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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Droga anticâncer é 100% eficaz contra malária em ensaio clínico de fase 2

Imagem: Protozoário do gênero Plasmodium, que é causador da malária (Foto: Wikimedia Commons )

O medicamento Imatinibe, que é utilizado contra leucemia mielóide crônica e tumores gastrointestinais, demonstrou ser eficaz contra a malária durante um ensaio clínico de fase 2. Quando somado à terapia habitual da doença parasitária, o fármaco eliminou o parasita Plasmodium em 90% dos pacientes em 48 horas e em 100% deles em um período de três dias.

O estudo sobre o medicamento foi publicado na quinta-feira (26), no periódico científico Journal of Experimental Medicine. Do grupo farmacêtico Novartis, a droga age bloqueando enzimas envolvidas no crescimento dos tumores cancerígenos, mas também é capaz de bloquear a propagação do Plasmodium.

Os pesquisadores notaram essa segunda função em culturas de células humanas. Então decidiram testar em voluntários o Imatinibe junto ao tratamento padrão, que consiste em uma combinação das drogas piperaquina e diidroartemisinina. Os testes ocorreram com pacientes da província de Quang Tri, no Vietnã, onde existem indícios de que o parasita da malária adquiriu resistência contra remédios.

Na pesquisa, foi possível observar que 33% dos pacientes tratados com a terapia padrão (sem o suplemento de Imatinibe) ainda apresentavam parasitas na corrente sanguínea após três dias. “As taxas de eliminação atrasadas são um precursor e um indicador da resistência potencial aos medicamentos, que tem sido um problema com a malária por décadas”, analisa Philip Low, líder do estudo, em comunicado.

Com isso, os cientistas acreditam que o Imatinibe possa ajudar a melhorar a terapia tradicional contra a malária. Os pacientes medicados com o novo tratamento tiveram um alívio de suas febres em menos da metade do tempo do que aqueles indivíduos que passaram apenas pelo tratamento padrão sem a droga.

O parasita da malária é transmitido pela picada de mosquitos, como o do gênero Anopheles. A doença infecta os glóbulos vermelhos do sangue e se reproduz, ativando uma enzima que desencadeia a ruptura da célula e a liberação de uma forma parasitária chamada merozoíta na corrente sanguínea. 

O novo tratamento visa impedir a ação dessa enzima, o que ajuda na eficiência contra variantes do Plasmodium. "Como estamos visando uma enzima que pertence ao glóbulo vermelho, o parasita não pode sofrer mutação para desenvolver resistência – ele simplesmente não pode sofrer mutação nas proteínas de nossas células do sangue", explica Low.

O próximo passo da equipe é conseguir aprovação da agência federal dos EUA, Food and Drug Administration (FDA), para a realização de uma fase 3 de testes. "O FDA é tão amplamente respeitado em todo o mundo que, se aprová-lo, quase todas as outras nações, especialmente os países em desenvolvimento que sofrem de malária, adotarão [o tratamento] rapidamente", diz o pesquisador.

Com informações da Galileu.

Descoberta uma Colônia de Camarões no Lago Paranoá, em Brasília

 

O mergulhador Fred Rabello conseguiu documentar em vídeo pela primeira vez algo absolutamente inédito em Brasília, e pasmem, no Lago Paranoá

Uma grande colônia de camarões de água doce

O Lago Paranoá em Brasília é artificial, começou a encher em 1958 e foi imaginado em um primeiro momento para conter o clima seco da região. Depois de alguns anos essa teoria se provou falha mas, deixou um legado inestimável para toda a população, a praia do cerrado.

Com 48Km² de área de acesso democrático e com todas as modalidades esportivas outdoor aquáticas, tem seu abastecimento por pequenos rios e córregos que nele desaguam.

Por anos o lago vem passando por transformações, momentos de alguma poluição e felizmente, atualmente ele é balneável em 95% de sua área.

Mergulhando por mais de 20 anos, tive a oportunidade de acompanhar seu amadurecimento e suas nuances de temperatura, visibilidade, fluxo, sedimentação e assoreamento e principalmente as mudanças em sua biologia.

Aproximadamente um ano atrás, em um mergulho fundo, detectei 5 camarões em um determinado ponto, o que a principio foi taxado de “narcose total e irrestrita”, tamanho o absurdo que seria haver camarões no lago, mas alguns dias atrás meu eterno dupla Fred Rabello, relatou que havia encontrado um colônia gigantesca de camarões, evidentemente em franca procriação e já adaptados às condições do lago.

Esta condição e estes espécimes nunca antes haviam sido documentados na área, e relatos nunca também haviam sido recolhidos por mergulhadores. 

Condições da colônia

Profundidade entre 32 e 37m, temperatura da água 20 / 21ºC e total ausência de luz nas 24h do dia.

Água sem corrente e com bastante decomposição de matéria orgânica em progresso, fato comum, visto que os pequenos rios e córregos trazem bastante material em suspensão.

Estaremos nos próximos dias procedendo com uma coleta monitorada para pesquisa por biólogos da região, e se houverem mais candidatos a desenvolver os estudos, serão muito bem vindos.

Com informações do Brasil Mergulho e DF1.


domingo, 29 de agosto de 2021

Fotógrafo registra há 50 anos a natureza que o Brasil está destruindo

 


Araquém Alcântara considera que enfraquecimento da fiscalização ambiental no país é 'crime de lesa humanidade'. Ele planeja três livros e uma mostra simultânea à COP26.

"A fotografia tem um papel importante porque ela é uma crônica. Quando feita com arte e com informação, é a crônica da beleza e do extermínio. Eu venho acompanhando o processo de desertificação desse país. É impressionante."

Em 2021, o fotógrafo Araquém Alcântara completou 70 anos, 50 deles dedicados a preservar em imagens a natureza que o Brasil está destruindo.

Com o que considera um olhar amadurecido para o exercício de paciência e contemplação que é a fotografia de natureza, Araquém volta à Amazônia neste fim de agosto para registrar o que é esperada para a ser a pior temporada de queimadas dos últimos anos, em meio à forte seca que assola o Brasil e ao enfraquecimento da fiscalização ambiental promovido pela gestão Jair Bolsonaro (sem partido).

Ao mesmo tempo, planeja para novembro o lançamento do livro comemorativo dos seus 50 anos de profissão; para o primeiro semestre de 2022, um livro sobre a Amazônia voltado ao público europeu; e ainda sem data, um terceiro livro, sobre a fauna brasileira para escolas.

Também prepara uma mostra do seu trabalho para influenciar os líderes mundiais na tomada de decisões na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, prevista para acontecer de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, na Escócia.

"Meu trabalho é resistência da memória. Mais de 50% do Cerrado já foi; restam só migalhas, nem 1% das matas de araucárias; e a Amazônia começa a entrar no seu ponto de declínio, no seu ponto de savanização e daqui a pouco não produz mais chuva", diz Araquém à BBC News Brasil.

"O [historiador americano] Warren Dean em determinado momento se pergunta: 'Não deveria esse holocausto produzido pelo homem ser relatado de geração para geração? Não deveria o manual de história aprovado pelo Ministério da Educação começar assim: Crianças, vocês vivem em um deserto, vamos lhes contar agora como foi que vocês foram deserdadas'", afirma o fotógrafo, citando o autor de A Ferro e Fogo, clássico da história ambiental sobre a devastação da Mata Atlântica brasileira.

"É preciso documentar, é preciso mostrar isso, é preciso gritar por mudança já. Ainda bem que, para isso, eu tenho o texto e a foto."

'Comecei cantando minha aldeia'

Nascido em Florianópolis, em 1951, Araquém estudou em colégio interno, num seminário carmelita de Itu, no interior de São Paulo. A princípio um amante da escrita, se apaixonou pela imagem numa sessão de cinema promovida em Santos pelo agitador cultural francês Maurice Lègeard.

"Eu era meio 'hippão' — ou totalmente 'hippão' —, cabeludão à la Jimi Hendrix. Era um janeiro de 1970, eu tinha 17 anos, nem sabia direito que filme era, e de repente me aconteceu", lembra o fotógrafo.

"O filme se chamava A Ilha Nua, de Kaneto Shindô, e eu vendo aquilo ali fui ficando transido no escuro diante de tanta beleza. Quando acabou o filme, teria uma festa, eu falei à namorada que não iria. 'Eu vou para a praia, preciso pensar'. Na praia do Gonzaga em Santos, tirei o tênis, fui andando pela beirada da água e me veio um insight. No dia seguinte, virei fotógrafo."

Ele conta que começou a fotografar com uma câmera emprestada. "Fui fotografar as putas do cais e os urubus de Santos, tema do meu primeiro ensaio."

Mas foi o apocalipse da Cubatão dos anos 1980 — cidade que ficou conhecida como "Vale da Morte", devido à elevada concentração de poluentes industriais, impossibilitados de se dispersar pelo paredão da Serra do Mar — que despertou Araquém para a questão ambiental.

