O fato do jupará ser pouco conhecido se dá também por ele ser um animal de hábito noturno. Durante o dia, o mamífero descansa. Quando anoitece ele deixa o aconchego das árvores e troncos para passear e buscar alimento.
Esse mamífero tem o hábito
solitário, só vive aos pares no período de reprodução ou aos bandos quando vai
se alimentar.
O jupará se alimenta de frutos,
folhas, roedores, invertebrados, caranguejos, caramujos e também insetos. A
fêmea da espécie tem um único filhote. A gestação dura quatro meses.
A espécie é encontrada do México
à América Central e também na Amazônia. No Brasil é encontrado principalmente
na Amazônia e também na Mata Atlântica.
O nome jupará não é comum, tão
pouco conhecido pela maioria dos brasileiros. Ao ouvir essa palavra, com
certeza a grande parte das pessoas pensaria se tratar de uma árvore ou até de
um fruto específico, mas na realidade o nome se refere a um mamífero com o
corpo de 50 centímetros, cauda de 40 centímetros e peso de 4,5 quilos.
Parente dos quatis e guaxinins, o
jupará (Potos flavus) se difere de qualquer outra espécie pela aparência e
também pelos hábitos. Devido à cauda preênsil que utiliza como quinto membro, o
jupará é confundido com os primatas, o que lhe rendeu até um apelido de
“macaco-da-meia-noite”.
A espécie que tem pelagem em tom
marrom avermelhado é um dos maiores disseminadores de sementes de cacau do
país. O jupará usa os dentes e as unhas afiadas para abrir o fruto do cacaueiro
e ingerir as amêndoas que ficam lá dentro. Ao defecar no solo, a espécie
espalha as sementes do cacau.
Com informações do g1 Campinas Região. Fotos: Arquivo TG e Rudimar Narciso Cipriani
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