Droga promove limpeza de proteínas indesejáveis nas células cerebrais (Imagem: microgen/envato)
Brasília-DF
9/junho/2021
André Nogueira
O
que você acha de uma droga experimental capaz de reverter os principais
sintomas do Alzheimer? Pois é justamente essa a descoberta dos pesquisadores da
Albert Einstein College of Medicine. Na prática, esse medicamento funciona como
uma espécie de mecanismo de limpeza, que elimina proteínas indesejadas das
células cerebrais.
Esse processo de limpeza das
células é conhecido como CMA (autofagia mediada por chaperona), e se torna
menos eficiente à medida que a pessoa envelhece, aumentando o risco de que
proteínas indesejadas se acumulem, danificando as células.
Acontece que o Alzheimer é
caracterizado justamente pela presença de proteínas tóxicas no cérebro. Esse
novo estudo revela uma interação dinâmica entre o CMA e a doença, e sugere que
as drogas para acelerar o CMA podem oferecer esperança para o tratamento de
doenças neurodegenerativas.
Os pesquisadores fizeram o estudo
com camundongos, atribuindo neurônios cerebrais sem CMA. A ausência de CMA em
um tipo de célula cerebral foi suficiente para causar perda de memória de curto
prazo e até dificuldade de locomoção.
Com isso, a equipe desenvolveu
um novo medicamento que mostra potencial para o tratamento de Alzheimer. Essa
droga revitaliza a eficiência do CMA ao aumentar os níveis de seus principais
componentes. Os pesquisadores testaram essa droga em camundongos, e as doses
orais administradas ao longo de 4 a 6 meses levaram a melhorias na memória,
depressão e ansiedade. A capacidade de locomoção melhorou significativamente, e
houve uma redução dos aglomerados de proteínas indesejáveis.
Da Redação TN com informações da Science Daily, https://canaltech.com.br/ e microgen/envato.
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