"Comecei a cantar minha aldeia. E a minha aldeia, a baixada santista, tinha Cubatão, o rico 'Vale da Morte'. Eu comecei ali a entender o que significava sustentabilidade — ou insustentabilidade. Crianças sem cérebro, a destruição em função da ganância", relata, lembrando das mais de 30 crianças nascidas mortas devido a anencefalia causada pela exposição das mães à poluição excessiva.

"Ao tomar uma chuva ácida nas costas, ali eu comecei a ser um precursor da fotografia de natureza e comecei a minha andança, minha Odisseia, que dura até hoje."

Desde então, Araquém passou por veículos diversos da imprensa nacional (os jornais "Cidade de Santos", "O Estado de S. Paulo", "Jornal da Tarde", "O Globo", "Tribuna de Santos", a revista "IstoÉ"), fundou sua própria editora — a Terra Brasil, batizada a partir do livro de mesmo nome, lançado em 1998 e que desde então já vendeu mais de 130 mil cópias, num país onde a tiragem média das obras é de 2,5 mil — publicou 58 livros e ganhou mais de 100 prêmios em todo o mundo.

A velhice e as redes sociais

Araquém vive agora a experiência de envelhecer como um fotógrafo ainda na ativa.

"Agora, o olhar mais amadurecido já hospeda melhor o silêncio, a percepção, eu já simplifico as coisas. A fotografia é um grande exercício de paciência e de contemplação, sobretudo a de natureza. O verdadeiro fotógrafo de natureza perde 99% de suas fotos, mas aquele 1% corrige tudo sob o céu", afirma, de forma grandiloquente.

Bastante ativo nas redes sociais, o fotógrafo teve no início de agosto uma de suas imagens apagadas pelo Instagram. A fotografia mostrava uma jovem indígena do povo Zo'é dando de mamar ao seu filho, ao lado de uma outra jovem indígena com os seios à mostra.

A rede social alegou que a imagem ia "contra as diretrizes da comunidade sobre nudez".

"Acho muito importante para o meu trabalho e o de outros fotógrafos e artistas a divulgação nas redes sociais. Mas não dá para entender a falta de critério, a burrice dos algoritmos", diz.

"O Instagram precisa mudar seus filtros e os artistas precisam se movimentar nesse sentido. O meu grito de repúdio teve esse objetivo", completa.

Um andarilho na pandemia

Autodefinido como um "fotógrafo andarilho", Araquém decidiu abandonar o isolamento imposto pela pandemia quando, em meados de 2020, o Pantanal começou a queimar de forma sem precedentes.

"Quando o Pantanal começou a ser incinerado eu pensei: 'Eu não posso ficar aqui'. E aí me expus", lembra o artista. "Nessa ida para o Pantanal, no período em que fiquei lá, eu vi a face do horror. Vi que é possível tudo virar cinza e deserto."

Esse ano, Araquém volta a campo para uma nova temporada na Amazônia, que deve se estender do fim de agosto a outubro, auge do período de queimadas na região.

"Estou indo para a Amazônia novamente porque as perspectivas são catastróficas", afirma.

"A seca está muito severa e o enfraquecimento todo da fiscalização sugerem mais um ano de recordes", alerta, lembrando que o maior número de focos de queimadas dos últimos 14 anos foi registrado em junho, mês que ainda não é de temporada de fogo.

"É fundamental uma moratória. É fundamental parar o desmatamento já e a fotografia tem um papel importante nisso."

As fotografias da viagem de agora devem ser aproveitadas no livro sobre a Amazônia voltado para o mercado europeu, que deverá ser dividido em três partes: A Terra, O Homem e O Desequilíbrio — uma referência aos Sertões de Euclides da Cunha, cuja obra seminal sobre o conflito de Canudos é dividida entre A Terra, O Homem e A Luta.

Primeiro fotógrafo a documentar todos os parques nacionais do Brasil, Araquém avalia que a mudança da política ambiental nacional no período recente é "criminosa".

"É uma coisa catastrófica, um crime de lesa humanidade", afirma. "A questão fundiária na Amazônia precisa ser resolvida e é preciso manter a floresta em pé imediatamente. Os governos ignoram a ganância das quadrilhas de grileiros, em nome de um falso progresso que só enriquece uma minoria."

"Eu sou uma testemunha ocular dessa barbárie, porque fotografo a natureza desse país há meio século. E me parece que o [antropólogo, historiador, sociólogo e escritor] Darcy Ribeiro tinha razão quando ele disse há vinte anos atrás: 'Só o engajamento total da opinião pública mundial pode salvar a Amazônia'. Então meu grito é um grito por atitude, minha fotografia está a serviço da vida."

Com informações do G1 e da BBC News.

Espécie ancestral de baleia de quatro pernas é descoberta no Egito

 

O esqueleto parcial do fóssil foi encontrado no deserto ocidental do Egito — Foto: Dr. Robert W. Bossenecker

Cientistas no Egito identificaram uma espécie desconhecida de baleia, com quatro patas, que viveu 43 milhões de anos atrás.

O fóssil do anfíbio Phiomicetus anubis foi originalmente descoberto no deserto ocidental do Egito.

O crânio dele se parece com o de Anúbis, o antigo deus egípcio com cabeça de chacal — Deus dos Mortos, como foi batizado.

Os ancestrais das baleias modernas desenvolveram-se a partir de mamíferos terrestres semelhantes a cervos que viveram na terra ao longo de 10 milhões de anos. 

Pesando cerca de 600 kg e com 3 metros de comprimento, o Phiomicetus anubis tinha mandíbulas fortes o suficiente para capturar suas presas, de acordo com o estudo publicado pelo "Proceedings of the Royal Society B" na quarta-feira (25). A baleia era capaz de andar na terra e nadar na água.

O esqueleto parcial dela foi encontrado na depressão de Fayum, no Egito, e analisado por cientistas da Universidade de Mansoura. Embora a área agora seja deserta, ela já foi coberta pelo mar e é uma rica fonte de fósseis.

"O Phiomicetus anubis é uma nova espécie de baleia e uma descoberta de destaque para a paleontologia egípcia e africana", disse o autor do estudo, Abdullah Gohar, à agência de notícias Reuters.

Embora esta não seja a primeira vez que o fóssil de uma baleia com pernas foi encontrado, acredita-se que o Phiomicetus anubis seja o tipo mais antigo de baleia semi-aquática a ser descoberto na África.

Acredita-se que as primeiras baleias tenham se desenvolvido no sul da Ásia há cerca de 50 milhões de anos. Em 2011, uma equipe de paleontólogos no Peru descobriu um fóssil de baleia de 43 milhões de anos, com quatro patas, pés palmados e cascos.

Com informações do G1 / Natureza.

sábado, 28 de agosto de 2021

Participe do 2º Congresso Virtual da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial - SBPC/ML

 

SBPC/ML divulga os temas e palestrantes das cinco Palestras Magnas do seu 2º Congresso Virtual

 A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) divulga as datas, temas e especialistas que proferirão as Palestras Magnas do 2º Congresso Virtual da entidade, marcado para os dias 7 a 11 de setembro de 2021.

A primeira apresentação, com o tema "COVID-19 - O que aprendemos e perspectivas", será no dia 7/9, com início às 20h, e feita pela Dra. Margareth Maria Pretti Dalcolmo, professora adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No dia 8/9, às 21h, a Dra. Sindhu Cherian, presidente da Sociedade Internacional de Citometria Clínica (ICCS) e professora adjunta do laboratório de Patologia e Medicina Laboratorial da Universidade de Washington, em Seattle, discorrerá sobre "Estratégias de análise para doença residual mínima em leucemia linfóide B após imunoterapia/terapia-alvo".

Já em 9/9, a partir das 21h, o tema será "O perfil lipídico - qual é a melhor escolha?" e o convidado para ministrá-la é o Dr. Seth Shay Martin, cardiologista preventivo e lipidologista clínico no Hospital Johns Hopkins em Baltimore, Maryland.

No dia 10 de setembro, às 21h, o Dr. Khosrow Adeli, Chefe de Bioquímica Clínica do Hospital for Sick Children e o Vice-Presidente de Laboratório de Medicina e Patologia da Universidade de Toronto em Toronto, Canadá, falará sobre "Estudo multicêntrico global sobre Intervalos de Referência: o projeto Caliper".

Fechando a série das Magnas, às 10h30 do dia 11/9, o Dr. Victor Gadelha, fundador da MEDVR, startup de realidade virtual aplicada à saúde, apresentará o tema "Como a inovação está transformando a medicina - passado, presente e futuro".

Os interessados em assistir poderão fazer a inscrição pelo site https://congressovirtualsbpcml.eventslab.com.br/. No ícone "programação", é possível conferir todos os temas de cada dia e "favoritar" os de interesse para que receba os lembretes dos dias e horários por e-mail ou pelo próprio site do evento - uma agenda personalizada para o participante.

