Rio Melchior, que demarca a divisão geográfica entres as regiões administrativas de Ceilândia e Samambaia e é um dos afluentes do Rio Descoberto
Rio Melchior: classe 4 - definido pelo
Conselho de Recursos Hídricos do DF (CRH/DF), por meio da resolução nº 002/2014,
diz que o Melchior pelo seu enquadramento deve ser “destinado à navegação e
harmonia paisagística, não sendo adequado para o uso humano.”
Estudo do Instituto Brasília Ambiental – Ibram atesta que o
Melchior recebe cotidianamente dois grandes picos de vazão: o maior entre às
14h00 e 16h00, e o segundo, entre as 22h00 e 24h00. “Tal comportamento – diz o
documento – é bastante semelhante ao comportamento de um hidrograma (gráfico
que mostra o comportamento da vazão de líquidos) típico de esgoto, com valores
de vazões máximas e mínimas bastante distintos e em horários característicos, e
observados nos esgotos afluentes à ETE Samambaia”.
O leito desse rio se transformou, desde 1965, num grande
escoadouro de esgoto de Taguatinga e, posteriormente, de Ceilândia e Samambaia,
o que piorou ainda mais a qualidade da água, anos após ano. Hoje, rejeitos de
Águas Claras e Vicente Pires também são encaminhados ao Melchior que em breve
irá passar a receber ainda o esgoto das quadras de 1 a 5 do Park Way e, quiçá,
das Arniqueiras.
O Melchior é um belo Rio, em seus 25 km há corredeiras e
cachoeiras. Poderia ter seu uso potencializado para o lazer e turismo, ainda
mais por estar próximo a aglomerados urbanos, cujas populações são carentes em
lazer e entretenimento. Ele nasce na Área de Relevante Interesse Ecológico JK.
Na verdade, é formado a partir da junção do Ribeirão Taguatinga com o Córrego
do Valo e o Córrego Gatumé, e ao longo de todo o seu percurso recebe, em seu
leito, contribuições de inúmeras nascentes e pequenos córregos. Além dos três
cursos d’água citados anteriormente, são pelo menos quinze afluentes,
provenientes, especialmente, da Ceilândia e Samambaia.
Os córregos mais importantes vindo da Ceilândia são: Grotão,
do Meio, Embira Branco, Guariroba, Gerival, Arrozal, Buriti Podre, Córrego
Areias e o Barreiro, além do Ribeirão Salta Fogo. Já de Samambaia, os destaques
são o córrego Raizama, o Barra, Cutia, Toca do Lobo e o Cipó.
Da Redação com informações de Chico Sant'Anna.
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