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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Exclusivo: Saúde mental no GDF vai de mal a pior


Saúde mental no GDF vai de mal a pior
Denúncias revelam a falta de medicamentos no Centro de Saúde nº 01 em Ceilândia-DF 
31/08/2012
Por André Falcão 
De acordo com as denúncias recebidas, há falta de medicamentos de controle especial no Centro de Saúde nº 01 em Ceilândia-DF, localizado ao lado do Hospital Regional de Ceilândia, e a reportagem foi até lá, averiguou as denúncias e constatou que no local existe, inclusive, um quadro de avisos que é escrito à caneta especial, daqueles que há uma constante mudança de informação, fácil de apagar, ou seja, “é normal” faltar medicamento e escrever qual está em falta. 
Ao receber a denúncia, tivemos a responsabilidade de acompanhar a situação durante um longo período, e na sexta feira (31) constatamos que várias pessoas que precisam de medicamentos voltavam sem o remédio, com um sentimento de indignação. Sem querer ser identificado, um cidadão desabafou, “sabemos que pagamos muitos impostos, dinheiro eles tem, o que falta é gestão, isso é uma vergonha, a quem posso recorrer, sou um cidadão e preciso de remédio, estou agitado”, ele se referiu ao Governo do Distrito Federal., e várias outras pessoas também estavam revoltadas com a ineficácia da saúde mental no GDF, ao revelar que estávamos fazendo uma reportagem, uma pessoa, que também preferiu não se identificar e bastante emocionada, pediu, " por favor, vocês são jornalistas, façam alguma coisa para mudar essa situação, vocês são nossa esperança". Então agimos.
Os  medicamentos que estão em falta são distribuídos gratuitamente, mas são comprados com os nossos impostos, e uma das funções do jornalismo é fazer com que a população tenha os seus direitos garantidos, por isso quando recebemos a denúncia, imediatamente fomos no Centro de Saúde.
Os medicamentos que estão em falta são: o Ácido Valpróico, antiepiléptico utilizado tanto nas crises generalizadas, como nas crises focais ou nas crises secundariamente generalizadas e possui a função de bloquear as descargas repetidas e prolongadas dos neurônios, que estão por trás de uma crise epiléptica. Também falta o clonazepam, que tem ação direta sobre o foco epiléptico e impede que este interfira na função do restante do sistema nervoso,
Já o  haloperidol, que também está em falta,  é utilizado no controle de agitação, agressividade, estados maníacos, psicose esteróidea e para tratar a distúrbio de Gilles La Tourette. Outro medicamento que está em falta é o Amitripicilina. 
Em nota à imprensa, a Secretaria de Saúde reconheceu que existe sim a falta destes medicamentos, e segundo informou, em poucos dias será resolvida essa questão, ou seja, o estoque será regularizado, e há processos de compra e é o que esperamos, tanta gente humilde tendo que ir e vir sem saber quando vai chegar o remédio, e é por isto que vamos dar um voto de confiança e aguardar a solução do problema.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

174. Margarida Drumond / Atuação no cenário nacional


Fonte da imagem: vilamulher.terra.com.br

É imprescindível a sensação de liberdade de viajar, lembro daquela música que dizia, "eles venceram e o sinal está fechado para nós, que somos jovens", mas há sempre uma esperança, de levar o hábito da leitura, e somos os adultos do presente, conseguimos driblar e construir esperanças de um mundo melhor. Um grande exemplo de resistência é a nossa convidada de hoje, a escritora Margarida Drumond, responsável pela difusão do conhecimento em nosso Brasil. Boa leitura:

Blog: Recentemente você foi escolhida para fazer parte da Academia de Letras e Música do Brasil, especificamente ocupando a cadeira de Clarice Lispector. Qual a sensação desta honra?