Sobre a SBPC/ML

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma Sociedade de Especialidade Médica, fundada em 1944 e que atua na área de laboratórios clínicos. Com sede na cidade do Rio de Janeiro, tem como finalidade reunir médicos com Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e profissionais de outras especialidades como farmacêutico-bioquímicos, biomédicos, biólogos e outros profissionais de laboratórios clínicos, além de empresas do setor. A especialidade médica responde por apoio a 70% das decisões clínicas do país, influenciando desfechos e resultados econômicos da assistência à saúde.

A SBPC/ML é responsável pelo PALC - Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, que avalia laboratórios através de auditorias e determina se as práticas adotadas atendem requisitos pré-determinados para este tipo de serviço. O selo PALC garante a qualidade dos serviços prestados e a confiabilidade dos resultados dos exames.

Em 2019, a SBPC/ML lançou a campanha #ImportantePrevenir, uma ação de orientação e conscientização da população sobre a importância da realização de exames laboratoriais de forma racional, sobretudo na fase preventiva, de assistência primária, pois eles são usados frequentemente para prevenção, diagnóstico e monitoramento do tratamento de doenças.

A SBPC/ML dispõe de projetos de habilitação e qualificação profissional de acordo com a legislação em vigor, através de atividades voltadas para ensino, pesquisa e divulgação científica em Medicina Laboratorial, tendo como meta principal a saúde da população. Para alcançar esses objetivos a SBPC/ML realiza cursos, jornadas, congressos, eventos relacionados e publicações científicas.

Participe do Congresso Internacional promovido pelo Instituto Brasileiro de Direito da Construção - IBDic

 


Congresso online quer debater a Nova Lei de Licitações Públicas e o Direito da Construção

Um dos painéis terá participação do jurista Alexandre Aroeira Salles

Na próxima segunda-feira (30), acontece o Congresso Internacional do IBDic, promovido pelo Instituto Brasileiro de Direito da Construção. O painel de abertura vai discutir a "Nova Lei de Licitações Públicas e o Direito da Construção" e terá mediação de Alexandre Aroeira Salles, sócio fundador do Aroeira Salles Advogados e diretor do IBDic.

Alexandre vai moderar o painel que terá, também, a participação de André Dabus (da Marsh Brasil), Cristiano Borges Castilhos (da Construtora Queiroz Galvão), César A. Guimarães Pereira (da Justen Pereira Oliveira e Talamini Advogados) e do Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando S. Marcato.

O IBDiC é um fórum criado para promover a discussão de temas ligados ao setor da construção civil e nesse Congresso vai reunir líderes nacionais e internacionais da indústria da construção e infraestrutura para tratar de assuntos como: a nova Lei de Licitações Públicas e o Direito da Construção, a atuação dos Órgãos e as decisões das disputas e câmaras de arbitragens, as improdutividades, os riscos de atrasos e os custos adicionais em projetos de construção, entre outros temas.

O Congresso será realizado virtualmente nos dias 30 e 31 de agosto, das 9h às 12h15. E a inscrição é gratuita e pode ser feita por meio do link: https://us06web.zoom.us/webinar/register/WN_P8ynHf8TRqCa46-A5hEHgQ

Políticas públicas de investimento em ciência: BINGO - O primeiro radiotelescópio do Brasil será instalado na Paraíba

Artigo - Como a pandemia da Covid-19 pode mudar como veremos a ciência no futuro

Por Elcio Abdalla*

Os benefícios da ciência estão em toda a parte, do celular no bolso ao remédio para dor de cabeça. A pandemia da Covid-19, no entanto, colocou o cidadão comum frente a frente com termos típicos de pesquisas científicas pela primeira vez. A rapidez com que as vacinas foram desenvolvidas também provaram a muitos a importância deste tipo de conhecimento, e não apenas para o tratamento do vírus: é graças ao imunizante que as atividades econômicas poderão ser retomadas, por exemplo.

É de se pensar que, na pós-pandemia, o mundo estará mais consciente da necessidade de investimento na ciência e inovação, e deverá valorizar ainda mais esses profissionais e seus conhecimentos. No entanto, essa percepção positiva será apenas parte da realidade. E a valorização da ciência não contará toda a história de como a pandemia afetou a sociedade.

Nunca o movimento antivacina teve tanta força no Brasil e nos Estados Unidos, principalmente, mas também em outras partes do mundo. Nós, que já fomos exemplo mundial em imunização, também vemos um número crescente de negacionistas, muitas vezes apoiados por autoridades políticas. Argumentos baseados em falta de informação e sem qualquer rastro na história: as vacinas extinguiram doenças que por milhares de anos mataram os seres humanos, como a varíola e a poliomielite, por exemplo. É impossível pensar no progresso não apenas em saúde, mas também social e econômico, sem elas.

Então, diante destes dois cenários, o que podemos esperar da ciência após a pandemia? Um amigo médico uma vez me disse que nós "só aprendemos na dor". E acredito que isso é verdade. E, enquanto passamos por esse momento de sofrimento da Covid-19, também levaremos importantes lições. Tenho certeza que a humanidade, como um todo, já entendeu que, sem investimento em ciência, inovação e tecnologia, não há futuro, inclusive não há como pensar em sustentabilidade e em preservação sem ela. Isso ficará cada vez mais latente.

As universidades e centros de conhecimento e pesquisa nunca tiveram tanta atenção e foco da mídia e da população e a percepção de que elas são elementos externos à economia, como sempre foi muito propagado, também deve mudar. Fica cada vez mais evidente que essas instituições são parte pulsante da sociedade, produzindo conhecimento e promovendo o desenvolvimento humano todos os dias.

Por aqui, cabe esperarmos para ver como se descortinará a política no Brasil - país cujo investimento na ciência depende tanto do governo . Há diversos exemplos positivos, como a Fapesp, financiadora de pesquisa e projetos do Estado de São Paulo. O BINGO, primeiro radiotelescópio do país, que irá monitorar o céu brasileiro e a energia escura do universo, pelo sertão paraibano, foi financiado pela instituição, por exemplo. Ele será instalado na Serra do Urubu, no município de Aguiar, a 257 km da capital da Paraíba. Aliás, outro bom exemplo de políticas públicas de investimento em ciência vem do Governo do Estado da Paraíba, que recebeu esse projeto.

Como em qualquer área, há sempre percalços, é claro. Mas não há dúvida, no mundo, e talvez nunca tenha sido tão claro, que o avanço da ciência é, necessariamente, o progresso da sociedade. A Covid está aí pra mostrar isso.

*Elcio Abdalla é físico teórico brasileiro com reconhecimento internacional e importante liderança na pesquisa de física teórica no Brasil. Com doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, é atualmente professor titular do Instituto de Física dessa universidade, além de coordenador do Projeto Bingo, radiotelescópio brasileiro que está sendo construído no interior da Paraíba que fará o mapeamento da parte escura do universo.

Ao plantar árvores, a qualidade do pasto, na verdade, melhora!

 


A ESPÉCIE DE ÁRVORE QUE PODE COMPENSAR EMISSÕES DA INDÚSTRIA DA CARNE NO BRASIL


As vacas têm uma relação próxima com o metano. À medida que o mamífero segue sua vida, pastando ou ruminando à sombra de uma árvore, normalmente emite de 70 a 120 kg do gás por ano.

O metano é um potente gás de efeito estufa, retendo calor na atmosfera com muito mais eficiência do que o CO2.

Para reduzir essas emissões, que contribuem para o aquecimento do planeta, adotar uma dieta à base de vegetais tem se mostrado uma solução eficaz na escala individual (já que um terço do dióxido de carbono é emitido por 20 empresas), e ao se reduzir o consumo de carne bovina em particular, por ser uma carne com alto teor de carbono.

Mas o apetite humano por carne bovina, ainda assim, vem crescendo de forma contínua há décadas: hoje, cerca de 72 milhões de toneladas são produzidas por ano.

Isso é cerca de 12,5 vezes o peso da pirâmide de Gizé, no Egito.

Um país com grande incentivo para tornar sua carne mais sustentável é o Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina, fornecendo quase 20% das exportações mundiais.

Carne de carbono neutro no Brasil

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vêm buscando uma forma de neutralizar as emissões do enorme rebanho bovino do país — culminando em 2020 com o selo de certificação Carne Carbono Neutro.

Em vez de simplesmente comprar crédito de carbono para compensar as emissões (uma abordagem que pode ser repleta de dificuldades), a Embrapa tem como objetivo tornar o processo de criação de gado neutro em carbono dentro da fazenda, na esperança de poder tornar a indústria de carne bovina do país mais sustentável.

O incentivo do Brasil para “limpar” a indústria não se deve apenas às emissões de carbono. O país um dos líderes em desmatamento, sendo a criação de gado um dos principais fins comerciais da terra desmatada.

Em todo o mundo, 2,11 milhões de hectares de floresta são perdidos a cada ano para as vacas pastarem.

O desmatamento para a pecuária libera cerca de 6% dos gases de efeito estufa do mundo, incluindo o gás de efeito estufa de longa duração CO2, assim como o metano das vacas e o metano emitido do solo.

