Estudo científico aponta que o animal, considerado em extinção, foi visto ano passado no Sítio Roberto Burle Marx, em Barra da Guaratiba, na Zona Oeste do Rio
Tida como o segundo maior felino existente no Brasil, perdendo apenas para a onça-pintada, a onça-parda voltou a aparecer no Rio de Janeiro depois de cerca de 84 anos de ausência.
De acordo com uma pesquisa realizada por 6 biólogos e publicada pela revista ”Check List”, o animal foi observado no Sítio Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba – que esta semana tornou-se Patrimônio Cultural do RJ, vale ressaltar -, em junho de 2020. A informação inicial é da ”Veja Rio”.
Através de alguns moldes de pegadas e fotos de arranhões deixados em árvores, os especialistas puderam comprovar também, paralelamente, a presença da onça no Parque Estadual do Mendanha, no Parque Estadual da Pedra Branca e na Reserva Biológica de Guaratiba, todos localizados na Zona Oeste da cidade.
”Nós já tínhamos registros de 2007 em Guaratiba e de 2008 no Mendanha, mas fomos aos poucos reunindo mais dados que comprovassem o reaparecimento definitivo da espécie, não somente um indivíduo vagando pela região”, explica Jorge Pontes, professor da Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (PPGEAS/FFP – Uerj) e um dos autores do estudo.
De acordo com os cientistas, os animais podem ter se dispersado da Serra do Tinguá, localizada entre Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, primeiro chegando à região do Mendanha e, posteriormente, às demais áreas.
Vale ressaltar que, devido ao seu desaparecimento de 84 anos (a última vez vista no estado foi em 1936), a onça-parda chegou a ser declarada oficialmente extinta na Lista Municipal de Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas, do ano 2000. Intitulada, cientificamente falando, de ”Puma concolor”, a espécie é considerada muito solitária e costuma ser mais observada à noite e no período de crepúsculo.
”A onça-parda tem uma capacidade elevada de adaptação em
ambientes modificados, inclusive se deslocando dentro de áreas totalmente
urbanizadas para procurar abrigo, alimentação e água”, complementa Pontes.
Com informações de Raphael Fernandes do Diário do Rio.
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