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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Crise hídrica e energética: especialista aponta as formas de driblar as bandeiras tarifárias

                                                                  Imagem: Blog da Intelbras

Robmilson Simões Gundim professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Cruzeiro do Sul analisa o sistema fotovoltaico e avalia a energia solar como um bom investimento

Devido a crise energética e hídrica que o Brasil enfrenta, recentemente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) oficializou a criação da Bandeira Escassez Hídrica, que substitui a Bandeira Vermelha 2. Com isso, a partir de setembro o valor da conta de energia passou a ser de R$ 14,20 a cada 100 kWh.

Mas afinal, o que são essas bandeiras tarifárias? Segundo a ANEEL, trata-se de um sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O funcionamento é simples: as cores das Bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade. Com as Bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.

Segundo Robmilson Simões Gundim professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Cruzeiro do Sul, essa medida é reflexo do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que correspondem por mais da metade da capacidade de geração do País.

“No inverno geralmente chove pouco e naturalmente reduz a quantidade de água nos reservatórios das hidrelétricas. Somado a isso tem-se o fato das mudanças climáticas causadas pela própria forma de sobrevivência e modelo de sociedade atual. Por isso, a necessidade e estímulo ao desenvolvimento de uma cultura voltada à uma matriz energética cada vez mais diversificada torna-se imprescindível”, explica o professor.

A atual bandeira estará em vigor até abril de 2022 e a economia neste momento é inevitável, tanto em relação aos orçamentos mensais, como nos desdobramentos e impactos da crise hídrica. Diante disso, o Engenheiro Robmilson aponta pequenas mudanças no dia a dia que podem ajudar na economia.

“Mudar hábitos não é fácil, mas banhos com tempos reduzidos é uma dica de ouro. Para auxiliar, o uso de cronômetro do celular estabelecendo um tempo máximo, por exemplo 6 min ou no tempo que considerar adequado, desde que seja um tempo menor do que o habitual. Outra dica, caso tenha freezer ou geladeira extra em subutilização, mantenha-o desligado e/ou ligue-o somente quando e se necessário. E a terceira sugestão é utilizar lâmpadas LED ao invés de lâmpadas incandescentes e halógenas”.

O especialista ainda aponta que quanto às alternativas para redução do consumo de energia elétrica, considerando o aquecimento de água um dos maiores pontos de consumo, uma das alternativas é a utilização do sistema denominando termosolar. No entanto, considerando todas as cargas elétricas, a instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica já é uma solução viável atualmente.

Energia Solar – Sistema Fotovoltaico

A energia solar acaba ganhando ainda mais reconhecimento e uma estratégia para qualquer País. Para o especialista, o princípio de funcionamento de energia solar fotovoltaico está associado com a conversão de radiação solar em eletricidade. Isso se dá por meio das denominadas células solares fotovoltaicas, quando fótons presentes na luz se chocam com átomos de silício e provocam a movimentação de elétrons, as quais consequentemente geram eletricidade.

“A princípio qualquer casa pode receber esse sistema. Vale destacar que é muito importante analisar as condições da infraestrutura do telhado e das instalações elétricas. Devido a isso, o ideal é contratar empresas e profissionais especializados para que a instalação alcance os resultados esperados, atendendo aos requisitos legais e normas técnicas vigentes”.

Além de ser uma energia renovável e limpa, o professor destaca que com ela é possível reduzir o consumo de eletricidade de uma instalação elétrica em até 95%, pois realizando um levantamento do histórico de consumo da unidade residencial é possível estabelecer a quantidade de placas para suprir 100% do consumo. No entanto, não se pode deixar de levar em consideração que haverá, segundo a legislação vigente, a taxa de disponibilidade da rede que gira em torno de 5%.

“A energia solar é um investimento viável, pois o retorno se dá desde o início da operação e devolve todo o valor investido ao longo do tempo. Esse tempo varia conforme cada projeto. Vale a pena pesquisar sobre o sistema fotovoltaico”, conclui Robmilson Simões Gundim.

Robmilson Simões Gundim: possui graduação em Engenharia Elétrica, Especialização em Formação de professores para o ensino técnico, Mestrado em Engenharia Elétrica, Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e Doutorando em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis. Atualmente é Professor nos cursos de Engenharia e Coordenador dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Produção da Universidade Cruzeiro do Sul. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, Gerenciamento da Manutenção e Projetos e com atividades desenvolvidas em Pesquisa, Ensino e Extensão. Fundador da RSG Treinamentos e Serviços em Eletroeletrônica Ltda ME desde 2010, ampliou as atividades em 2018 iniciando a execução e implementação de projetos no setor solar pela G4SOL Energia Solar.

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Sobre a Universidade Cruzeiro do Sul - Há quase 50 anos atuando no ensino superior, a Universidade Cruzeiro do Sul conta com aproximadamente 110 mil alunos, distribuídos em cursos de Graduação, Pós-graduação lato e stricto sensu, a distância e presencial, nos campi Anália Franco, Liberdade, São Miguel, Paulista e o recém-inaugurado campus Santo Amaro. É reconhecida por sua forte atuação na área social e pelo destaque em vários indicadores oficiais nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Faculdade Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS) e Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.cruzeirodosul.edu.br

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