Enquanto isso, a perda da cobertura vegetal reduz a biodiversidade e aumenta o risco de que novas doenças restritas a animais selvagens “saltem” para os humanos.

O selo Carne Carbono Neutro da Embrapa prevê o plantio de árvores de eucalipto na mesma área onde o gado pasta.

Acredita-se que cerca de 250 a 350 árvores por hectare seja o número ideal para manter as fazendas brasileiras financeiramente viáveis, produzindo 25 metros cúbicos de madeira por hectare por ano, de acordo com estudos de pesquisadores da Embrapa.

Com isso, é possível sequestrar até cinco toneladas de carbono — o equivalente às emissões de cerca de 12 bovinos adultos.

No total, essas árvores ocupam cerca de 10% a 15% da área, plantadas a cada 2 metros em fileiras com algo entre 14 metros e 22 metros de distância.

Isso também pode tornar a fazenda mais produtiva, diz Roberto Giolo de Almeida, que comanda a equipe da Embrapa.

Na pecuária tradicional brasileira, há normalmente cerca de um animal pastando por hectare de terra.

Pasto com árvore

Ao plantar árvores, a qualidade do pasto, na verdade, melhora.

Com a sombra feita pelas árvores, parte da grama recebe menos luz solar. E reage investindo mais na fotossíntese, produzindo mais cloroplastos, organelas onde ocorre a fotossíntese.

São essas organelas que contêm clorofila — a molécula que dá cor às plantas verdes.

Uma planta enriquecida em cloroplastos possui um teor mais alto de nitrogênio, necessário para a produção de proteínas, e por isso se torna mais nutritiva para as vacas.

A equipe de Giolo de Almeida descobriu que pastagens com árvores podem suportar até o dobro de gado por causa do pasto superior. E as vacas também engordam mais rápido — além de uma nutrição melhor, contam com a vantagem adicional de que as árvores oferecem alguma sombra para escapar do calor intenso durante o dia.

Normalmente, uma vaca criada em um pasto com árvores vai chegar a 250 kg de carne em dois anos — uma produtividade cerca de 30% maior do que a esperada em sistemas tradicionais, diz ele.

Isso significa que os animais passam menos tempo pastando antes do abate, dando a eles menos tempo para emitir metano.

Quando as árvores estão maduras, são cortadas para serem vendidas e novas mudas as substituem.

Richard Eckard, professor de agricultura sustentável da Universidade de Melbourne, na Austrália, que conhece o projeto da Embrapa, mas não está envolvido nele, vê muitas vantagens no uso do eucalipto, árvore nativa da Austrália de rápido crescimento.

“Se você cortar essas árvores e transformá-las em madeira para serraria, se você construir casas ou móveis, pelo menos dois terços do carbono permanecerá fora da atmosfera indefinidamente ou pelas próximas centenas de anos”, diz Eckard.

Até o momento, a Embrapa não realizou estudos sobre o uso de árvores nativas para absorver carbono — normalmente elas demoram mais para crescer.

No entanto, um projeto chamado selo Carbono Nativo está começando a investigar se árvores nativas podem um dia ser usadas em um esquema semelhante.

E no sul do Brasil, um experimento em andamento visa introduzir a Araucária, um símbolo nativo da região ameaçado de extinção, em pastagens de gado integradas a áreas de cultivo.

Esses sistemas de combinar pecuária e plantio de árvores não possuem apenas uma “receita”, diz a agrônoma Claudete Reisdorfer Lang, professora da Universidade Federal do Paraná, que lidera a pesquisa.

“[Depende] dos diferentes componentes — lavouras, árvores, animais, entre outros”, diz ela, assim como das maneiras como as diferentes partes do sistema são integradas no campo.

E combinar gado e plantação de árvores pode não ser uma abordagem que funcione em qualquer lugar, observa Eckard — cada área tem seu próprio clima e solo e precisa de sua própria solução.

Apesar disso, Giolo de Almeida estima que cerca de 10% de todas as pastagens no Brasil já apresentam algum grau de integração entre floresta, lavoura e pecuária, embora apenas uma pequena fração esteja próxima do carbono neutro.

Lang diz que viu um interesse crescente nesse tipo de integração nos últimos 10 anos.

Pode ser, em parte, porque há outros incentivos para os agricultores além dos benefícios ambientais — Julie Ryschawy, professora assistente do Instituto Nacional de Agronomia da França, explica que essa abordagem significa que há menos necessidade de comprar produtos como comida para animais ou fertilizantes químicos .

“[Os agricultores] diversificariam a rotação de culturas e limitariam os insumos químicos nas plantações e nas pastagens”, diz ela, o que poderia ajudar a biodiversidade, limitar as doenças do gado e armazenar carbono.

Metas

A indústria da carne estabeleceu metas em várias regiões do mundo para a pecuária com baixo teor de carbono ou carbono neutro, incluindo a Austrália, outro grande exportador de carne bovina do mundo.

“Estamos vendo um avanço inevitável em direção à produção de gado com baixas emissões”, diz Eckard.

“Não temos opção, temos que fazer isso.”

No entanto, há obstáculos para a expansão de sistemas que integrem árvores e pecuária como o utilizado pela Embrapa, incluindo a resistência dos agricultores.

“Muitos deles se especializaram em monoculturas, que são lucrativas no curto prazo, mas insustentáveis ​​no longo prazo”, diz Lang.

Também há custos iniciais a serem considerados e o setor pecuário pode relutar em assumir riscos financeiros, diz Edegar de Oliveira Rosa, diretor de conservação e restauração de ecossistemas da WWF-Brasil.

“É preciso enfrentar um grande desafio, o desafio de escala, já que o Brasil possui um dos maiores rebanhos do mundo, cerca de 200 milhões de animais”.

Rosa acredita que a agricultura regenerativa pode ajudar a melhorar uma grande área das antigas florestas do Brasil.

“Atualmente a pecuária é a atividade que mais ocupa terras que foram desmatadas recentemente”, diz.

“O desmatamento e as queimadas subsequentes para limpar a terra são a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil”.

Embora o melhor uso da terra desmatada possa ajudar a reduzir as emissões da carne bovina, o desafio que paira sobre a pecuária no Brasil é impedir antes de qualquer coisa o desmatamento.

“No final, tudo se resume à política do governo”, afirma Eckard.

Ele cita a tentativa da Austrália de conter seu problema histórico com o desmatamento para a criação de gado por meio de políticas públicas.

“A única razão pela qual o governo australiano atingiu as metas do protocolo de Kyoto foi porque legislou contra o desmatamento em Queensland. Isso requer liderança do governo”, afirma.

Embora adotar uma dieta à base de vegetais possa permanecer uma solução poderosa para limitar o impacto ambiental da criação de gado, em algumas partes do mundo a pecuária fornece uma fonte de nutrição essencial.

“A pecuária é fundamental para muitos países em desenvolvimento, permitindo a eles ter segurança alimentar”, acrescenta Eckard.

Em uma região marcada pelo desmatamento, pode parecer um pequeno consolo regenerar apenas poucas centenas de árvores por hectare nas terras agora usadas para pastagem de gado.

Mas, para uma indústria global que ainda está em constante crescimento, o projeto da Embrapa pelo menos mostra uma maneira de compensar as emissões do gado que causam o aquecimento global.

Com informações da BBC News e Amazônia Notícia e Informação.

Brasil Biomas - Maratona Consultor de Flora - O que você precisa saber para elaborar um laudo de vegetação?

  


As respostas com o Biólogo Rodrigo Polisel por meio de vídeos, de aulas e muito conteúdo sobre botânica e meio ambiente, muitos deles voltados ao mercado de trabalho na área ambiental.Tudo sobre plantas, sendo alguns dos temas abordados: identificação de plantas, morfologia vegetal, plantas medicinais, orquídeas, trepadeiras, restauração ambiental, licenciamento ambiental, herbários, entre outros assuntos.

  Rodrigo Polisel é Biólogo (USP), Mestre e Doutor em Botânica (UNICAMP), sócio-fundador da Brasil Bioma, desde 2008 oferece cursos de extensão em botânica e meio ambiente na base de campo em Juquitiba/SP, e desde 2015 oferece cursos online na área de taxonomia vegetal, já havendo ensinado e certificado mais de 1.400 profissionais e estudantes de todo o Brasil, incluindo analistas do IBAMA, CETESB, Secretarias de Meio Ambiente, Polícias Ambientais, entre outros.

Faça parte do time de apaixonados por plantas, botânica e meio ambiente!

