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terça-feira, 8 de maio de 2012

94. Jornalista Alexandre Ribondi / Livro O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80 /



O Blog Companhia das Entrevistas conversa com o Jornalista Alexandre Ribondi, o assunto: o livro O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80, lançado recentemente em Brasília-DF. Boa leitura:

Blog: O livro  O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80, que  foi lançado no dia 02 de maio de 2012, no Foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, traz entrevistas, na sua opinião, qual a sensação de registrar em livro uma história que conta com as suas tão belas entrevistas?

Alexandre Ribondi: O processo de entrevista, que durou cerca de seis anos, foi um reencontro com velhos amigos. Era questão de marcar o encontro, sentar e bater papo recheado de lembranças, considerações e análises do que já havia passado 30 anos antes. E sempre foi inevitável também fazer uma comparação entre a Brasília de antes e a Brasília de hoje, que é cheia de qualidades, mas que perdeu um certo compromisso com a ideia original.

Blog: Para os visitantes do Blog Companhia das Entrevistas, que queiram adquirir o livro O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80 , como proceder?

Alexandre Ribondi: A edição é limitada, mas exemplares podem ser encontrados na Dom Quixote (livrarias do CCBB e do Gilberto Salomão), no Café com Letras e na Universidade de Brasília.

Blog: Podemos afirmar que a obra literária reúne fotos, teatro, música e cinema, que envolve a Candango Promoções Artísticas?

Alexandre Ribondi: Toda a produção da Candango Promoções Artísticas, na primeira metade dos anos 80, está registrada no livro. São peças de teatro, filmes, shows de rock e a criação da primeira sala de espetáculos independente de Brasília, que foi o Teatro da ABO.

Blog: Cláudia Pereira, Romário Schettino e Cleber Almeida possuem também participação no livro. Como podemos definir a experiência que a sua pessoa teve em ajudar a lapidar este livro?

Alexandre Ribondi: Foi uma grande oportunidade reavaliar o meu projeto pessoal, também. Meus primeiros trabalhos pessoais (com texto e direção meus, em parceria com Marcos Bagno) foram produzidos por eles e, então, aproveitei o fato de estar escrevendo um livro sobre os anos 80 e analisar, com o distanciamento que 30 anos nos permitem o caminho que eu havia percorrido para chegar ao que faço hoje. Portanto, pude entender a importância que teve o espetáculo Crêpe Suzette - o Beijo da Grapette, por exemplo, que hoje é visto como um dos pontapés iniciais do movimento besteirol no Brasil.

Blog: O livro  O Sonho Candango – Memória Afetiva dos Anos 80, pode ser considerado uma história que não se perde mais no tempo?
  
Alexandre Ribondi: Não se perde mais no tempo, exatamente isso. O livro é uma sacudida na poeira que cobre a memória, para que os anos 80 de Brasília ressurjam com toda a sua importância e todo o seu brilho. Foi uma época fundamental para a construção da cultura brasiliense, para a formação de artistas, produtores e técnicos de cinema e de teatro. É por isso que o livro, além de documento, é uma obra linda.