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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Saúde Pública // Estudantes fazem passeata contra o Aedes Aegypti na Vila São José



Estudantes fazem passeata contra o Aedes Aegypti na Vila São José
Objetivo foi sensibilizar moradores para a importância da prevenção. A região é uma das mais carentes de Brazlândia cidade com altos índices de dengue

BRASÍLIA (20/4/16) – Carregando faixas, cartazes e panfletos, cerca de 350 estudantes de três escolas de Brazlândia e do bombeiro mirim, promoveram uma passeata, em apoio a luta contra o Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O local escolhido foi a Vila São José, uma das regiões mais carentes da cidade, a manifestação percorreu 12 quadras, incluindo a avenida central.

A ação foi uma iniciativa da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Caesb e Departamento de Trânsito.

"Muita gente está adoecendo e morrendo por causa desse mosquito, então, temos que contribuir com essas ações. Meu pai teve dengue no ano passado. Por isso, na minha casa, quase todos os dias faço vistoria para eliminar a água parada", contou Rayssa Soares, 11 anos, que cursa o 6º ano no Centro de Ensino Fundamental 3.

Outra aluna, Vitória dos Santos Martins, 11 anos, que estuda na mesma unidade que Rayssa, garante que não deixa de fazer a lição de casa para combater o mosquito. "Vistorio não só a minha casa, mas também a escola. Sei da importância de retirar todos os criadouros. Também converso sobre isso com a minha mãe, que fica mais tempo em casa, para não deixar de monitorar", afirmou.

Outras escolas que participaram foram o Centro de Ensino Infantil 2 e a Escola Classe 9. Reunidos ao grupo, eles passaram pelas quadras 45 a 48, 55 a 58, e 35 a 38. "Faço o possível para combater o mosquito. Sempre viro os recipientes que tem água parada. Dispenso plantas com pratinhos com água para não deixar o mosquito nascer", garantiu a moradora e comerciante da Vila São José, Luzinete Maria Moraes, 48 anos.

"Com o apoio dos alunos, estamos tentando comover a população para que eles também participem dessa nossa empreitada de combate à dengue. Sem a ajuda da população, fica mais difícil combater o mosquito", disse o chefe da Vigilância Ambiental de Brazlândia, Alessandro dos Santos, ao reforçar que os agentes de vigilância ambiental e comunitários de saúde continuam rotineiramente realizando a visita em imóveis, bem como fazendo a aplicação de larvicida e inseticida.

As escolas da região também promovem outras ações educativas, em parceria com a Secretaria de Saúde, sobre a prevenção à dengue, como apresentações teatrais e distribuição de folders. O coordenador da Regional de Ensino de Brazlândia, professor Janduy Procópio, também conta que as escolas atuam ativamente para combater o problema.

"Desde que as aulas começaram, foi lançado o dia letivo temático sobre o uso adequado da água, com foco na sensibilização dos estudantes sobre o combate ao mosquito, inclusive, com produção de cartazes sobre o assunto", disse.
Segundo o gerente de Áreas Programáticas (Gaps), Paulo Ricardo Cardoso, a iniciativa será repetida com outras escolas. A previsão é de que a segunda edição ocorra entre maio e junho.

ESTATÍSTICAS - De janeiro a 16 de abril, foram registradas 10.376 caos de dengue no Distrito Federal, segundo o Informativo Epidemiológico nº 16, divulgado nesta quarta-feira (20) pela Secretaria de Saúde.

Brazlândia permanece com a região administrativa com o maior número de casos. São 1.673 casos, ou seja, 16% do total. Em segundo lugar, está Ceilândia, com 1.154 registros e, em terceiro, São Sebastião, com 955.