Jardim Botânico do Rio promove semana de atividades sobre o bioma Amazônia a partir deste domingo (5/09/2021)
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro dará início, neste domingo (5/09/2021), Dia da Amazônia, à série de atividades temáticas sobre os seis biomas brasileiros - Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pantanal e Pampa -, além do Sistema Costeiro-marinho. A Amazônia, uma das regiões com maior biodiversidade do mundo, será o primeiro contemplado, na semana de 5 a 11 de setembro de 2021.
Dentre as atividades previstas,
estão a reabertura da cabana do pescador, localizada na Região Amazônica do
Jardim Botânico, lançamento e disponibilização de livros, atividade educativa e
dinâmicas com jogos didáticos. Ainda durante a semana, nos restaurantes
instalados no Jardim, haverá cardápio com pratos típicos da gastronomia local,
e, na loja de souvenir, no Centro de Visitantes, estarão à venda produtos da
"Coleção biomas brasileiros".
Programação da semana do Bioma Amazônia (5 a 11 de setembro de 2021)
Domingo (5/9/2021), às 10h - Reabertura
da cabana do pescador e distribuição de livros
Fechada desde o início da pandemia,
a cabana do pescador é uma reprodução das moradias tracionais amazônicas, e
será reaberta à visitação pública. No seu interior, utensílios típicos
ribeirinhos amazonenses poderão ser observados pelo visitante, proporcionando
uma experiência histórica, cultural e ambiental da região.
Na ocasião, estarão disponíveis
alguns exemplares do livro Mbaé Kaá - O que tem na mata - A botânica nomenclatura
indígena, do naturalista João Barbosa Rodrigues, que foi diretor do JBRJ. A publicação
ganhou uma nova edição, que foi ilustrada por jovens guarani da aldeia Pyau, no
Jaraguá, São Paulo. Os visitantes poderão retirar gratuitamente os exemplares
disponíveis.
Terça, quarta e quinta-feira
(7, 8 e 9/9/2021), das 10h às 16h30
Acampamento do botânico no corredor cultural
Um acampamento botânico, com
equipamentos e utensílios que pesquisadores levam nas expedições, será montado
no corredor cultural do JBRJ. No local, o público poderá conhecer o trabalho de
biólogos em campo.
Pesquisadores mostrarão, por
exemplo, como é feita a coleta de amostras de plantas e a preparação do
material a ser transportado e, posteriormente, estudado.
Sexta-feira (10/9/2021), às 10h
Pré-lançamento do livro “A maloca
entre artefatos e plantas: guia da Coleção Rio Negro de Richard Spruce em
Londres" (evento no canal do JBRJ no YouTube <https://newsletter.jbrj.gov.br/lt.php?tid=h4fTSj5ubrywOf7hSSdPCaKMLdnWEl9onPgg0XiQXpcADXepuhLvw6S+Aa+PX+C4>)
O livro retrata coleções de objetos
feitos com matérias-primas provenientes de plantas e animais, coletados, no
passado, na Amazônia e hoje se encontram guardados em instituições na Europa.
Trata-se de coleção representativa de artefatos, reunidos há 170 anos, pelo botânico
viajante inglês Richard Spruce.
Sábado (11/9/2021), às 10h30
Pré-lançamento do jogo de
tabuleiro "A´pe-buese: aprender brincando", no laboratório didático
do Museu do Meio Ambiente, seguido de visita à Região Amazônica
O jogo lúdico foi inspirado na
publicação “A maloca entre artefatos e plantas: guia da Coleção Rio Negro de
Richard Spruce em Londres". O jogo aborda plantas e artefatos do Alto do
Rio Negro, na Amazônia, que contam um pouco da cultura, fauna e flora do bioma
Amazônia, especialmente do Alto Rio Negro.
Para participar dessa atividade programada
para o sábado (11), é preciso fazer inscrição prévia pelo e-mail
cvis@jbrj.gov.br ou tel. (21) 3874-1808.
Estudo propõe criação de banco de fotos das plantas do mundo
Em artigo publicado na Nature
Plants em 29 de julho de 2021, pesquisadores apontam que quase metade das
espécies de plantas das Américas não conta com fotografias de campo que
poderiam contribuir para sua pesquisa e conservação. Além disso, as fotos
existentes estão dispersas em centenas de websites, o que torna difícil
encontrá-las. Por isso, os autores propõem a criação de um banco de dados
centralizado que reúna todas essas imagens.
Segundo o estudo Identifying gaps
in the photographic record of the vascular plant flora of the Americas<https://newsletter.jbrj.gov.br/lt.php?tid=KxizdlpD/8mN4sM5aIW5yKKMLdnWEv9onPgg0XiQXpcADXepuhKPw6S+Aa+PX+C4>,
a maioria das plantas ainda não fotografadas ocorre em países tropicais e
megadiversos, como o Brasil. Das cerca de 35 mil espécies de plantas vasculares
do país, estima-se que 15 mil nunca tenham sido registradas em fotos.
O artigo teve como coautoras
Rafaela Campostrini Forzza e Fabiana Filardi, do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro. O JBRJ sedia e coordena a Flora do Brasil, plataforma online que reúne
os dados de todas as espécies de plantas, algas e fungos que ocorrem no país.
Nela, os pesquisadores tiveram acesso a fotos de 5459 espécies, das quais 1534
não foram encontradas em nenhum outro website.
Pesquisa mostra que Jardim Botânico do Rio é espaço ecológico e refúgio
urbano no Rio para conservação de polinizadores, como abelhas
O arboreto do Jardim Botânico do
Rio de Janeiro é um importante espaço ecológico na Cidade do Rio de Janeiro e
funciona como refúgio urbano para os polinizadores, principalmente abelhas. A
afirmação é dos biólogos Alexandra Aparecida Gobatto, da Escola Nacional de
Botânica Tropical do JBRJ, Lucas Soares Chagas e Raphael de Souza Pereira,
autores da pesquisa intitulada “É o arboreto do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro hotspot urbano para os polinizadores?”
No trabalho, publicado na última
edição da revista Biodiversidade, da Universidade Federal de Mato Grosso, os
pesquisadores ressaltam que os espaços verdes das cidades podem desempenhar o
papel-chave de refúgios ecológicos e darem suporte para a conservação de
polinizadores.
Vale lembrar que as abelhas são
importantes agentes de transporte de pólen e fecundação das flores, etapa
fundamental para a produção de frutos e vêm sofrendo “um trágico declínio
populacional na última década”, de acordo com eles.
3 de setembro de 2021 - Dia do Biológo
O Jardim Botânico do Rio de
Janeiro parabeniza os profissionais que se dedicam ao conhecimento da vida em
todas as suas formas!
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