Farmácia Viva produziu 25 mil fitoterápicos em 2016
Folha de Brasília, 28/12/2016
Fonte: http://folhadebrasilia.com/index.php/2016/12/27/farmacia-viva-produziu-25-mil-fitoterapicos-em-2016/
Número fabricado pela unidade da Secretaria de Saúde neste ano é 11,12% maior que em 2015. Remédios extraídos de plantas são alternativa para substituir medicamentos industrializados no tratamento de algumas doenças.
Em 2016, a Farmácia Viva da Secretaria de Saúde aumentou a produção dos fitoterápicos, medicamentos extraídos de plantas. De 1º de janeiro a 13 de dezembro de 2016, foram fabricadas 25.037 unidades, contra 22.252 em todo o ano de 2015, crescimento de 11,12% — ou 3.055 a mais.
Com eficácia atestada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), os fitoterápicos são uma alternativa para quem quer se tratar de alguma doença sem usar medicamento industrializado. Na lista da Farmácia Viva estão chás, xaropes, tinturas, pomadas e gel.
Os vegetais utilizados são: alecrim-pimenta, babosa, boldo, confrei, erva-baleeira, funcho e guaco. “A proposta é oferecer uma opção terapêutica importantíssima na promoção à saúde, que tem alicerce em conhecimentos tradicionais, mas referendada por estudos científicos”, destaca o chefe da Farmácia Viva, Nilton Luz.
Alguns fitoterápicos, segundo Luz, podem apresentar menores efeitos colaterais. “Devemos conhecê-los bem para a sua indicação ou prescrição”, esclarece. O xarope de guaco, que tem o nome científico de Mikania laevigata, é o mais procurado pelos pacientes.
Foram 14.263 unidades distribuídas. A solução serve como expectorante no tratamento de gripe, resfriado e infecções respiratórias que apresentam muco ou catarro. Para quem é diabético e não pode consumir açúcar, a farmácia fabricou 545 tinturas da planta e 177 pacotes para chá de guaco.
Com 3.921 unidades, em segundo lugar na produção, está o gel de erva-baleeira (Cordia verbenacea), um anti-inflamatório tópico usado para tratar infecções locais. Já a tintura de boldo nacional (Plectranthus barbatus), própria para desconforto digestivo, ficou em terceiro lugar, com 2.348 itens.
Na mesma linha do boldo, a tintura de funcho é uma alternativa para gases estomacais. Já o gel de alecrim-pimenta é indicado para tratamento de infecções causadas por fungo e bactéria na pele. Para auxiliar na cicatrização de feridas, há ainda a pomada ou o gel de confrei e o de babosa.
As plantas são cultivadas de forma orgânica na própria Farmácia Viva, no Riacho Fundo I, e nos terrenos do Complexo Penitenciário da Papuda e do Centro Nacional de Recursos Genéticos, parceiros do projeto.
Após a colheita, as ervas são selecionadas, secadas em estufa e trituradas até se transformarem em pó. Com esse material, é feita a extração da tintura ou extrato com álcool. A exceção é a babosa, usada fresca para produção do gel cicatrizante.
Os fitoterápicos são entregues mediante apresentação de receita prescrita pelos médicos nas unidades básicas de saúde. Os remédios podem ser obtidos em 20 locais diferentes, em 12 regiões administrativas: Candangolândia, Brazlândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riachos Fundos I e II, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho e Taguatinga.
Produção de fitoterápicos da Farmácia Viva de Brasília em 2016
FITOTERÁPICO | QUANTIDADE |
Xarope de guaco (Mikania laevigata) | 14.263 |
Gel de erva-baleeira (Cordia verbenacea) | 3.921 |
Tintura de boldo nacional (Plectranthus barbatus) | 2.348 |
Gel de babosa (Aloe vera) | 1.841 |
Gel de alecrim-pimenta (Lippia origanoides) | 1.076 |
Gel de confrei (Symphytum officinale) | 695 |
Tintura de guaco | 545 |
Chá medicinal de guaco | 177 |
Tintura de funcho (Foeniculum vulgare) | 171 |