Margarida Drumond: Eu vou lhe dizer uma coisa, meu amigo, a honra é enorme e a alegria muito grande.
Esta posse significa o reconhecimento pelo meu trabalho literário. Em 12.12. 1994, a posse foi na Academia de Letras de Taguatinga, cadeira n. 12, do também romancista José de Alencar, e na época eu já possuía editados três livros, contando o que lancei naquele dia – eram Um conflito no amor, romance; Busca de você, poesias; e Aconteceu no cárcere, romance. Hoje, graças a Deus, são 14 obras – somando-se mais livros de romances, poesias, ensaio, crônicas, roteiro de cinema e documentários biográficos. Então a posse na Academia de Letras e Música do Brasil – ALMUB soa como um reconhecimento pela minha caminhada, o que é um estímulo, sem dúvida.

Blog: Escritora, Jornalista e Professora, quanta responsabilidade. Como é navegar por estas áreas do conhecimento, ou seja, é possível afirmar que o conhecimento é como uma teia de aranha, em que em tudo exige conhecimento há uma ligação?

Margarida Drumond: Sim, há. Um conhecimento se entrelaça ao outro e dá mais base para o trabalho que se vai fazendo. Para escrever os documentários biográficos Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção e Dom Luciano, especial dom de Deus, por exemplo, o conhecimento jornalístico contribuiu muito, tanto durante a pesquisa, que se deu aqui no Brasil, na Colômbia e na Itália, quanto durante o período de criação das obras.
Também quando escrevi o romance histórico Tempo de saudade – que tem uma história fictícia, mas dentro dela a história de minha cidade natal, Timóteo, senti isto muito forte. Os estudos na área de Letras, especializações em Língua Portuguesa, o jornalismo, tudo se soma na Literatura. Por falar nisto, um estudo recente meu, a especialização em Direção Teatral, muito me ajudará em um livro de teatro que estou preparando, além de ajudar nos próprios espetáculos, claro.

Blog: No cenário nacional, sabemos de sua atuação quase de uma adolescente, no sentido da energia palpitante de quem não se entrega a dificuldades, e o lançamento no Rio de Janeiro não foge à regra, ou seja, você não para com a sua missão de levar o conhecimento para todo o Brasil. Está confirmado o lançamento no Rio de janeiro de sua obra literária?

Margarida Drumond: Obrigada pelo “adolescente”, André, mas você disse bem: sinto-me uma adolescente quando se trata de levar minhas obras para junto dos novos leitores, outras regiões... O livro é escrito para o outro conhecer, não pode ficar guardado em casa ou mesmo nas livrarias aguardando ocasiões melhores do outro para se investir em literatura. Infelizmente, há muita gente que pensa que livro é supérfluo, um dó isto. Daí minha alegria e coragem de andar, viajar com minhas obras, promover recitais, teatros e juntar com os músicos e artistas locais.
O lançamento no Rio de Janeiro está confirmado sim, graças a Deus. Será amanhã à noite, na Universidade Candido Mendes – Rua da Assembleia – centro, às 18 horas, e faz parte da programação de um Seminário que a Universidade organizou. Então estarão presentes diversos professores, estudantes, além de convidados. E minha alegria por este lançamento é notória, pois se trata da cidade natal de Dom Luciano Mendes de Almeida, de quem o livro  Dom Luciano, especial dom de Deus trata.
Eu já levara Dom Luciano, especial dom de Deus a cerca de 40 cidades, mas não ao Rio, por falta de oportunidade, mas agora chegou a hora. Também, com este lançamento, estou cumprindo uma das contrapartidas que apresentei à Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, quando de minha inscrição no concurso público de setembro de 2011, e, graças a Deus, tive a obra aprovada e classificada, conforme publicação no Diário Oficial do DF, de janeiro. Assim, a 2ª edição, já lançada aqui em Brasília na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, foi editada pelo Fundo de Apoio à Cultura – FAC.

Blog: O Brasil é um País geograficamente enorme, quase continental, podemos afirmar que baseado neste argumento, a sua pessoa também é continental, pois sabemos que você já lançou livros em diversos locais deste imenso Brasil?

Margarida Drumond: Já lancei em vários locais, mas não posso dizer em dimensão continental, não, pois há regiões às quais ainda não fui, como ao sul do país. Essas viagens para lançamento implicam, além de muita coragem, disponibilidade orçamentária para diversas despesas e disponibilidade de tempo. Assim, em alguns locais mais distantes não pude ir; trabalho na Universidade Católica de Brasília, de segunda a sexta-feira, o que limita um pouco a atuação literária no tocante a viagens. Mas os estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Goiás e aqui no Distrito Federal estão sempre me recebendo e aos meus livros. E olhe que são muuuuitas cidades, e acontece cada coisa que só vendo. Um dia ainda farei um livro autobiográfico, se Deus quiser, e contarei também dessas experiências. Aliás, os que me conhecem e sabem de minha “caminhada” já estão me cobrando minha biografia.

Blog: Também, em nome de todos os visitantes do Blog Companhia das Entrevistas, agradeço pela humildade em aceitar participar de nosso Blog, com a Página "Eu conto Pra Você", com as suas crônicas, parabéns. Qual a inspiração que leva você a escrever tão bem as suas crônicas?

Querido André, você é um grande jornalista e nos dá a nós visitantes a oportunidade de muitos conhecimentos, por meio de seu bonito e eficiente blog. Então, é uma alegria poder participar, obrigada pelos cumprimentos. Quando comecei escrever para o público, comecei exatamente pelas crônicas, isto foi em 1970 – faz um tempinho, rssss – e foi para a Rádio Educadora de Cel. Fabriciano, que aliás foi local de meu primeiro emprego. E agora, há um ano e meio, ela divulga semanalmente, como outras emissoras em Minas e em São Paulo, crônicas que mando semanalmente gravadas, sobre assuntos diversos, porém mais assiduamente sobre Dom Luciano e Padre Antônio de Urucânia.
A absorção do conteúdo para as crônicas se dá pela leitura de coisas diversas que fazemos no dia a dia, também pela nossa vivência, nosso sentir; a isso somam-se, graças a Deus, os estudos, e eu sempre valorizei muito estudar. Mesmo os estudos não acadêmicos são importantes. É sempre bom pegar um livro sobre um assunto e procurar conhecê-lo, isto ajuda. E ler livros de romances, poesias, crônicas é fundamental para o conhecimento geral e facilita na hora de redigir. Por isso, ler, ler, ler e ler sempre
 .







quarta-feira, 22 de agosto de 2012

172. Daniel Seidel / Secretário de Estado / Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda / Sedest / Governo do Distrito Federal / GDF / Invisibilidade por parte da sociedade e do poder público em relação às pessoas em situação de rua




Não deveria ser comum, mas acontece uma certa invisibilidade por parte da sociedade e do poder público em relação às pessoas em situação de rua. Mas nem tudo está perdido, há esperança para esses seres humanos que por diferentes motivos se encontram perambulando pelas ruas, pedindo esmolas e dormindo nas calçadas de nosso país. Na Capital Federal, mas precisamente, em Taguatinga-DF, há uma quantidade muito grande de pessoas em situação de rua, e é sobre este assunto que o Blog Companhia das Entrevistas tem a honra de conversar com Secretário Daniel Seidel, Secretário de Estado, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, do Governo do Distrito Federal. Boa leitura:

Blog: Nós sabemos que a Sedest possui na sua essência, a questão social, e em relação, por exemplo, a algumas situações, de moradores de rua, que, infelizmente, tem alguns comportamentos pessoais, de consumo de drogas ilícitas, e sabemos que a Sedest já está atuando, mas especificamente na área de Taguatinga-DF, que inclusive foi motivo de reportagem em 16 de agosto de 2012, de uma emissora de TV, com a Sedest atua?

