O mestre em finanças Marcos Sarmento Melo esclarece dúvidas sobre o
sistema
Brasília, 7 de novembro de 2016 - Uma alternativa saudável para a
captação de recursos pelas empresas é estimular o mercado de capitais. O
ambiente favorável para entidades e investidores realizarem transações
financeiras de financiamento, hedge (proteção das operações financeiras com
exposição a grandes variações de preços) ou aplicação, proporciona um grande
impulso para o crescimento econômico do país.
“O mercado de capitais é o
principal ambiente onde as empresas apresentam os investimentos que pretendem
fazer, cuja finalidade é atrair investidores para a compra de títulos e, dessa
forma, obter recursos para que tais projetos sejam viabilizados. Essas empresas
normalmente buscam oportunidades de investimento para a construção de fábricas,
pesquisas e o desenvolvimento de novos produtos. A ideia é sempre atender às
necessidades do público e, consequentemente, aumentar seus resultados”, opina
Marcos Sarmento Melo, mestre em Finanças e sócio-diretor da Valorum Gestão
Empresarial.
Para que um projeto de investimento
seja viável financeiramente, é preciso que dele se espere rentabilidade a uma
taxa superior à SELIC. Como a SELIC é há muito mantida em níveis elevados,
poucos projetos se tornam viáveis para que as empresas tenham interesse em
investir.
“Se não há interesse financeiro
no Brasil para se fazer investimentos de longo prazo, o país para. A fim de
evitar esse transtorno, o governo concede crédito com taxas mais baratas para
as empresas. É claro que é importante que o governo possibilite condições para
que as empresas tenham acesso aos recursos, mas é preciso esclarecer que a
maior parte dos juros são pagos pela população. A solução do problema está em
reformas da economia, principalmente equilíbrio fiscal, e no estímulo ao
crescimento do mercado de capitais”, explica o especialista.
O mercado financeiro pode ser
classificado em quatro tipos:
Mercado cambial: operações
envolvendo compra e venda de moedas estrangeiras;
Mercado de crédito: operações
bancárias de empréstimos;
Mercado monetário: geralmente
operações de curto prazo;
Mercado de capitais: geralmente
operações de longo prazo.
As empresas e órgãos públicos
podem emitir títulos no mercado de capitais para atender a dois tipos de
objetivos:
- Realizar investimento
programado, ou;
- Melhorar condições de
empréstimo anterior:
1) Diminuindo o custo de dívida
anterior. Ao lançar novos títulos com taxas de juros mais baixas do que os
títulos anteriores ou empréstimos existentes, e usando-os para quitar os
compromissos mais antigos, a empresa passa a pagar menos juros daí para frente;
2) Alongando o prazo de dívida
anterior. Ao lançar novos títulos com prazo de pagamento superior aos títulos
ou empréstimos anteriores e usando os recursos recém captados para quitar os
antigos.
Os títulos lançados por
empresas podem ser:
Ações: títulos
representativos da propriedade da empresa;
Notas comerciais: títulos
de prazo menor representativo de dívida da empresa;
Debêntures: títulos de
dívida de maior prazo que movimenta maior volume de recursos.
As principais linhas de
crédito que o governo deixa à disposição das empresas são:
As linhas do BNDES,
cujos recursos são preponderantemente advindos do Tesouro Nacional (dinheiro
dos impostos da população);
As linhas dos Fundos
Constitucionais de Financiamento regionais (FCO, FNO e FNE), cujos
recursos são provenientes de percentuais arrecadados dos impostos IR e IPI;
As linhas do PROGER,
cujos recursos são provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que
são proporções recolhidas junto com o INSS pago pelas empresas.
Fonte: Marcos Sarmento Melo
Sobre a Valorum - A Valorum foi o caminho natural de pesquisadores
e professores universitários, estudiosos de temas complexos em administração, e
que eram chamados para prestar atendimento eventual a empresas de Brasília.
Desde 2005, a Valorum busca ser um tipo diferente de empresa de consultoria
empresarial. O desafio assumido foi o de levar a alta capacitação técnica do
corpo de consultores, geralmente acessível somente a empresas large corporate,
para aquelas de menor porte, incluindo as microempresas. Ao longo do caminho, a
Valorum tornou-se uma empresa de inteligência em gestão empresarial, cujos
serviços refletem o cuidado em ajudar a aprimorar continuamente as práticas
gerenciais dos parceiros.