Acesse o canal do YouTube e fique por dentro deste assunto: Brasil Bioma

Thais Leonel, especialista em Direito Ambiental - 40 Anos da Política Nacional do Meio Ambiente

 

Imagem: D' Ponta News

Política Nacional do Meio Ambiente chega aos 40 como passo fundamental da preservação à vida

O ano era 1981. O Brasil encontrava-se sob a égide de um regime militar com definido controle do Poder Executivo sobre os Poderes Legislativo e Judiciário, porém, o momento era de esgotamento do modelo autoritário, sem uma perspectiva clara do que ainda viria. Foi nesse clima de "desaceleração" que, em 31 de agosto daquele ano, foi decretada a Lei nº 6.938, instituindo a Política Nacional do Meio Ambiente. O projeto, à época, uniu governo, oposição, empresários, produtores rurais e ecologistas na busca de mudanças, sob uma perspectiva ambiental mais global, de como o país encarava seu crescimento, e inovou ao inaugurar um novo modelo de controle social propondo diretrizes, princípios e objetivos com base legal sólida a permitir, dentre outras coisas, a compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, fato inspirador da própria evolução do regime jurídico reafirmado na Constituição Federal de 1988.

"A lei nasceu ousada, pouco convencional, mostrando seus objetivos em relação à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, visando assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana", afirma Thais Leonel, especialista em Direito Ambiental do escritório SFCB Advogados.

A nova lei definiu uma série de conceitos, institucionalizando, por exemplo, instrumentos como o licenciamento ambiental. E estabeleceu que poluidor é toda pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental.

"Nessa dinâmica, a lei determinou que o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitaria o transgressor à obrigatoriedade de indenizar ou reparar os danos ao meio ambiente e a terceiros, definindo pioneiramente o regime da responsabilidade objetiva e solidária que acabou emoldurada em nosso país", destaca a advogada.

Nos 40 anos da Política Nacional do Meio Ambiente, é importante ressaltar que, mesmo propondo ações efetivas de responsabilidade civil e criminal, a Lei precisa ser adequada às demandas atuais e colocada em prática para seguir como instrumento de defesa do Meio Ambiente ecologicamente equilibrado e garantidor da vida digna.     

Lançamento do Programa Estratégia Investimento Verde para o Desenvolvimento Regional

 


MDR assina acordos para incorporação de critérios ESG em projetos com a iniciativa privada 

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), lança o Programa Estratégia Investimento Verde para o Desenvolvimento Regional, nesta segunda-feira (30 de agosto de 2021), às 15h. Durante o ato, serão assinados Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com oito associações do setor privado que atuam em projetos de saneamento básico, segurança hídrica e mobilidade urbana geridos pela Pasta. O objetivo é fomentar que as empresas adotem critérios ESG (ambiental, social e governança) para a execução de seus empreendimentos. A Cerimônia contará com a participação do ministro Rogério Marinho

O evento terá transmissão ao vivo pelo canal do MDR no YouTube. As atividades serão moderadas pela especialista em ESG Ana Luci Grizzi, que atua há mais de 20 anos na área ambiental.

Serviço:

Lançamento do Programa Estratégia Investimento Verde para o Desenvolvimento Regional

Data: 30 de agosto de 2021 (segunda-feira)

Horário: 15h

Transmissão ao vivo pelo canal do MDR no YouTube

Profissionais da Saúde - Hoje (28/08) às 16h acontece o tirando dúvidas do curso Hormonologia Multidisciplinar - Participem!

Dr. Ítalo Rachid,  Médico e palestrante com mais de 30 anos de prática clínica e dedicação às ciências da longevidade humana. Integra diferentes instituições nacionais e internacionais relacionadas à longevidade e hormonologia. Ele explica o conhecimento sobre Hormonologia Multidisciplinar, acompanhe e participe!

Como entender sobre hormônios pode ajudar os meus pacientes?

Dr. Ítalo Rachid  - O conhecimento do sistema hormonal pode resultar em uma visão e compreensão globais da saúde do ser humano, capacitando o profissional que o domina a enxergar detalhes e condições clínicas antes não percebidas, ou mesmo admitidas como “coisas normais da idade''! A mensagem é simples: hormônios trabalham a favor da vida! Os hormônios são a base do equilíbrio metabólico no corpo humano. Muito do que ocorre no organismo, para o bem ou para o mal, pode ser proveniente das alterações hormonais. O comprometimento da saúde pode ter como um dos fatores basilares o declínio e desequilíbrio hormonais.

Como a hormonologia pode levar a sua prática clínica para outro patamar?

Dr. Ítalo Rachid - O conhecimento em hormonologia pode ser uma importante “chave” para praticar qualquer uma das profissões da saúde. Por exemplo, psiquiatras e psicólogos, com o suporte da hormonologia, podem ajudar com maior precisão seus pacientes nas suas questões emocionais e comportamentais. Os hormônios também influenciam nas emoções e no comportamento.

Nutricionistas, ao possuírem conhecimentos sobre hormônios, podem entender que muitas vezes os distúrbios no controle do peso, podem ter suas raízes em prováveis desequilíbrios hormonais Para os dentistas, a hormonologia é essencial para um melhor desfecho de suas intervenções. A osteointegração, tão desejada pelos implantodontistas, e a redução da inflamação do periodonto, buscada pelos periodontistas, também podem sofrer influência direta dos níveis hormonais do paciente.

Independentemente de onde se inicia o desequilíbrio hormonal, as consequências acometem toda a estrutura FISIOLÓGICA do indivíduo. E no curso Hormonologia Multidisciplinar o aluno irá conhecer os fundamentos da hormonologia, e com isso, poderá melhorar a qualidade dos seus resultados, olhando para o paciente de forma INTEGRAL, avaliando todos os aspectos, sem deixar “pontos cegos”. Entender de hormonologia é fundamental para qualquer profissional da saúde!

Serviço:

Tirando dúvidas sobre o curso HORMONOLOGIA MULTIDISCIPLINAR.

Data: (28 de agosto de 2021)

Horário: 16h

Local: Instagram @dritalorachid

Para assistir a live, basta clicar aqui

Se você já entendeu as OPORTUNIDADES que existem para aqueles que entendem sobre hormônios, e está disposto a dar o próximo passo, faço o convite para participar do Hormonologia Multidisciplinar.

Para realizar a sua inscrição, basta clicar abaixo:

QUERO CONHECER O CURSO HORMONOLOGIA MULTIDISCIPLINAR

Sobre o Dr. Ítalo Rachid

-Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

-Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Ceará.

-Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e pela Associação Médica Brasileira (TEGO 134/91).

-Registro de Qualificação de Especialista – RQE 8626.

-Ex-Delegado da Sociedade Brasileira de Climatério, SOBRAC.

-Ex-Diretor da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia – SOCEGO.

-Formação em Age Menagement and Regenerative Medicine pelo American Board of Anti-Aging and Regenerative Medicine.

-Formação em Age-Manegement Medicine pelo CENEGENICS Medical Institute USA.

-Membro do Conselho Científico da World Anti-Aging Academy of Medine-WAAAM.

-Vice-Presidente da World Society of Anti-Aging Medicine (WOSAAM) para a América Central e América do Sul.

-Vice Presidente da International Hormone Society para a América do Sul.

-Membro Diretor do World Council for Preventive, Regenerative and Anti-Aging Medicine.

-Presidente da Sociedade Brasileira Para Estudos da Fisiologia – SOBRAF.

-Membro da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, SBCM.

-Diretor Científico do Grupo Longevidade Saudável.

-Palestrante Internacional nas áreas de Fisiologia, Hormonologia e Ciências da Longevidade Humana

Aula ao vivo - Concurso do Ibama e do ICMBio - Legislação Federal da Fauna


   A Fauna em Foco promove no dia 14 de setembro de 2021, aulas ao vivo sobre a Legislação Federal da Fauna. As aulas ao vivo começam às 19h30. Para realizar a inscrição clique AQUI

Prof. Roberto Cabral Borges 

Ministrante, Analista Ambiental do IBAMA, Mestre em Ecologia pela UnB e Biólogo - UFJF. Experiência: mais de 25 anos de experiência na área de meio ambiente, em especial em manejo e proteção à fauna. Corresponsável por Cetas e Criadores de Passeriformes no Ibama (2003 e 2004). Corresponsável pela implantação do sistema de controle e monitoramento da atividade de criação amadora de pássaros - SisPass (2004). Chefe do Núcleo de Fiscalização de Fauna (2004 a 2008). Coordenador de Operações e Fiscalização (2008 a 2012/2017 a 2019). Coordenador do GEF (2014 a 2020). Instrutor de Fiscalização de Fauna e de abordagem no Curso de Formação de Fiscais do Ibama. Instrutor dos cursos Fauna em foco.