Secretário Daniel Seidel: Na verdade, nós temos, a partir do dia 09 de julho de 2012, quando foi publicada a “Política para a População em Situação de Rua”, e desde então, se concretizando, com a construção dos Centros "Dia", centros próprios, que fazem um atendimento durante o dia, com a população de rua, para que aja um acolhimento e um atendimento, e na questão do tratamento para aqueles que tem envolvimento com uso de drogas e outras substâncias lícitas ou ilícitas também, e o alcoolismo tem muita presença , e nós temos que reconstituir toda a rede de nossos serviços, inclusive no Albercom, nós vamos ter para atendimento não só para a comunidade que neste momento está albergada, mas depois, para toda a comunidade da região, com um CAPS, Centro de Atendimento Psicossocial , tanto para álcool e drogas, inclusive com essa possibilidade de tratamento, por que quando nós chegamos no Governo, em 2011, faltavam 46 CAPS, e atualmente construímos 3, neste ano de 2012, vamos entregar mais 6, que é o equipamento da Secretaria de Saúde, e a partir daí nós estamos procurando dar um atendimento digno para que as pessoas possam encontrar solução para os seus encaminhamentos. A política para a população em situação de rua envolve pelo menos três tipos diferentes de pessoas que estão nessa situação de rua, que vem pra cá, para procurar tratamento de saúde e outros serviços públicos do Distrito Federal, pessoas que fazem captação de materiais recicláveis, e que para isso precisa de uma política de resíduos sólidos, e pessoas que são guardadores de carros e veículos, que foi inconstitucional a forma de regulamentar a ação deles aqui, e nós estamos reconstruindo, e é a nossa ideia, que eles se organizem em associações no campo da economia solidária, e é desta forma, enfrentando os problemas com maturidade na sua realidade que nós estamos procurando construir essas respostas, e a Sedest está com todo o empenho nesse sentido, e só este ano de 2012 serão construídos mais 18 equipamentos públicos da Sedest em função do “Plano do Crack” e em função da Política de uma forma geral para catadores, para a própria população em situação de rua, para que a gente possa ter um atendimento digno dessas pessoas.

Blog: E em relação aos telespectadores que estavam assistindo a matéria veiculada numa emissora de TV no dia 16 de agosto de 2012, em que o assunto foi a situação de Taguatinga-DF no que diz respeito a situação das pessoas que estão em situação de rua, e que durante o dia ficam perambulando pelas calçadas, na matéria, o jornalista da emissora de TV informou que entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sedest, e recebeu a informação de que ninguém poderia conceder uma entrevista. E faço o seguinte questionamento, sabemos que uma das responsabilidades da imprensa é ser um elo entre a população e poder público, mas como fica a população, quando o poder público através de sua assessoria de comunicação não consegue concretizar este elo tão importante, que liga os que pagam os impostos com quem recebe salários de nossos impostos?

Secretário Daniel Seidel: Tão logo eu soube dessa reportagem do dia 16 de agosto de 2012, veiculada pela manhã, eu procurei levantar informações com a assessora de comunicação, até por que, eu sou muito sério na condução dessas respostas e com o tratamento com os jornalistas e com os veículos de comunicação, e procurei saber o que aconteceu, e ela me disse que o contato foi feito quase às 20h, ou seja, completamente fora do que é considerado um expediente normal, e se uma emissora está desejosa, que quer alguém para fazer uma entrevista, até por que eu nunca me neguei , nunca me furtei, e naquele momento não tinha como fazer esse contato, mas nós estamos sempre à disposição, é tanto que no domingo eu fiz entrevista num programa específico para falar da política, e eu dei pelo menos meia hora de entrevista na mesma emissora, é só para dizer que a gente não se furta a esse debate, mas é importante esclarecer que também da classe do jornalista é preciso que sejam éticos e decentes no processo de contato conosco, que somos gestores públicos e realmente temos uma agenda cheia de compromissos.

Blog: A Sedest através da sua pessoa, Secretário de Estado, participou do Seminário 5ª Semana Social Brasileira que aconteceu no dia 18 de agosto de 2012, no auditório da Universidade Católica de Brasília, tendo como centro do debate, o Estado, Estado para quê e para quem? Qual a sua opinião em relação ao assunto?

