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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Pesquisa revela: botos podem emitir cerca de 14 tipos de sons, incluindo assobios.

 

Estudo analisa sons dos botos-vermelhos isolados há mais de 30 anos no Amazonas

No Amazonas, pesquisadores estão estudando o comportamento vocal de botos-vermelhos que vivem isolados há mais de 30 anos em um reservatório no lago de Balbina, que fica no município de Presidente Figueiredo, distante 107 Km de Manaus.

Usando hidrofones e gravadores, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) registraram vocalizações desses animais, que serão analisadas e comparadas com o som emitido por populações de botos que vivem fora no lago. A ideia é verificar se há diferenças entre eles.

De acordo com a pesquisadora Vera da Silva, que coordena o estudo, botos podem emitir cerca de 14 tipos de sons, incluindo assobios.

A frequência desses sons podem variar, dependendo do tipo de comportamento dos animais e podem ser tanto agressivas, quanto de socialização.

“Usamos uma voadeira para os deslocamentos e para encontrar os botos e registrar os sons. Uma vez que os animais são localizados, nos aproximamos em baixa velocidade e o motor é desligado. Em sequência, um hidrofone é colocado na água para captar as ondas sonoras (sons produzidos), que são registradas em um gravador digital acoplado ao hidrofone e depois analisados”, detalhou.

Os estudos já são feitos há cerca de 10 anos no lago de Balbina. A última expedição feita pelos pesquisadores foi realizada em agosto desse ano.

Nela, a equipe também tem a expectativa de quantificar os botos que vivem na região. Vera conta que o processo de captação dos áudios é minucioso.

“Até o momento, foram feitas gravações somente dentro do reservatório de Balbina e registrados complexas estruturas e combinações de tipos de sons produzidos pelos botos, corroborando com estudos feitos em outras regiões e revelando a complexidade do repertório sonoro destes golfinhos. As próximas etapas são para coletar e analisar os sons da população de botos que fica a jusante da barragem e verificar se existem possíveis diferenças entre as populações das duas áreas estudadas”, explicou.

Da Redação TN com informações do Dia a Dia Notícias e g1 AM.

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