Total de visualizações de página

terça-feira, 28 de agosto de 2012

174. Margarida Drumond / Atuação no cenário nacional


Fonte da imagem: vilamulher.terra.com.br

É imprescindível a sensação de liberdade de viajar, lembro daquela música que dizia, "eles venceram e o sinal está fechado para nós, que somos jovens", mas há sempre uma esperança, de levar o hábito da leitura, e somos os adultos do presente, conseguimos driblar e construir esperanças de um mundo melhor. Um grande exemplo de resistência é a nossa convidada de hoje, a escritora Margarida Drumond, responsável pela difusão do conhecimento em nosso Brasil. Boa leitura:

Blog: Recentemente você foi escolhida para fazer parte da Academia de Letras e Música do Brasil, especificamente ocupando a cadeira de Clarice Lispector. Qual a sensação desta honra?

Margarida Drumond: Eu vou lhe dizer uma coisa, meu amigo, a honra é enorme e a alegria muito grande.
Esta posse significa o reconhecimento pelo meu trabalho literário. Em 12.12. 1994, a posse foi na Academia de Letras de Taguatinga, cadeira n. 12, do também romancista José de Alencar, e na época eu já possuía editados três livros, contando o que lancei naquele dia – eram Um conflito no amor, romance; Busca de você, poesias; e Aconteceu no cárcere, romance. Hoje, graças a Deus, são 14 obras – somando-se mais livros de romances, poesias, ensaio, crônicas, roteiro de cinema e documentários biográficos. Então a posse na Academia de Letras e Música do Brasil – ALMUB soa como um reconhecimento pela minha caminhada, o que é um estímulo, sem dúvida.

Blog: Escritora, Jornalista e Professora, quanta responsabilidade. Como é navegar por estas áreas do conhecimento, ou seja, é possível afirmar que o conhecimento é como uma teia de aranha, em que em tudo exige conhecimento há uma ligação?

Margarida Drumond: Sim, há. Um conhecimento se entrelaça ao outro e dá mais base para o trabalho que se vai fazendo. Para escrever os documentários biográficos Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção e Dom Luciano, especial dom de Deus, por exemplo, o conhecimento jornalístico contribuiu muito, tanto durante a pesquisa, que se deu aqui no Brasil, na Colômbia e na Itália, quanto durante o período de criação das obras.
Também quando escrevi o romance histórico Tempo de saudade – que tem uma história fictícia, mas dentro dela a história de minha cidade natal, Timóteo, senti isto muito forte. Os estudos na área de Letras, especializações em Língua Portuguesa, o jornalismo, tudo se soma na Literatura. Por falar nisto, um estudo recente meu, a especialização em Direção Teatral, muito me ajudará em um livro de teatro que estou preparando, além de ajudar nos próprios espetáculos, claro.

Blog: No cenário nacional, sabemos de sua atuação quase de uma adolescente, no sentido da energia palpitante de quem não se entrega a dificuldades, e o lançamento no Rio de Janeiro não foge à regra, ou seja, você não para com a sua missão de levar o conhecimento para todo o Brasil. Está confirmado o lançamento no Rio de janeiro de sua obra literária?

Margarida Drumond: Obrigada pelo “adolescente”, André, mas você disse bem: sinto-me uma adolescente quando se trata de levar minhas obras para junto dos novos leitores, outras regiões... O livro é escrito para o outro conhecer, não pode ficar guardado em casa ou mesmo nas livrarias aguardando ocasiões melhores do outro para se investir em literatura. Infelizmente, há muita gente que pensa que livro é supérfluo, um dó isto. Daí minha alegria e coragem de andar, viajar com minhas obras, promover recitais, teatros e juntar com os músicos e artistas locais.
O lançamento no Rio de Janeiro está confirmado sim, graças a Deus. Será amanhã à noite, na Universidade Candido Mendes – Rua da Assembleia – centro, às 18 horas, e faz parte da programação de um Seminário que a Universidade organizou. Então estarão presentes diversos professores, estudantes, além de convidados. E minha alegria por este lançamento é notória, pois se trata da cidade natal de Dom Luciano Mendes de Almeida, de quem o livro  Dom Luciano, especial dom de Deus trata.
Eu já levara Dom Luciano, especial dom de Deus a cerca de 40 cidades, mas não ao Rio, por falta de oportunidade, mas agora chegou a hora. Também, com este lançamento, estou cumprindo uma das contrapartidas que apresentei à Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, quando de minha inscrição no concurso público de setembro de 2011, e, graças a Deus, tive a obra aprovada e classificada, conforme publicação no Diário Oficial do DF, de janeiro. Assim, a 2ª edição, já lançada aqui em Brasília na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, foi editada pelo Fundo de Apoio à Cultura – FAC.

Blog: O Brasil é um País geograficamente enorme, quase continental, podemos afirmar que baseado neste argumento, a sua pessoa também é continental, pois sabemos que você já lançou livros em diversos locais deste imenso Brasil?

Margarida Drumond: Já lancei em vários locais, mas não posso dizer em dimensão continental, não, pois há regiões às quais ainda não fui, como ao sul do país. Essas viagens para lançamento implicam, além de muita coragem, disponibilidade orçamentária para diversas despesas e disponibilidade de tempo. Assim, em alguns locais mais distantes não pude ir; trabalho na Universidade Católica de Brasília, de segunda a sexta-feira, o que limita um pouco a atuação literária no tocante a viagens. Mas os estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Goiás e aqui no Distrito Federal estão sempre me recebendo e aos meus livros. E olhe que são muuuuitas cidades, e acontece cada coisa que só vendo. Um dia ainda farei um livro autobiográfico, se Deus quiser, e contarei também dessas experiências. Aliás, os que me conhecem e sabem de minha “caminhada” já estão me cobrando minha biografia.

Blog: Também, em nome de todos os visitantes do Blog Companhia das Entrevistas, agradeço pela humildade em aceitar participar de nosso Blog, com a Página "Eu conto Pra Você", com as suas crônicas, parabéns. Qual a inspiração que leva você a escrever tão bem as suas crônicas?

Querido André, você é um grande jornalista e nos dá a nós visitantes a oportunidade de muitos conhecimentos, por meio de seu bonito e eficiente blog. Então, é uma alegria poder participar, obrigada pelos cumprimentos. Quando comecei escrever para o público, comecei exatamente pelas crônicas, isto foi em 1970 – faz um tempinho, rssss – e foi para a Rádio Educadora de Cel. Fabriciano, que aliás foi local de meu primeiro emprego. E agora, há um ano e meio, ela divulga semanalmente, como outras emissoras em Minas e em São Paulo, crônicas que mando semanalmente gravadas, sobre assuntos diversos, porém mais assiduamente sobre Dom Luciano e Padre Antônio de Urucânia.
A absorção do conteúdo para as crônicas se dá pela leitura de coisas diversas que fazemos no dia a dia, também pela nossa vivência, nosso sentir; a isso somam-se, graças a Deus, os estudos, e eu sempre valorizei muito estudar. Mesmo os estudos não acadêmicos são importantes. É sempre bom pegar um livro sobre um assunto e procurar conhecê-lo, isto ajuda. E ler livros de romances, poesias, crônicas é fundamental para o conhecimento geral e facilita na hora de redigir. Por isso, ler, ler, ler e ler sempre
 .