Secretário Daniel Seidel: A Semana Social Brasileira, para mim, é tudo que eu venho enfrentando no Estado, primeiro perceber que tem recursos públicos disponíveis no Estado para serem utilizados na superação da extrema pobreza, de fato o que falta é a priorização dentro do Estado e da gestão dos recursos públicos para a população que mais precisa, e pelo fato de eu ser um militante, da Comissão Brasileira Justiça e Paz, vindo das Pastorais Sociais, eu acredito muito nesse processo de educação popular que envolve a sociedade, para que o Estado realmente esteja a serviço dos que mais precisam, que, por sinal, está também a fala de nosso próprio Governador , “Estado para quem mais precisa, Governo para quem mais precisa de Governo”, e eu tenho procurado, no âmbito da Sedest, construir e estou percebendo que é possível.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

169. Cícero Lourenço / Delegado do Estado de Alagoas / I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (I CNETD) / Começou hoje, dia 08 de agosto de 2012 e vai até o dia 11 de agosto de 2012




Muito bem organizado, um evento que conta com a elogiável assessoria e cerimonial GM, do Ministério do Trabalho, o Blog Companhia das Entrevistas marca presença na I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (I CNETD) que começou hoje, dia 08 de agosto de 2012 e vai até o dia 11 de agosto de 2012, e conta com a participação de 1.250 delegados dos quais 30% são represantes de Poder Executivo, 30% do setor empregador, 30% de trabalhadores, 10% de representantes de outras organizações da sociedade civil e cerca de 250 participantes na qualidade de convidados e de observadores. Cícero Lourenço, delegado do Estado de  Alagoas,  que representa os trabalhadores através da Central Única dos Trabalhadores (CUT) conversou com o Blog Companhia das Entrevistas, acompanhe: 

Blog: O que você espera como resultado da I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, que começou hoje, dia 08 de agosto de 2012, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães?

Cícero Lourenço: Nós esperamos e estamos batalhando e lutando para que a gente possa ter em nosso País uma nova formatação de emprego e trabalho decente que tenha como objetivo não apenas ao lado patronal, não apenas a indecência da relação de trabalho, como também a valorização, que possa ter um comprometimento, um compromisso enquanto trabalhador, governo, patrão, para que a gente possa engrandecer o nosso País, até por que, para o trabalho ser decente, não é só você estar empregado e ganhar dinheiro, é necessário que você tenha saúde, educação, segurança, moradia, e que tudo isso seja patrocinado através da relação de trabalho, onde exista também respeito às entidades sindicais, às entidades que constroem a luta neste País em defesa de uma nova sociedade, de um novo País, em que a gente possa ter um País livre com liberdade para todos e para isso é necessário que a gente saia daqui, desta Conferência, aprovando uma grande carta, que é a carta do trabalho e emprego decente construída pelos trabalhadores, pelo governo, e chamando o patronato para participar deste grande momento.

Blog: E a atuação da sua pessoa, delegado do Estado de Alagoas,  que representa os trabalhadores através da Central Única dos Trabalhadores (CUT)?

Cícero Lourenço: Estou na I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente não apenas com a minha participação, mas sim com a participação de todo um grupo que viajou mais de dois mil e quinhentos Km, para que a gente viesse aqui, em Brasília, debater com o restante das companheiras e companheiros dos trabalhadores e trabalhadoras, governo e patrão, juntos com os movimentos sociais, numa nova visão para o emprego e o trabalho decente no nosso País, e que a gente com essa nova visão, possa respeitar as relações entre o ser humano, até por que, você respeitando as relações do ser humano, você está implementando também uma nova forma também decente de empregar, como também de um trabalho decente para toda a nossa sociedade.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

168. Adolpho Fuíca / Ambientalista / Escola da Natureza / Programa Parque Escola / Parque do Guará-DF



Ambientalista, com experiência na área de preservação dos Parques do Distrito Federal, nosso convidado, é o Sr.Adolpho Fuíca, que traz ideias bem interessantes para a preservação do meio ambiente no Distrito Federal e também no Entorno. Boa leitura:

Blog: O Sr. é defensor da natureza. Na Região Administrativa do Guará-DF existe um Parque, como está a situação desse Parque do Guará atualmente?