Prof. Dalton Araujo Antunes 

Zootecnista, UFLA, Mestrado – UnB, Bacharel em Direito - UPIS, Pós-graduado em Direito na Universidade Estácio de Sá, Course in English Common Law: Structure and Principles - The University of London International Programes. Curso Direito Ambiental e Projetos - PROMINAS. Experiência:Servidor Público Federal - Analista da Administração Pública Federal - Professor das Disciplinas de Animais Silvestres e Comportamento Animal - UPIS, de Direito Ambiental, Administrativo, Constitucional e Consumidor - UPIS. Coordenação Geral de Meio Ambiente do INCRA/SEDE em Brasília. Advogado. Professor da disciplina Direito Ambiental, Administrativo, Constitucional e Consumidor - Curso de Direito da Faculdade UPIS. Professor da disciplina Política e Legislação Ambiental do curso de Pós-graduação da Faculdade da Terra em Brasília. Professor do Curso Preparatório para Concursos do IBAMA - Instituto Processus. Coordenador da Câmara Técnica de Animais Silvestres do Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Distrito Federal. Consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – IBAMA/Sede na Divisão de Fiscalização de Fauna da Diretoria de Proteção Ambiental; Instrutor do Curso de Formação de Fiscais do IBAMA; Instrutor do Curso de formação de Analistas Ambientais do IBAMA. Chefe do Núcleo de Licenciamento de Obras Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal. Fundador dos cursos Fauna em foco.

Conheça o site da Fauna em Foco: https://www.faunaemfoco.com/



 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Selo Altamente Recomendável 2021 - FNLIJ*

 

*Selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) 

Os livros Tromba d´água e O Drama de um refugiado ganharam o selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), escolhidos nas categorias Criança e Poesia, respectivamente, as obras passaram por um criterioso processo de seleção por parte dos jurados e se destacaram entre os Melhores Livros de 2021.


                                        O drama de um refugiado, de Moreira de Acopiara 

Essa história de partidas faz a gente perguntar: até onde pode um homem com o seu filho viajar, sem muitas perspectivas, mas sem se desesperar? Escrito pelo poeta Moreira de Acopiara e ilustrado por Luci Sacoleira, esse cordel trata não só da busca de um lugar para viver, mas de amor e dignidade.


                                                         Tromba d'água, de Leo Cunha

Conheça Binho, um elefante apaixonado pela natureza. Seu sonho é ser jardineiro, mas ele se acha muito grande, pesado, desajeitado. Será que é isso mesmo? Leia o delicado e divertido Tromba d'água e veja como é sempre atual o velho ditado: quem vê cara, não vê coração!


Com inormações da Editora Ciranda Cultural



Conjunção entre a Lua, Júpiter e Saturno

De cima para baixo: Saturno, Júpiter e a Lua. Imagem: Paulo S. Bretones, via Stellarium

Nas noites de sexta-feira (20 de agosto de 2021) e domingo (22 de agosto de 2021), foi possível observar a Lua “próxima” de Saturno e Júpiter no céu. O fenômeno, chamado conjunção, é observado a partir do horizonte leste, logo ao anoitecer. Na primeira noite, nosso satélite natural esteve (por um efeito de perspectiva para um observador da Terra) à direita de Saturno, na noite seguinte, entre Saturno e Júpiter, e, na noite de 22 de agosto de 2021, um pouco abaixo de Júpiter.

Nessas noites tivemos fenômenos interessantes, que valeu a pena acompanhar. Esses planetas estiveram muito brilhantes contra o fundo do céu. No dia 19 de agosto de 2021, às 21h, Júpiter esteve em oposição, o que significa dizer, do lado oposto ao Sol (também do ponto de vista de um observador da Terra) como ocorreu com Saturno no início do mês, no dia 2 de agosto de 2021.

Considerando as órbitas dos dois planetas, nessa época eles ficam mais próximos da Terra. Um observador deve considerar que, quando o Sol se põe no oeste, às 17h52 no horário de São Paulo, Júpiter nasce no leste, quase no mesmo horário. Na noite do dia 22 a fase da Lua será Cheia, e ela também nasce no leste.

Também no começo dessa noite ( de 22 de agosto de 2021), no oeste, foi possível observar algo improvável no inverno: o planeta Vênus, também muito brilhante. Ele estará, por volta das 19h10, na mesma altura de Júpiter em relação ao horizonte.

A observação dessas passagens combinadas de Lua e planetas brilhantes como Júpiter e Saturno é importante na sensibilização e desenvolvimento de interesse pelos movimentos no céu, em especial para crianças que poderão desenvolver, desde cedo, atração pelos fenômenos celestes.

A partir dessas observações, mesmo adultos sensibilizados poderão conhecer referências sobre os movimentos, brilhos, distâncias e composições de cada um desses corpos. Júpiter e Saturno, por exemplo, são gigantes gasosos em cuja superfície um astronauta não poderia pousar. E essa não é a única limitação: radiação intensa também afetaria o corpo de um astronauta.

Vênus, ao contrário, é um mundo sólido, de porte parecido ao da Terra, mas também proibido para o pouso de um astronauta. Sua atmosfera é corrosiva, composta por ácido sulfúrico. A pressão atmosférica na superfície é capaz de esmagar uma nave e uma elevada temperatura, em torno de 400º C é outro risco mortal. Essas comparações são importantes para percebemos a Terra como o único oásis no céu onde sabemos, ao menos até agora, da existência de uma civilização em meio a uma quase infinita e fascinante variedade de formas de vida.

A Lua, sempre referida como satélite natural da Terra, tem porte três vezes e meia menor que a Terra e nas noites dessas conjunções estará a cerca de 375 mil quilômetros de nós. Muito mais distante, a cerca de 753 milhões de quilômetros, estará Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Ele é nada menos que 1.300 vezes maior que a Terra em volume, composto principalmente de hidrogênio, amônia e metano.

Saturno está a 1,5 bilhão de quilômetros, e é o segundo em tamanho. Vênus é quase uma irmã gêmea da Terra, em termos de tamanho, e nos próximos dias estará a uns 110 milhões de quilômetros. Nas condições agressivas desse mundo é possível que nenhuma forma de vida esteja presente, ainda que seja arriscado ser taxativo em casos como este.

Uma outra diferença: Vênus não tem uma Lua, ao contrário de Marte, que entre nossos dois vizinhos mais próximos é o único com duas, mas incomparáveis em relação à Lua da Terra. Batizadas de Fobos e Deimos (Deuses do Medo e Terror na mitologia grega), são duas pequenas “batatas cósmicas”, apagadas no céu marciano em comparação com o satélite da Terra.

Na verdade, os astrônomos consideram a Terra e a Lua como um sistema binário, ou um sistema planetário duplo. A lua da Terra é menor que muitas outras luas do Sistema Solar, incluindo aquelas que giram em torno de Júpiter e Saturno. Comparativamente ao planeta que orbita, no entanto, a lua da Terra é grande e isso leva os astrônomos a considerar esses dois mundos como um sistema binário.

Com um pequeno telescópio pode-se observar tanto crateras como montanhas na superfície da Lua. Telescópios, mesmo de pequeno porte, também mostram, como piolhos cósmicos, luas em Júpiter e os brilhantes e inconfundíveis anéis de Saturno. As temperaturas nesses mundos em torno dos grandes planetas do Sistema Solar costumam ser muito baixas, incomparáveis mesmo com as noites mais frias que atravessamos neste inverno.

A Lua é um caso extremo, ainda que também não seja o único: a parte iluminada do satélite da Terra chega a 120 °C, enquanto o lado oposto, fica a gélidos -150 °C. A Lua, certamente é o caso de lembrar, tem sempre a mesma face voltada para a Terra devido a uma razão gravitacional. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, e o que a banda inglesa Pink Floyd canta, não existe um “lado escuro” da Lua. Júpiter também é um mundo gélido e Saturno, mais distante do Sol, é ainda mais frio, sem comparação mesmo com a Antártida, o continente mais gelado da Terra.

Com informações do Olhar Digital.




A capital do Oeste catarinense, Chapecó comemora 104 anos

 

                                                        O município e o cooperativismo

  Nos festejos dos 104 ano de criação é essencial mencionar a contribuição do cooperativismo e do agronegócio na construção da trajetória do desenvolvimento econômico, social e cultural do Município de Chapecó. Nessa interpretação, ganha especial protagonismo a Cooperativa Central Aurora Alimentos e a saga dos homens e mulheres que ajudaram a construir esse paradigma de cooperação e desenvolvimento e, em especial, os homens que me antecederam no comando dessa empresa de natureza cooperativista. Cito dois, por dever de gratidão: Aury Luiz Bodanese e Mário Lanznaster.

  Existe muita similitude entre municipalismo e cooperativismo. As cooperativas representam um modelo de organização humana que tem a condição de unir as pessoas, aproveitar a capacidade de trabalho e de produção de cada um e desenvolver ações de natureza econômica, permitido que os resultados revertam para cada um na proporção direta de seu esforço. Cooperativismo requer engajamento e trabalho, participação e comprometimento. Ao mesmo tempo em que enaltecem o trabalho, as cooperativas exercitam alguns valores essenciais, como a solidariedade, a valorização da comunidade e a cidadania.

    Essa realidade foi perpetuada para a história no magnifíco monumento que a Prefeitura de Chapecó inaugurou em 2017, na gestão do prefeito Luciano Buligon, para festejar o primeiro Centenário. O conjunto apresenta três figuras proeminentes: o colonizador Coronel Ernesto Bertaso, o pioneiro da indústria Plínio Arlindo de Nês e o cooperativista Aury Luiz Bodanese.

