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terça-feira, 29 de junho de 2021

Estudo diz que combinar AstraZeneca e Pfizer induz boa resposta imune; veja o que dizem especialistas

 


Na sexta-feira (25), cientistas da Universidade de Oxford divulgaram resultados preliminares de um estudo que está em análise pela revista "The Lancet". A pesquisa apontou que combinar doses da vacina da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer, a chamada intercambialidade, e com intervalos variáveis induz uma boa resposta do sistema imune contra a doença. De modo geral, as conclusões foram que as combinações com a vacina da Pfizer (seja Pfizer + AstraZeneca ou AstraZeneca + Pfizer) geravam níveis de anticorpos mais altos do que a duas doses de AstraZeneca.

Mas a resposta imune celular mais alta foi gerada na combinação AstraZeneca + Pfizer (veja detalhes mais abaixo). Vale lembrar que a determinação da Prefeitura do Rio não está prevista no Plano Nacional de Imunizações (PNI) e, portanto, ainda não é uma recomendação do Ministério da Saúde a todos os estados.

Em síntese, os cientistas consideraram que, "dadas as associações estabelecidas entre as respostas humorais [de anticorpos] e a eficácia da vacina," os resultados indicaram que os dois esquemas de vacinas diferentes – fossem AstraZeneca + Pfizer ou Pfizer + AstraZeneca – eram, provavelmente, "altamente eficazes", e poderiam ser considerados, em algumas circunstâncias, em programas nacionais de vacinação. Além disso, uma pesquisa anterior feita na Espanha também apresentou resultados positivos na combinação das vacinas. Resultado é bem-vindo, mas requer cautela.

Para a professora de imunologia Deborah Dunn-Walters, da Universidade de Surrey, no Reino Unido, os resultados da pesquisa são bem-vindos.

“Mostra que todas os esquemas possíveis envolvendo a AstraZeneca/Oxford e a Pfizer/BioNTech geram uma forte resposta imunológica contra Covid-19", declarou a cientista ao Science Media Centre, agência de notícias independente sobre ciência no Reino Unido.

"Embora esperemos mais dados sobre as doses administradas com 12 semanas de intervalo [como é feito no Brasil e no Reino Unido], misturar essas duas vacinas não só parece ser seguro, mas pode dar uma resposta imunológica mais elevada do que os regimes de dosagem padrão em que a primeira e a segunda doses da vacina são iguais", pontuou Dunn-Walters.

Com informações do G1 e Agência Brasil.


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