Adolpho Fuíca: O Parque do Guará é uma Unidade de Conservação, o Brasil hoje tem uma Lei Federal, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, e o Distrito Federal também tem uma Lei Distrital que é do Sistema Distrital de Unidades de Conservação. O Parque do Guará é considerado uma Unidade Ecológica, um Parque Ecológico, em que pode ser utilizado tanto para lazer, mas com área restrita para a preservação também, é um Parque que é possível ter a nossa utilização com educação ambiental. Hoje, o Parque é motivo de nossa luta de mais de vinte anos para que o mesmo tivesse um Plano de Manejo, que por sinal é exigido por Lei, e já existe um Plano de Manejo, que a atual administração do Governo do Distrito Federal, pouco botou para frente, que pouco fez alguma coisa andar, então este é um pedido da sociedade. É difícil entender o fato de que o Governo do Distrito Federal liberou algumas obras no entorno do Parque do Guará-DF e as empresas que construíram tiveram que pagar por estas atividades e o Governo até agora não investiu um centavo lá dentro e nem teve uma iniciativa política de retirar as pessoas que moram lá dentro do Parque, que criam animais exóticos, cavalos, porcos, galinhas, e que tiraram a vegetação nativa, para plantar banana, portanto, hoje o Parque tem várias situações, uma que é a legal de papel, e a outra é a situação real, que nós encontramos atualmente e que precisa de atenção.

Blog: Na sua opinião que é da área ambiental, o que seria interessante ser feito, um maior investimento?

Adolpho Fuíca: Com certeza, hoje estamos em plenas mudanças climáticas, aquecimento global, e no Guará-DF já vem aumentando a sua média de temperatura, e com o aumento de carros, de prédios, de áreas construídas, o Parque funciona não só como pulmão, mas como um fígado, um verdadeiro fígado do Guará, todas as árvores dessas áreas absorvem carbono para fazerem a fotossíntese, além do carbono, elas absorvem todo o ar quente, além da fotossíntese, as árvores são responsáveis em nos dar água e ar, elas são um verdadeiro filtro, que funcionam como um fígado, e que é muito mais importante do que o pulmão, e mais ainda, elas são tanto o pulmão quanto o fígado, e como pode o Governo não investir, não colocar dinheiro algum numa área que deveria ser toda ela preservada, até por que é uma área de preservação permanente, e o Parque do Guará-DF faz um efeito benéfico para a comunidade, que é valiosíssimo, e ninguém mede qual é a quantidade média de ar e água e de sol que o Parque conserva, mas  ao contrário, hoje só se pensa em expandir a especulação urbana. O Governo do Distrito Federal deveria ter um vasto orçamento para garantir toda essa linha verde do Distrito Federal, que posso citar, por exemplo, o Vicente Pires, o Córrego do Guará, o Riacho Fundo, o Torto, todas estas áreas deveriam ter reservas permanentes, deveriam ter um incentivo do Governo, que deveria investir dinheiro em preservações e recuperações, só assim melhoraria para todos nós moradores de Distrito Federal e do Entorno. Também toda a iniciativa privada de todo o DF deveria arcar com uma parte de seus investimentos para garantir a qualidade para a comunidade, mas isso não ocorre na Samambaia-DF, nem em Ceilândia-DF. No Gama-DF temos vários prédios construídos em áreas de solos hidromórficos, e que não poderiam acontecer mais a liberação para nova construção de prédios nestas áreas, mesmo assim, uma vez construído, deveria existir uma certa compensação ambiental, para garantir que essas áreas ambientais, que são áreas de preservação permanente, fossem ocupadas por mais ninguém, e sem cavalo, sem cachorro, sem porco, e só o povo poderia ir lá passear, conhecer. Tudo isso seria um benefício que o Governo deveria ter para investir, mas o nosso Governo do Distrito Federal e a nossa legislação do Distrito Federal é péssima, enquanto a gente ver Estados como o de São Paulo, em que qualquer obra construída, qualquer prédio novo tem que repor para a comunidade na área vede que é um bem público, como essas áreas que citei, sendo um bem que é nosso, mas aqui no DF quase ninguém está ligando, e este é o exemplo, se a pessoa vai construir um prédio, ela tem que construir, por exemplo, uma creche, ou tem que fazer um viaduto, ou até mesmo um investimento no determinado Parque. Hoje, nenhuma obra no DF tem uma responsabilidade ambiental,  também não tem compensação no DF, e todo mundo constrói, faz tudo, e ninguém tem dinheiro nenhum para o meio ambiente, e o setor de meio ambiente do DF desta atual gestão do DF está, hoje, numa inércia, muito incompetente, numa ineficiência que há quase dois anos não tem nenhum investimento, o Governo do DF não investiu nada, e o Fundo do Meio Ambiente do Distrito Federal tem dinheiro e mesmo assim não investiram nada.

