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sábado, 6 de março de 2021

Biologia: pássaro considerado extinto é encontrado em Bornéu após 170 anos

 

Conhecido como "o maior enigma da ornitologia da Indonésia", o Malacocincla perspicillata não era avistado deste o século 19; pesquisadores precisam determinar seu atual estado de conservação.

Um pássaro que não era avistado há cerca de 170 anos foi encontrado na ilha de Bornéu. A descoberta foi descrita por uma equipe de pesquisadores da Indonésia e de Cingapura na BirdingAsia.

O Malacocincla perspicillata – que também é conhecido como tagarela-de-sobrancelha-negra – é considerado "o maior enigma da ornitologia da Indonésia". Entre 1843 e 1848, o naturalista alemão Carl A.L.M. Schwaner capturou o animal pela primeira vez na ilha de Java, que é próxima a Bornéu – porém, os dados coletados na época estavam incompletos.

Dessa forma, o pásssaro foi registrado como uma espécie "deficiente de dados" na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) de espécies ameaçadas. E, já que a ave não foi encontrada novamente ao longo de quase dois séculos, muitos pesquisadores passaram a assumir que ela estava extinta.

Quem encontrou o tagarela-de-sobrancelha-negra em outubro de 2020 foi Muhammad Rizky Fauzan e Muhammad Suranto, habitantes locais de Bornéu. Intrigados com o animal, que eles nunca haviam visto antes nas florestas da ilha, os pesquisadores conseguiram capturar a ave e tirar algumas fotos dela antes de soltá-la na natureza. Então, eles levaram as imagens a um grupo de ornitólogos da região, que fizeram uma descrição detalhada do pássaro e o compararam com o único espécime que Schwaner havia coletado no século 19, hoje conservado no Museu de História Natural de Leiden, na Holanda.


"O espécime que observamos era muito distinto, e não se parecia com nenhuma outra espécie de Malacopteron ou Malacocincla de Bornéu, com os quais estamos familiarizados por causa do nosso trabalho de campo nas Grandes Ilhas da Sonda", escreveram os pesquisadores em seu artigo.

Da Redação TN com informações da Revista Galileu.

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