Olá visitantes do blog "companhia das entrevistas", hoje, dia 20 de novembro de 2011, tivemos a oportunidade de conversar com Hudson Cunha da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, o blog desenvolveu com o entrevistado o conteúdo relacionado com cultura no contexto da atualidade que envolve a criatividade e a qualidade dos produtos culturais.
Acompanhem a entrevista na íntegra:
Blog: Na sua opinião, atualmente o que falta nas letras das músicas que fazem sucesso nas rádios?
Hudson Cunha: "Amor" na hora de compor a música.
Blog: Na época da repressão, nos anos 60 e 70 principalmente, os compositores eram mais criativos?
Hudson Cunha: Na minha opinião eram mais criativos sim. Pois tinham um contato pessoal, hoje nossa sociedade está cada vez mais individualista e não temos tantas histórias para contar.
Blog: O fator pressão interfere no processo criativo do artista?
Hudson Cunha: Certo que é um trabalho, tem que se fazer com rapidez. Mas esta pressão interfere na hora de compor uma música.
Blog: E a indústria cultural,ela precisa rever os conceitos que geram a falta de música de boa qualidade?
Hudson Cunha: É preciso sim, rever o que é produzido. Pois a industria cultural não está preocupada com qualidade, mais vender seu produto em grandes quantidades.
Blog: Já tive a oportunidade de assistir uma interpretação sua de uma música no Encontro de Comunicação e Cultura, e aí, qual a sua inspiração na hora de interpretar?
Hudson Cunha: O que me inspira são as composições das décadas de 70 e 80, pois são criativas e inteligentes e elas falam comigo.
Blog: Qual a sua sugestão para os iniciantes da área musical, no que diz respeito ao fato da elaboração de boas letras, qual o melhor poço para tirar água?
Hudson Cunha: O melhor poço para tirar água é a "leitura".
Blog: E a poesia, é verdade que "enquanto houver burguesia não vai haver poesia", como afirma o grande poeta Cazuza?
Hudson Cunha: Verdade, verdadeira! É que certo a “democracia” em nada respeita as opiniões, sendo apenas um jogo criado para que uma classe domine a outra através do monopólio da violência e imponha seus interesses, através da mídia e da economia a serviço da burguesia.