Blog: O Senhor coloca também em prática um projeto bem interessante que é a Escola da Natureza, correto?

Adolpho Fuíca: Correto, é um trabalho bonito, nós tivemos na ECO 92 no Rio de Janeiro-RJ, voltamos para Brasília-DF e nos anos 90, preocupados, fomos chamados pela Professora Vera Catalão, que na época criou a diretoria de educação ambiental e cultura na Secretaria de Educação do DF, ela convocou um grupo de pessoas, com um projeto para criar um centro de educação ambiental no Parque da Cidade, o projeto foi pra frente, conseguimos inaugurar em 1996, essa escola já faz 16 anos que existe no Parque da Cidade, no Plano Piloto de Brasília-DF, e há anos que a gente tenta colocar em outros Parques, somos um Centro de Referência Ambiental, e trabalhamos com eco pedagogia, com oficinas eco pedagógicas com as crianças, inclusive em horários de aula também. Estes Centros trabalham com a utilização dos Parques como a sala de aula, e esta Escola da Natureza surgiu no Governo Cristovão, e de lá pra cá, nunca conseguimos expandir, e há uns quatro anos atrás, a gente construiu este projeto com outras secretarias, com o objetivo de que todas as secretarias pudessem trabalhar no Parque, a Secretaria de Educação com os professores, a Secretaria de Saúde com os agentes de ambiental, a Secretaria de Cultura, a Secretaria de Segurança, seria um trabalho integrado, um complemento curricular para o ensino integral das crianças, e todos os Parques poderiam ter um Centro de Educação Ambiental visando o desenvolvimento do setor humano, com educação integral para o ser humano. E o Projeto já existe, que é o Programa Parque Escola, e nós já recebemos mais de cinco mil alunos por ano no Parque da Cidade, mas há uma dificuldade muito grande, tem gente que vem lá do Paranoá,  a maioria não é do Plano Piloto, e muitos querem ir lá conhecer, e o bom seria, o Guará-DF ter o dele, Samambaia-DF e Três Meninas terem o dele, Recanto das Emas-DF ter o dele, também no Gama-DF, no Prainha, e todas essas áreas possuem um potencial muito grande. Já temos uma equipe de professores dentro da Secretaria de Educação com grande capacidade de agir em todas as nossas regiões administrativas do Distrito Federal.

Blog: Para concluir a nossa entrevista, as pessoas quando lerem a entrevista, que queiram ajudar com essa ideia de preservar o meio ambiente, como deve manter contado para somar com as ideias que o Sr. já coloca em prática?

Adolpho Fuíca: Primeiro visitar e divulgar o meu Blog: http://adolphofuica.blogspot.com.br/. Temos também um Fórum de ONGs do DF e do Entorno. No meu Blog, eu também faço reportagens sobre o meio ambiente.