   Bodanese foi uma das maiores lideranças do cooperativismo brasileiro. Fundou e dirigiu as maiores cooperativas catarinenses e inspirou milhares de empreendedores, produtores e empresários rurais. Seu grande feito foi criar uma estrutura industrial para o processamento da vasta produção agrícola e pecuária. Isso permitiu que os produtores rurais barrigas-verdes deixassem a mera condição de fornecedores de matéria-prima para agregar ganhos e controlar todo o processo produtivo. Aury conferiu uma visão empresarial às cooperativas, melhorou a qualidade de vida da família rural, fortaleceu todo o sistema cooperativista, apoiando a criação e a viabilização das cooperativas, não só as agropecuárias, mas também dos ramos de transporte, crédito, infraestrutura, habitação, saúde etc.

     Sabemos que os tempos não são fáceis para os gestores públicos. A Carta Constitucional de 1988, ao reconhecer o Município como ente federativo, transferiu-lhe competências e atribuições que, antes, estavam afetas ao poder público estadual. Robusteceu-se, assim, o papel do Município na República, embora os gestores municipais reclamem que os recursos correspondentes às novas responsabilidades dos municípios não tenham sido repassados.

    Se examinarmos as regionalidades brasileiras constataremos que as cooperativas prestaram e prestam efetiva contribuição nos Municípios cujos prefeitos optaram, com determinação e entusiasmo, por uma cartilha de austeridade e rigor administrativo para atingir o nível de eficiência em obras e serviços públicos que a sociedade exige. Em Chapecó, o sucesso da cooperação no campo espraiou-se para todas as áreas da atividade humana e também impregnou – de maneira definitiva – a economia urbana.

    Nesse contexto, temos orgulho do Município de Chapecó que chega aos seus 104 anos de criação, ostentando vários títulos, mas, talvez, capital do cooperativismo e da agroindústria brasileira seja o mais apropriado. Foi na região do grande oeste catarinense, polarizada em Chapecó, que surgiu o moderno sistema de produção integrada entre criadores de aves e suínos e as indústrias de processamento de carne. Outro indicador é o fato de deter o maior e mais avançado parque agroindustrial do segmento de carnes do País.

         Várias características celebrizaram Chapecó no Brasil e no Mundo. Chapecó detém algumas das maiores agroindústrias do País e tornou-se o maior centro mundial em produção de proteína animal. Transformou-se em  paradigma de importantes centros de pesquisa científica nas áreas ligadas ao complexo agrícola e bromatológico. Nessa região se concentra a maior produção de produtos industrializados de suínos e de aves do planeta. Nossos produtos são conhecidos em todo o mundo. O Oriente Médio, por exemplo, compra frango do oeste catarinense há mais de 40 anos. Somos referência em produção, produtividade, sanidade e qualidade. Aqui, produtor rural, indústrias e município mantêm uma extraordinária relação de cooperação que dá suporte e garante o desenvolvimento econômico do País.

Essa condição de polo é mantida pelo vanguardismo de nossas cadeias produtivas. A prioridade que as indústrias conferem para a qualidade ensejou uma série de parcerias com centros de ensino e pesquisa, Universidades, sistema “S” e organismos governamentais, de forma que nos tornamos geradores de tendências no mercado brasileiro.

NEIVOR CANTON - Presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos

 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Na segunda, 23 e hoje, dia 24 de agosto de 2021, o Superior Tribunal Federal (STF) fará uma audiência pública para ouvir especialistas, representantes do poder público e da sociedade civil sobre a Política Nacional de Educação Especial. Convocado pelo ministro Dias Toffoli, o encontro será virtual e terá a participação do Instituto Jô Clemente (IJC), antiga Apae de São Paulo. A sessão acontece na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que vai de 21 a 29 de agosto de 2021.

Pesquisa do Instituto Jô Clemente reforça os benefícios da educação inclusiva e sobre este assunto conversamos com Yara Leandro dos Santos Tanaka, coordenadora pedagógica no Atendimento Educacional Especializado (AEE) do Instituto Jô Clemente, antiga APAE de São Paulo. Acompanhe:

Blog -  Quais os riscos que a aprovação deste decreto do Governo Federal traria para a educação inclusiva?

Yara Leandro dos Santos Tanaka - A constituição brasileira (art.227) diz que é dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar os direitos da criança e adolescentes ao acesso à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Um dos pontos de atenção é considerar que a discriminação e exposição da pessoa não seja novamente um movimento presente e social tão evidente. A divisão entre a sociedade nos faz pensar em um “retrocesso” ao conceito de segregação já existente há tantos anos. Desconsiderar a luta da pessoa com deficiência diante de toda a história é um ato de desrespeito.

A medida mais assertiva seria reforçar as ações inclusivas para garantir conscientização social para um percurso com objetivo de romper paradigmas tão rígidos e viver com mais atitudes de empatia e respeito. 

Para avanços sociais é preciso permitir a chegada dos desafios para vivência reais. Só vivenciando que conseguiremos saber o que de fato é funcional para garantir qualidade e respeito a todos. Uma sociedade que vive uma Constituição livre não pode proferir o desejo de subdividir a condição humana. Somos seres semelhantes e livres para tomadas de decisões no que se refere gerir nossa vida, podemos viver em sociedade e respeitar as diferenças diante dos vários desafios.

Qualquer serviço denominado Atendimento Educacional Especializado ofertado para além do contraturno ou de modo a impedir a matrícula e frequência dos alunos com deficiência à escola regular, AEE não é! É isso que pretende o Decreto 10.502 sob o título de AEE: excluir os alunos com deficiência da frequência a escola regular. O AEE é um direito e um instrumento de garantia de direito à educação inclusiva. Tamanha a sua importância para os educandos com deficiência que a Constituição de 1988 lhes garantiu o acesso a esse serviço preferencialmente dentro da escola regular de ensino, ou seja, dentro da escola regular, no contra turno escolar.

Blog - Qual a importância da inclusão de uma criança com deficiência na escola regular para o seu desenvolvimento?

Yara Leandro dos Santos Tanaka - O desenvolvimento da criança é um processo de construção. A interação com o meio e entre os pares favorece a aprendizagem e a convivência, sendo assim, a convivência propiciaa criação de vínculo, o respeito às diferenças e o aprendizado nos diferentes espaços sociais. Deste modo, fica claro que conviver respeitosamente garante para todas as partes ganhos significativos, humanizando as pessoas dentro das diferentes áreas de atuação.

A inclusão escolar favorece o ganho da autonomia, independência, postura de estudante, melhoras na comunicação expressiva e receptiva, relacionamento interpessoal e respeito às diferenças. Portanto, é fundamental a convivência de pessoas com e sem deficiência, contribuindo significativamente para o processo de desenvolvimento e aprendizagem, pois é comprovado que se aprende em coletividade. 

Blog -  Existem casos nos quais a escola especial é indicada?

Yara Leandro dos Santos Tanaka - Acredito que existam situações que alguns apoios são eficientes para compor a rotina das crianças e propiciar um repertório de possibilidades para o acesso aos conhecimentos na classe comum. Alunos com barreiras pontuais em determinadas áreas adaptativas precisam de articulação com a área da saúde e terapêutica para alinhar com as demandas escolares. Mas não concordo que Escola Especial seja a solução para os casos dos alunos que apresentem mais dificuldades para seguir o currículo. É visível que a incumbência escolar é só dela. É necessário organização escolar para dar condição a todas as crianças se desenvolverem dentro do espaço escola. Não vejo como a restrição de acesso pode garantir qualidade de ensino a nenhuma criança. Só se aprende observando, ouvindo e explorando as diferentes situações do nosso cotidiano. Assim, a convivência se faz eficiente e transformadora. É importante considerar também o Atendimento Educacional Especializado no contraturno escolar, sendo esse, um serviço de apoio ao estudante, visando a quebra de barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência, valendo-se dos meios de recursos acessíveis e estratégias pedagógicas diversificadas para favorecer o desenvolvimento integral desses estudantes. Cabe também ao professor do AEE, apoiar o professor da sala de aula comum, por meio de estudo de caso e Plano de AEE. 

Blog - Qual a importância da educação inclusiva também para o desenvolvimento das crianças sem deficiência?

Yara Leandro dos Santos Tanaka - Poderia citar várias as contribuições sobre a importância de conviver entre o pilar da educação e inclusão, mas o principal é pensar sobre uma questão tão importante que é o processo de humanização das pessoas, refletindo e pegando um período histórico temos raízes de ações racionais e até mais inflexível com tantas causas e lutas de diferentes posições. Desse modo, vejo uma boa oportunidade de humanizar as ações e respostas diante das diferenças sociais e de condições existentes em nosso país.

São inúmeros os pontos positivos nessa interação, a começar pelas possibilidades de mudar o meio, as relações, atitudes e os recursos para atender a todos. O simples exercício de trazer a participação de todos nos faz gerar ações e promover possibilidades de olhares e pensamentos críticos diante das diferenças, causando mobilização para favorecer o meio social que vivemos, além de colaborar para o processo criativo e transformador que só adquirimos quando vivenciamos as experiências do cotidiano.

