Na sexta-feira (25), cientistas
da Universidade de Oxford divulgaram resultados preliminares de um estudo que
está em análise pela revista "The Lancet". A pesquisa apontou que
combinar doses da vacina da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer, a chamada
intercambialidade, e com intervalos variáveis induz uma boa resposta do sistema
imune contra a doença. De modo geral, as conclusões foram que as combinações
com a vacina da Pfizer (seja Pfizer + AstraZeneca ou AstraZeneca + Pfizer)
geravam níveis de anticorpos mais altos do que a duas doses de AstraZeneca.
Mas a resposta imune celular mais
alta foi gerada na combinação AstraZeneca + Pfizer (veja detalhes mais abaixo).
Vale lembrar que a determinação da Prefeitura do Rio não está prevista no Plano
Nacional de Imunizações (PNI) e, portanto, ainda não é uma recomendação do
Ministério da Saúde a todos os estados.
Em síntese, os cientistas consideraram
que, "dadas as associações estabelecidas entre as respostas humorais [de
anticorpos] e a eficácia da vacina," os resultados indicaram que os dois
esquemas de vacinas diferentes – fossem AstraZeneca + Pfizer ou Pfizer +
AstraZeneca – eram, provavelmente, "altamente eficazes", e poderiam
ser considerados, em algumas circunstâncias, em programas nacionais de
vacinação. Além disso, uma pesquisa anterior feita na Espanha também apresentou
resultados positivos na combinação das vacinas. Resultado é bem-vindo, mas
requer cautela.
Para a professora de imunologia
Deborah Dunn-Walters, da Universidade de Surrey, no Reino Unido, os resultados
da pesquisa são bem-vindos.
“Mostra que todas os esquemas
possíveis envolvendo a AstraZeneca/Oxford e a Pfizer/BioNTech geram uma forte
resposta imunológica contra Covid-19", declarou a cientista ao Science
Media Centre, agência de notícias independente sobre ciência no Reino Unido.
"Embora esperemos mais dados
sobre as doses administradas com 12 semanas de intervalo [como é feito no
Brasil e no Reino Unido], misturar essas duas vacinas não só parece ser seguro,
mas pode dar uma resposta imunológica mais elevada do que os regimes de dosagem
padrão em que a primeira e a segunda doses da vacina são iguais", pontuou
Dunn-Walters.
Com informações do G1 e Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário