Imagem: Divulgação
Arquivo Nacional, tombado em 1938, começa obras contra incêndios.
A reforma do Arquivo Nacional visa a reforçar o sistema anti-incendio e proteger o patrimonio histórico do edifício, que completou 183 anos de construção.
A sede do Arquivo Nacional passa por obras de prevenção e combate a incêndios. As mudanças são voltadas para a preservação do conjunto arquitetônico tombado e dos demais prédios que compõem o complexo na Praça de República, para a proteção do acervo sob a guarda da instituição e dos trabalhadores e visitantes.
A reforma visa a cumprir as exigências do Corpo de Bombeiros do Estado e está sendo custeada com recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao qual o Arquivo Nacional é subordinado. O valor estimado para as obras é de 7,8 milhões, e elas devem se estender até o fim do ano.
Reforma Arquivo Nacional
Sistema anti-incêndio será instalado para proteger documentos (foto: divulgação)
Documentos da História do Brasil
A tragédia do Museu Nacional, em 2018, quando as chamas destruíram o maior acervo de antropologia e história natural da América Latina, reacendeu o alerta quanto à conservação e risco de incêndio em construções antigas.
A última reforma nos edifícios neoclássicos do Arquivo Nacional, que completou 183 anos, foi em 2004. O edifício principal é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por meio de tombamento, desde 1938.
As obras no Arquivo Nacional são medidas emergenciais de modernização do sistema existente e instalação de novos equipamentos. As mudanças concentram-se no bloco onde está a maior parte do acervo histórico, com documentos sobre Lei Áurea, autos da Inconfidência Mineira, acervos da Casa Edison e da extinta TV Tupi e outras peças históricas.
O prédio também preserva documentos importantes enviados pelos órgãos federais e cópias digitais produzidas para facilitar o acesso dos solicitantes.
Reforma Arquivo Nacinal
Hidrantes instalados na cobertura (foto: divulgação)
Arquivo Nacional moderniza sistema anti-incêndio
O projeto inclui a instalação de hidrantes de recalque, que conduzem a água da rede externa para dentro do complexo, sinalização de emergência, proteção, além de uma escada de emergência externa ao edifício de oito andares, com fundação de 37 metros de profundidade.
Segundo Mariana de Almeida, líder da Equipe de Engenharia, as restrições sanitárias de contenção da pandemia, de alguma forma, contribuíram para a execução das obras. “Com muitos dos funcionários em trabalho remoto, o acesso às áreas administrativas e depósitos foi facilitado, assim como a de parte do estacionamento para os contêineres das obras”, explicou.
Com informações do Diário do Porto.
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