Blog: Realmente já visitamos o seu Blog e parabéns pelo conteúdo.

Adolpho Fuíca: Muito obrigado. O Fórum de ONGs do Distrito Federal e do Entorno agrupa todas as ONGs do DF juntas com a Sociedade dos Amigos do Parque da Reserva Ecológica do Guará. Somos filiados e ajudamos a fundar em 1995 este Fórum. Hoje temos uma boa estrutura, que conta com representantes em várias comissões do Distrito Federal, comissões também a nível nacional. O Fórum possui uma secretaria executiva composta por cinco ONGs, sendo uma para coordenar diversas ações. A Escola da Natureza também possui um site, o http://www.escoladanatureza.com.br/. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

167. Arnaldo / Amigos do Sopão / São Paulo





O trabalho voluntário possui uma essência muito pura no sentido da espontaneidade que permite livrar o ser humano do conceito de que só devemos fazer algo se for para ganhar dinheiro em troca. O quanto é gratificante para o nosso Blog registrarmos nesta entrevista um trabalho voluntário realizado em São Paulo pelos "Amigos do Sopão", e o Arnaldo é o nosso convidado Amigo do Sopão. Boa leitura e ajude também este projeto:  


Blog: Quando foi iniciada as atividades do Grupo "Amigos do Sopão"?

Arnaldo: Em 13/05/2006

Blog: O Grupo "Amigos do Sopão" pertence à Paróquia Santuário São Judas Tadeu – SP?

Arnaldo: Sim, somos um serviço da Obra Social e uma Pastoral perante a Paróquia.

Blog: Qual o objetivo do Grupo "Amigos do Sopão"?

Arnaldo: Hoje nosso objetivo é levar alimento, carinho e amor aos nossos irmãos de rua, mas nosso objetivo para um futuro próximo é ser uma ONG e prestar serviço para recolocação desses irmãos na sociedade.

Blog: Quais são os dias da semana que vocês distribuem sopas?

Arnaldo: Somente aos sábados, pois é um trabalho 100% voluntário.

Blog: Qual a sensação de ajudar os menos privilegiados?

Arnaldo: Ajudar um irmão que está na rua, excluído pela sociedade é por em prática a palavra de Deus:
Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.

Blog: E em relação ao alimento da alma, vocês também levam a Palavra de Deus quando vão distribuir a sopa?

Arnaldo: Sim, a palavra de Deus sempre é levada aos nossos irmãos. Fazemos orações em todos os pontos de entrega.

Blog: Mesmo o Grupo sendo de São Paulo, é possível que pessoas de outras regiões do Brasil ajudem vocês, e mais, se for possível, como fazer para ajudar este projeto tão bonito?

Arnaldo: Sim é possível qualquer pessoa, de qualquer lugar do Brasil, ajudar os Amigos do Sopão.
Aceitamos doações de leite, descartáveis (marmitex n.8 fechamento a máquina, copos de 300 ml e colheres de sopa)
Outra forma de doação é em espécie, mas como somos um serviço da Paróquia Santuário São Judas Tadeu, utilizamos uma conta poupança no Banco Bradesco para receber as doações: Agência 0120 Conta POUPANÇA 1001813-7 em nome de Aparecida de Abreu Nogueira Simões.

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Serviço:

Amigos do Sopão
Endereço: Alameda dos Guaiós, 40
Santuário São Judas Tadeu - São Paulo - SP
Ajudar o próximo é um ato voluntário de amor. 
Contato: 11 95381-5921



Site: www.amigosdosopao.org


MSN: amigosdosopao@hotmail.com

SKYPE: amigosdosopao

TWITTER: @amigosdosopao
Utilizamos uma conta poupança no Banco Bradesco para receber as doações: Agência 0120 Conta POUPANÇA 1001813-7 em nome de Aparecida de Abreu Nogueira Simões.
"ECONOMIZE PAPEL - PENSE ANTES DE IMPRIMIR!"