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O Blog Companhia das Entrevistas conversa com a Banda Voz Eterna, a galera jovem católica que utiliza o rock para evangelizar, uma ideia brilhante, digna de muito sucesso, e eles vão lançar o primeiro CD, nesta entrevista, conversamos também sobre a música publicano. Boa leitura:
Blog: A Banda é composta por quatro integrantes : Filipe Silva
dos Santos (vocal), Emerson Rocha Dutra (baixo), Reginaldo Santos da Mota
(guitarra) e Wanderson Rocha Dutra (bateria). E aí, é bem mais fácil a harmonia
de um grupo quando a proposta é de levar a Palavra de Deus, vocês concordam?
Banda Voz Eterna: Sim. Como a proposta da banda é levar a palavra de Deus, não
há espaço para aparecermos. Todos os membros da banda tem consciência disso e
tentamos levar ao público a mensagem de Deus, fazendo com que Ele apareça.
Nesses cinco anos de caminhada a banda adquiriu maturidade técnica e espiritual
além da experiência tocando em diversos eventos. As divergências são
conversadas e resolvidas nas reuniões internas, onde entendemos, compartilhamos
e buscamos solução para os problemas de cada um.
Blog: Vocês utilizam o Rock para evangelizar através da música,
e o resultado é bom?
Banda Voz Eterna: A maior parte do público da banda é jovem. O rock na
juventude católica possui uma aceitação muito boa. Sabemos que é preciso ter
discernimento para tocarmos o que o cabe em cada ambiente. Não vamos tocar numa
missa o que fazemos num show, mas sempre mantemos nossa identidade independente
de onde estivermos. O nosso repertório também possui músicas mais calmas que
cabem em momentos de oração e reflexão.
Blog: Como foi a receptividade do público no show que aconteceu
no Hallel Novo Gama/GO em 2011?
Banda Voz Eterna: O Hallel Novo Gama/GO foi muito bom. Tocamos em dois módulos
e fomos muito bem recebidos pela equipe de organização e principalmente pelo
público que curtiu nosso som e a mensagem que transmitimos. Sempre fazemos um
momento de reflexão com oração no show e procuramos envolver o público nisso
para que ele sinta o amor de Deus refletido nas músicas. Também foi uma ótima
oportunidade para interagir com outras bandas e compartilharmos experiências.
Blog: Podemos afirmar que já são cinco anos de estrada e que a
banda está em estúdio para gravação do primeiro CD com músicas inéditas de
autoria própria?
Banda Voz Eterna: Sim. Todas as músicas do CD são inéditas. São composições
dos membros da banda e de amigos próximos. As letras são inspiradas em diversas
partes da bíblia e em situações vividas pela banda. Elas convidam o público à
reflexão, mostrando que a vida com Cristo sempre vale a pena.
Blog: No dia 1º de maio de 2012, no dia de São José Operário,
vocês participaram de um show evangelizador na Capela São José, em Ceilândia
Norte, como foi esta experiência?
Banda Voz Eterna: A Capela São José sempre nos acolheu com carinho. Tocamos
nas missas da comunidade com o Pe Edson que sempre nos apoia e incentiva nosso
trabalho. O convite para o show mostra a confiança dada a nós e sabemos a
responsabilidade que temos ao tocar em um show na comunidade. O público foi bem
receptivo com a banda e nos acolheu já sabendo que iríamos tocar um rock de
Deus. A dinâmica do show começou com músicas mais fortes e com um peso maior,
seguido de outras mais tranquilas com momentos de oração e reflexão. Por fim
concluímos a apresentação com músicas mais agitadas levando o público à agitação.
Blog: Para os visitantes do Blog Companhia das Entrevistas, que
queiram agendar um show evangelizador com Banda Voz Eterna, como proceder?
Banda Voz Eterna: Simples. Basta acessar nosso site: www.vozeterna.com.br que
lá tem todas as informações para entrar em contato conosco. Também podem ligar
para o nº (61)8220-8926 para agendar com o nosso produtor Kilson (7dons
Produções e Eventos Católicos) e reservar uma data em nossa agenda.
Blog: Queremos também parabenizar o trabalho de vocês, na
música Publicano, qual a principal mensagem?
Banda Voz Eterna: A mensagem dessa música é uma reflexão da parábola do
fariseu e o publicano contada por Jesus em Lucas 18, 9-14. A letra retrata a situação
em que se encontra o publicano ao chegar ao templo. Ele se sente isolado,
distante e incapaz de oferecer algo de bom a Deus. Sua vida dá voltas em torno
do próprio ego, se perdendo num egoísmo que o torna isolado.
Ele se vê indigno de estar no templo e ao se comparar com o
fariseu, percebe que não pode ofertar nenhum feito ou gesto louvável ao Senhor.
Ele é uma pessoa sem crédito entre os judeus, diferente do fariseu que é
sacerdote e digno (aos olhos do povo) de estar no templo orando. O fariseu apresenta
ao Senhor todos os seus feitos (é honesto, paga o dízimo, faz jejum 2 vezes por
semana), mas o publicano nada tem a dizer ao Senhor em seu favor.
Ao meditar sobre sua vida de pecador público, ele se
encontra em meio a tantos problemas que tiram sua dignidade e o deixam à margem
da sociedade. Ele para à distância. Os erros passados vêm à tona e ele bate no
peito pedindo compaixão se reconhecendo como pecador.
O publicano, já à distância, não se atreve a elevar o olhar.
Daí, imagino que tenha olhado para o chão, como alguém que sente vergonha de
estar ali, num lugar santo. Seu histórico de vida não o permite qualquer
dignidade entre os homens, por isso ele recorre, suplica do fundo do seu
coração a misericórdia do Senhor.
Ele se sente tão indigno de estar no templo que nem se
atreve a levantar os olhos para o céu. Não consegue mais viver naquela situação
de exclusão e se reconhece pecador, bate no peito, pede compaixão. O
arrependimento e a oração feita do fundo do coração o aproximam de Deus. Ali
ele tem um encontro pessoal com o Senhor e se vê livre para seguir sua vida com
Deus. Ele se acha necessitado da graça divina, se conhece por inteiro e sabe de
suas necessidades pessoais nesse novo rumo a tomar na vida.
Por fim, essa parábola nos ensina que para Deus, não importa
a posição social que temos ou o que fazemos, o importante é aquilo que está em
nosso coração.