O Blog Companhia das Entrevistas conversa com o Jornalista Alexandre Ribondi, o assunto: o livro O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80, lançado recentemente em Brasília-DF. Boa leitura:
Blog: O livro O Sonho
Candango – Memória Afetiva dos Anos 80, que
foi lançado no dia 02 de maio de 2012, no Foyer da Sala Villa-Lobos do
Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, traz entrevistas, na sua opinião,
qual a sensação de registrar em livro uma história que conta com as suas tão
belas entrevistas?
Alexandre Ribondi: O processo de entrevista, que durou cerca de seis anos,
foi um reencontro com velhos amigos. Era questão de marcar o encontro, sentar e
bater papo recheado de lembranças, considerações e análises do que já havia
passado 30 anos antes. E sempre foi inevitável também fazer uma comparação
entre a Brasília de antes e a Brasília de hoje, que é cheia de qualidades, mas
que perdeu um certo compromisso com a ideia original.
Blog: Para os visitantes do Blog Companhia das Entrevistas,
que queiram adquirir o livro O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80 ,
como proceder?
Alexandre Ribondi: A edição é limitada, mas exemplares podem ser encontrados
na Dom Quixote (livrarias do CCBB e do Gilberto Salomão), no Café com Letras e
na Universidade de Brasília.
Blog: Podemos afirmar que a obra literária reúne fotos, teatro, música e cinema, que envolve a Candango Promoções Artísticas?
Alexandre Ribondi: Toda a produção da Candango Promoções Artísticas, na
primeira metade dos anos 80, está registrada no livro. São peças de teatro,
filmes, shows de rock e a criação da primeira sala de espetáculos independente
de Brasília, que foi o Teatro da ABO.
Blog: Cláudia Pereira, Romário Schettino e Cleber Almeida
possuem também participação no livro. Como podemos definir a experiência que a
sua pessoa teve em ajudar a lapidar este livro?
Alexandre Ribondi: Foi uma grande oportunidade reavaliar o meu projeto
pessoal, também. Meus primeiros trabalhos pessoais (com texto e direção meus,
em parceria com Marcos Bagno) foram produzidos por eles e, então, aproveitei o
fato de estar escrevendo um livro sobre os anos 80 e analisar, com o
distanciamento que 30 anos nos permitem o caminho que eu havia percorrido para
chegar ao que faço hoje. Portanto, pude entender a importância que teve o
espetáculo Crêpe Suzette - o Beijo da Grapette, por exemplo, que hoje é visto
como um dos pontapés iniciais do movimento besteirol no Brasil.
Blog: O livro O Sonho
Candango – Memória Afetiva dos Anos 80, pode ser considerado uma história que
não se perde mais no tempo?
Alexandre Ribondi: Não se perde mais no tempo, exatamente isso. O livro é
uma sacudida na poeira que cobre a memória, para que os anos 80 de Brasília
ressurjam com toda a sua importância e todo o seu brilho. Foi uma época
fundamental para a construção da cultura brasiliense, para a formação de
artistas, produtores e técnicos de cinema e de teatro. É por isso que o livro,
além de documento, é uma obra linda.