Especialista tira dúvidas sobre fontes
de financiamento para as empresas
de financiamento para as empresas
Marcos Sarmento Melo é mestre em Administração Financeira e usa sua experiência para ajudar gestores a investirem em seus negócios
Brasília, 15 de julho de 2016 – Abrir outras unidades, expandir por meio da franchising, aumentar o mix de produtos ou serviços, diversificar os canais de vendas, e até a compra de uma empresa concorrente. Todas requerem o conhecimento dos gestores à frente dos negócios no momento de escolher as fontes de financiamento mais adequadas para a empresa, por mais completas que sejam as opções apresentadas pelo mercado.
Antes de investir, no entanto, é preciso avaliar se a empresa já possui projetos de crescimento bem desenhados, com orçamentos definidos e uma estimativa dos recebimentos.
“Em geral, os gestores de empresas passam mais tempo resolvendo problemas do que estudando meios de conquistar mercado. Evidentemente, todos os problemas precisam ser resolvidos, só que se o gestor não dispuser de tempo para pensar no futuro, todos os esforços da equipe terão por finalidade somente a sobrevivência da empresa”, explica Marcos Sarmento Melo, sócio-diretor da Valorum Gestão Empresarial e mestre em Administração Financeira.
Com a orientação do especialista em finanças de empresas, formulamos cinco perguntas e respostas que ensinam como escolher as fontes de financiamento para a empresa expandir de forma segura.
1) Quando buscar recursos externos?
O momento para crescer não se descobre, portanto, deve ser criado pelo gestor. Nessa hora, a empresa pode buscar recursos externos de forma planejada.
2) Onde buscar recursos financeiros para alavancar o negócio?
O Brasil possui uma das maiores taxas básicas do mundo. Com isso, qualquer empréstimo bancário ou mesmo parcerias com fornecedores ficam muito caros.
Para reduzir esse problema, o governo concede crédito às empresas com taxa de juros subsidiadas por meio do BNDES e dos fundos regionais de financiamento (FCO, FNO e FNE).
A empresa deve evitar a busca por qualquer tipo de recurso financeiro de terceiros que não esses dois. Quando a empresa recorre às linhas de crédito pré-aprovadas, como as linhas de capital de giro e cheque especial, está provavelmente destruindo valor do negócio.
3) Como decidir quanto dinheiro preciso captar?
O cálculo do valor a requerer é feito ainda na fase de planejamento do investimento. A empresa precisa ter sempre uma lista de projetos a realizar para promover sua expansão no mercado. Cada projeto deve detalhar o quê e quanto será necessário gastar para cada item, além da estimativa de recebimentos do projeto.
Em seguida, deve-se relacionar quais gastos de cunho operacional (salário, aluguel, energia, entre outros) a empresa vai precisar cumprir para que o projeto ganhe capacidade própria de manutenção. Só depois que todos os valores estiverem listados e os projetos definidos é que o gestor conhece o quanto de recursos solicitar às instituições financeiras.
4) Qual o melhor tipo de investimento para a minha empresa?
O melhor investimento é aquele decorrente do planejamento estratégico, dentro da operação da empresa e que já se tenha estudado possuir rentabilidade (viabilidade) adequada.
Os investimentos feitos em outras operações que não as diretamente relacionadas com o ramo da empresa tendem a diminuir a rentabilidade geral. Convém tomar muito cuidado com as oportunidades de aplicação em outras áreas de atuação. Se elas ocorrerem, deve-se questionar se sua empresa está realmente no melhor ramo que poderia atuar.
5) O que esperar do investidor e o que ele espera de você?
Quando os recursos são provenientes de um investidor institucional, um anjo ou venture capitalist, o que ele espera da empresa é evidentemente remuneração pelo dinheiro aplicado.
O investidor estará mais propenso a aplicar maiores somas de recursos na medida em que percebe que a empresa está organizada, com um planejamento estratégico bem definido, investimentos na operação mensurados e controlados e informação sobre o desempenho financeiro.
Nesse sentido, a empresa pode preparar um controle de fluxo de caixa em planilha ou sistema semelhante para repassar ao investidor o cumprimento das ações programadas e os resultados obtidos.
A vantagem de possuir um sócio à distância é que ele poderá visualizar as circunstâncias da empresa com isenção para melhor perceber os caminhos a tomar de modo a potencializar o crescimento do negócio.
6) Quais dicas você daria para escolher as fontes de financiamento adequadas para a empresa?
Cada fonte de financiamento possui características diferentes. A escolha de quais fontes são as adequadas dependerá primeiramente das características dos investimentos que se pretenda fazer.
Se o investimento possuir baixa rentabilidade para a empresa, deve-se buscar fontes de financiamento com baixo custo, mesmo que se tenha que assumir maior risco. Se o investimento possuir baixa liquidez, deve-se procurar por fontes de longo prazo para quitar o empréstimo.
O importante é se manter informado sobre quais são as fontes de financiamento disponíveis e não se deixar levar pela facilidade de obter o crédito antes de conhecer todas as possibilidades.
Sobre a Valorum - A Valorum foi o caminho natural de pesquisadores e professores universitários, estudiosos de temas complexos em administração, e que eram chamados para prestar atendimento eventual a empresas de Brasília. Desde 2005, a marca busca ser um tipo diferente de empresa de consultoria empresarial. O desafio assumido foi o de levar a alta capacitação técnica do corpo de consultores, geralmente acessível somente a empresas large corporate, para aquelas de menor porte, incluindo as microempresas. Ao longo do caminho, a Valorum tornou-se uma empresa de inteligência em gestão empresarial, cujos serviços refletem o cuidado em ajudar a aprimorar continuamente as práticas gerenciais dos parceiros.