Janine
Brito, diretora executiva da Ferragens Pinheiro, fala basicamente sobre o
momento
de cautela, em tom positivo
Brasília,
8 de novembro de 2016 - Se há alguma coisa que a Operação Lava Jato trouxe para
o Brasil foi a descentralização das grandes obras brasileiras, antes
concentradas nas mãos das maiores empreiteiras do país. Desemprego, juros altos
e restrição ao crédito foram os preços pagos pelo segmento da construção civil.
Apesar
dos meses de estagnação e crescimento zero, empresários da construção já veem
os primeiros sinais de melhoria no mercado. De acordo com pesquisa do Instituto
Fecomércio com apoio do Sebrae, em setembro, o segmento de materiais de
construção está no ranking dos que apresentaram maior crescimento no 9º mês do
ano, aproximadamente 1,95%.
“O
crescimento é pequeno, porém significativo. Num mundo escasso de boas
alternativas e pensamentos positivos, vale pensar fora da caixa e não se fechar
para as estratégias mais ousadas. A dica é só manter a cautela e uma permanente
vigília do quadro econômico, a fim de não colocar em risco a segurança
financeira da empresa”, sinaliza Janine Brito, diretora executiva da Ferragens
Pinheiro.
Ainda
segundo a empresária, é difícil mensurar o efeito Lava Jato nas empresas
construtoras do DF. “É muito cedo para se desenhar um resultado que não seja
decorrente da paralização das obras públicas e privadas na capital. Entendo que
o momento seja bastante propício à codificação de novas regras para as
prestações de serviços ao Estado, e aposto no significativo crescimento das
pequenas e médias construtoras em todo o território nacional”, comenta.
Janine
também alerta para as ameaças, “é sempre bom considerar que há margem de risco
para qualquer das partes, seja pública ou privada. A crise aponta tanto
oportunidades como dificuldades, especialmente no âmbito financeiro, que é o
centro nervoso de todos os negócios”, diz.
Qualificação
de trabalhadores a partir de 2017 – Outra notícia boa é que o Distrito Federal
terá de qualificar cerca de 190 mil trabalhadores em ocupações industriais nos
níveis técnico, superior e de qualificação entre 2017 e 2020. Uma das áreas que
deve demandar mais formação profissional no estado é a construção civil, são
pouco mais de 81 mil vagas.
“Com
conhecimento de causa, reconheço a importância de uma mão de obra qualificada
na indústria. Um profissional que se especialize após a conclusão do curso, e
tenha experiência prática, terá o nível de empregabilidade muito maior.
Possibilidades de aprendizado sempre funcionam como uma boa ferramenta de troca
entre empresa e funcionários”, garante Janine Brito.
Sobre a
Ferragens Pinheiro – Fundada em 1960, a empresa nasceu com o objetivo de
comercializar aço para a construção civil. De base familiar e pioneira na
capital, foi responsável por oferecer grande parte dos materiais para a
construção de Brasília. Atualmente, a empresa trabalha com um mix de mais de
dois mil produtos comercializados e industrializados. Localizada no Setor de
Indústrias de Brasília e Taguatinga, a loja possui moderna estrutura e serviços
diferenciados.