Blog - Em outros países, existe algum decreto similar a esse produzido pelo Governo Federal?

Yara Leandro dos Santos Tanaka - Em 1971, a Lei italiana 118 concedeu a todas as crianças com deficiência – exceto nos casos mais graves – o direito de serem educadas nas classes regulares. Em 1977, a Itália fechou todas as escolas especiais e sua Lei 517 determinou que todos os alunos com deficiência deveriam ser incluídos. Nos anos 80, a Educação Inclusiva foi implementada em pré-escolas e escolas secundárias. Em 1991, uma comissão, incluindo pessoas com deficiência, começou a redigir a Lei para Assistência, Inclusão Social e Direitos das Pessoas com Deficiência Nº. 104, que foi adoptada pelo Parlamento em 1992. Foi a primeira vez que a sociedade civil, as organizações de pessoas com deficiência e as famílias participaram plenamente nesse processo.

Sobre o Instituto Jô Clemente  

O Instituto Jô Clemente é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há 60 anos previne e promove a saúde das pessoas com deficiência intelectual, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, produzindo e disseminando conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual. Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados e oferece, atualmente, o Teste do Pezinho Ampliado na rede pública do município de São Paulo, contemplando o diagnóstico preoce de até 50 doenças, incluindo dezenas de condições raras. Por meio do CEPI - Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Jô Clemente, a Organização gera e dissemina conhecimento científico sobre deficiência intelectual com pesquisas e cursos de formação.  Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 5080-7000 ou pelo site: https://www.ijc.org.br  


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Templo da Natureza - Poesias & Sementes - Livro de Poesias Natureza* - Sementes de Moringa - Replantio


Como Plantar Moringa Oleifera

A  princípio, esta planta ou hortaliça, é considerada a “árvore da vida” pois tem benefícios maravilhosos para nossa saúde.

E o melhor de tudo, ela pode com toda certeza ser cultivada também em vasos! Veja agora neste artigo, a arte de como preparar a terra para plantar moringa oleifera.

Além disso, você vai aprender como fazer mudas de moringa oleifera com folhas, galhos, estacas ou estaquias, semente, água. Prepare-se para conferir nossas dicas e se apaixone em germinar, como cultivar, como cuidar, como semear essa planta.

Origem

A princípio, a moringa oleifera ou moringaceae, surgiu na Índia e é considerada por muitos, um milagre vegetal da natureza, pois é um super alimento com diversos nutrientes, vitaminas como também muitos sais minerais. Anteriormente, em épocas muito antigas, a planta foi utilizada por egípcios, romanos e gregos.

Seu uso era em fabricação de loções para pele e perfumes quando extraído o óleo de suas sementes. Era utilizado principalmente para os povos que viviam no clima desértico. Na Índia, uma curiosidade é que seus guerreiros Maurian consumiam o extrato das folhas de moringa durante a guerra pois acreditavam que isso daria força e resistência a eles.

Características

Primeiramente, a moringa oleifera é arbórea, ou seja, uma hortaliça que chega facilmente até 12 metros de altura e suas vagens e folhas são usadas para consumo humano. A hortaliça,  se analisarmos sua altura, não é robusta, tem folhas compostas com filotaxia alternada.

Suas flores são de característica zigomorfas isso porque tem um único pistilo e tem de 2 a 3 cm. Sua coloração pode ser do branco ao amarelo pálido.

As anteras abrem de forma longitudinal e seu ovário é súpero e unilocular, ou seja, tem apenas um óvulo. Seus frutos são cápsulas, chamadas de vagem, piramidais bem como arredondadas que tem 30 cm de comprimento. A vagem não se abre quando estão maduras. Existem 13 variedades desse tipo de hortaliça.

Plantio da moringa oleifera

A temperatura ideal para a moringa oleifera viver está entre 22º C e 35º C, ou seja, o Brasil é um dos países ideais para seu cultivo. Gosta muito de ambiente quente e úmido, ou seja, bem tropicais.

Ela não é exigente em relação ao solo que pode ser pobre em nutrientes, vai bem principalmente em solo seco e arenoso. Claro que se colocar um adubo orgânico, ela vai amar!

Cultivo da moringa oleifera

É das vagens da moringa oleifera que são retiradas as sementes. Veja agora como plantar moringa oleifera no chão do quintal, em vaso de cimento, em horta, em jardim, copo de vidro, garrafa pet, plantar em árvores, terrário, casa, apartamento:

Germinação

Antes de qualquer coisa, vamos fazer a germinação da semente, o que vai tornar mais rápido o desenvolvimento da planta. Deixe suas sementes em um recipiente com água por 24 horas. Logo após esse prazo, é só plantar suas sementinhas!

Mudas de moringa oleifera

Em primeiro lugar, selecione sementes sadias das vagens da moringa oleifera. Tem também onde comprar mudas ou sementes de moringa oleifera pela internet ou loja física. É só fazer sua pesquisa de “rastreamento” (rsrsrs).

Em segundo lugar, pegue um copo descartável ou até um pacotinho de plástico grosso e transparante. Faça furos no fundo para uma boa drenagem

Adicione no recipiente terra simples misturada com uma porção de areia

Faça um pequeno buraquinho para acomodar a semente, enterre a 2 cm de profundidade

Em seguida, coloque a semente e cubra com o substrato

Irrigue com um borrifador somente até umedecer a terra

A muda demora de 5 a 7 dias para começar a mostrar seu broto nascendo

Deixe em loca iluminado, não diretamente ao sol, e arejado

Com aproximadamente 15 dias, será possível transplantar para o solo definitivo

Plantando em vasos

Em princípio, pegue um vaso ou outro recipiente e faça furos para drenagem

Adicione terra simples com areia misturada

Em seguida, enterre sua semente a 5 cm de profundidade do substrato

Logo depois, regue deixando somente úmido o substrato

Em 1 semana o broto já terá surgido

Em garrafa pet

Primeiramente, corte uma garrafa pet ao meio e fure o fundo para boa drenagem da água

Logo em seguida, encha o recipiente com terra simples misturada com areia

Depois enterre a semente em 5 cm de profundidade ou acomode sua muda

Complete com terra e irrigue

Em apartamento

Tem como plantar em apartamento a moringa oleifera mas na varanda do seu imóvel. Isso porque a hortaliça ganha grandes proporções. Aliás, mais tarde, o replantio para um jardim onde vai ficar de forma definitiva, vai ser inevitável.

Em jardim, horta, terrário

Limpe bem o terreno retirando restos de cultura, galhos, ervas daninhas, galhos ou folhas secas

Faça covas e misture terra com areia e coloque na cova

Lance a semente ou acomode sua muda

Complete com terra e irrigue em seguida, até umedecer o solo

Transplantando a moringa oleifera

Por certo seu desejo seria mudar sua “arvore” de um vaso, para a planta se desenvolver livre, leve e solta em seu jardim ou horta, acertei? Pois então, aprenda agora como replantar, transplantar, mudar de lugar a sua moringa oleifera:

Quando sua planta estiver com aproximadamente 30 cm já é possível fazer esse transplante

Com ajuda de uma enxada ou pá bem firme e resistente, recorte a terra a fim de retirar o torrão da moringa oleifera quase que por inteiro

Uma dica é umedecer bem o solo antes para facilitar a retirada de tal forma que não quebra tanto suas raízes

Logo depois, é só plantar no local definitivo, cobrindo a terra e pressionando com a enxada ou as mãos para ficar bem firme

Floração

Você sabe como funciona a floração da moringa oleifera? Como fazer a polinização? Como fazer florir a moringa oleifera?Pois bem, são os insetos responsáveis pela proliferação bem como a propagação dessa hortaliça. A época do ano que floresce a moringa oleifera é na primavera e verão, entre dezembro e fevereiro.

Poda

Veja agora como podar sua moringa oleifera:

É possível podar sua planta com 60 cm de altura e a dica é podar na parte lenhosa da árvore. O segredo é cortar em diagonal um dedo acima da gema, onde esteja saindo as folhas. Um novo galho vai brotar onde você fez o corte. Para não entrar bactérias no corte, é interessante preencher com cola instantânea.

Arranjo

Tem sim como fazer arranjo com sua moringa oleifera:

Pegue um vaso de preferência de cerâmica, se possível

Compre uma espuma própria para arranjos e recorte de tal forma que fique bem certinho dentro do vaso

Em seguida, corte galhos floridos da planta e espete na espuma

Complete com galhos de folhas e galhos de gérmen de trigo ou centeio e também pedrinhas ao redor para decorar

Lua bem vinda

A lua como sempre é a rainha em influenciar a germinação e brotação de todos os vegetais da Terra. E a melhor lua para plantar a lindíssima moringa oleifera é a lua crescente.

Com informações do Aprender a plantar.com

*O Livro de Poesias Natureza com Sementes de Moringa para replantio pode ser solicitado pelo e-mail andrefalco1@gmail.com