lideranças, projetos de impacto social
e propostas de políticas públicas para aumentar a liberdade individual no
Brasil. Com mais de 4 mil associados entre todas as regiões do país, o Livres
possui 33 mandatários associados (1 prefeito, 8 deputados federais, 8 deputados
estaduais e 16 vereadores) e um Conselho Acadêmico composto por Elena Landau,
Fernando Schuler, Leandro Piquet, Pérsio Arida, Ricardo Paes de Barros, Samuel
Pessôa, Sandra Rios e Paulo Roberto de Almeida. Constituído formalmente como
associação civil sem fins lucrativos desde 2018, o movimento nasceu em janeiro
de 2016 como uma tendência partidária incubada no PSL com o propósito de
renovar o partido, mas deixou a sigla por divergir da entrada do então
pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro. Para saber mais, acesse aqui.
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