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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Leitura // Colunas // Digestivo Cultural

21 textos para o público apreciar uma boa leitura!!!!!!!

Colunas do Digestivo Cultural // http://www.digestivocultural.com/
1. Com quantos eventos literários se faz uma canoa?
Eventos literários. Estamos cheios deles. (Estamos com farta oferta.) Muitos eventos literários pipocam aqui e ali, por todo lado, como deveria sempre ser. De norte a sul, e em todos os pontos cardeais, é possível ouvir falar de eventos literários, com profusão de convidados, horários, temas. Embora tais eventos nem sempre apresentem novidades... Para que serve, então, um evento literário?
por Ana Elisa Ribeiro
2. Terna e assustadora realidade
As esculturas hiper-realistas de Patricia Piccinini são feitas com materiais como silicone e cabelos humanos. Isso seria o suficiente para uma comparação com as obras de Ron Mueck. Mas aqui damos um passo além, pois algumas das criaturas de Piccinini não são exatamente humanas. Algumas delas guardam a maior parte de nossos traços, outras, híbridas, são muito diferentes de tudo o que já possamos ter imaginado.
por Elisa Andrade Buzzo
3. De louco todos temos um pouco
Na capa de O alienista, numa antiga edição da editora Ática, o dedo acusador do personagem principal aponta para o leitor como se dissesse: "você é o louco; é você que quero prender nessa casa." É o que acontece com a leitura desse conto longo, quase uma novela, a qual coloco ao lado de outras "pequenas grandes" obras da literatura universal. Machado de Assis deixa uma dúvida no ar: será que somos loucos também?
por Cassionei Niches Petry
4. A coerência de Mauricio Macri
Em menos de quarenta e oito horas, Macri havia passado de guerrilheiro em favor das liberdades venezuelanas a tranquilo espectador do novo processo político daquele país. Maduro continuava no poder, os 'presos políticos' continuavam no poder, tudo continuava igual, exceto a constituição do Parlamento que todos esperavam que iria mudar. O que havia, de fato, mudado? Macri: um homem que quer olhar para a frente, arregaçar as mangas e trabalhar.
por Celso A. Uequed Pitol
5. Em 2016, pare de dizer que você tem problemas
Se há algo que eu recomendo fortemente, para o ano que se inicia, é que você pare de achar que tem problemas. "Mas por quê?", você poderia me perguntar. E minha resposta seria: "Porque as palavras têm força". Na verdade, não é preciso ser um especialista em neurolinguística para perceber isto. Basta lembrar de toda a sabedoria popular associada ao poder do pensamento positivo.
por Fabio Gomes
6. Hitler e outros autores
A primeira polêmica de 2016 já tem dono - e que dono. Adolf Hitler, e seu livro Mein Kampft (Minha luta), oferece todos os pré-requisitos e apelos midiáticos para protagonizar as infindáveis discussões polarizadas tão comuns no nosso tempo: pre conceito vs. politicamente correto; liberdade de expressão vs. discurso de ódio, extrema direita vs. extrema esquerda, regulação vs. livre mercado.
por Marta Barcellos
7. Cinema de Conflito e Entretenimento
Que horas ela volta? é um filme de conflitos, mostrando que somos uma sociedade segmentada onde os espaços de cada grupo social são bem definidos e que até para extrapolar essas fronteiras é preciso seguir alguma regra. Por outro lado, as doses de um cinema de entretenimento, que visa agradar ao espectador de maneira leve e com alguns momentos de bom humor e final feliz, se faz igualmente presente.
por Guilherme Carvalhal
8. Redescobrir as palavras, reinventar a vivência
A alteridade como viagem, a linguagem como descoberta, eis os dois núcleos de Sem Vista Para o Mar, obra de estreia da escritora Carol Rodrigues, considerada o melhor livro de contos do ano tanto pela Biblioteca Nacional quanto pelo prêmio Jabuti - neste último, tendo concorrido com nomes já estabelecidos como Sérgio Sant'Anna, João Ubaldo Ribeiro e Humberto Werneck.
por Duanne Ribeiro
9. Memorial de Berlim
No Memorial de Berlim, assisti a depoimentos de pessoas comuns que viveram aqueles anos. Por que não fugiram enquanto era tempo, enquanto havia apenas postos de controle, quando o trânsito entre leste e oeste ainda era possível? Porque é dificil deixar o lugar onde s e vive e eles não acreditavam que sua liberdade estivesse ameaçada. E assim adaptaram-se às novas ordens.
por Marilia Mota Silva
10. It's evolution, baby
Novembro terminou com o frisson da Black Friday. Milhares de pessoas se acotovelaram em shoppings, sedentos por produtos em promoção. Outros tantos deixaram um pouco de lado seus hobbies prediletos, como trocar insultos na internet, para buscar pechinchas em sites de venda. O canto da sereia para o ser humano moderno é um anúncio de desconto. Mesmo que seja a metade do dobro.
por Luís Fernando Amâncio
11. E não sobrou nenhum (o caso dos dez negrinhos)
Escrito em 1939, "O caso dos dez negrinhos" está, sem sombra de dúvida, entre o melhor de Agatha Christie. Uma história tão boa que acabou sendo adaptada ou simplesmente imitada dezenas de vezes, de filmes a episódios de "Uma família da pesada". Publicado dezenas de vezes, teve seu título mudado para "E não sobrou nenhum" para atender ao politicamente correto, mas continua fazendo enorme sucesso e sendo a demonstração cabal da habilidade de sua autora em construir tramas policiais.
por Gian Danton
12. No encalço do Natal
Estou no encalço do ônibus biarticulado iluminado. Há anos quero estar dentro dele e sentir o espírito de Natal em movimento pelas ruas da cidade. Aperto o passo, chego a correr e consigo alcançar sua porta. Afinal, este ônibus deve ter natu reza simpática e acolhedora, então talvez aguarde seus passageiros com certa doçura natalina.
por Elisa Andrade Buzzo
13. Notas confessionais de um angustiado (II)
Raimundo Carrero escreve que "o trabalho literário exige disciplina e método. Com rigor". Não tenho ambos, mas tento alcançá-los através dessas anotações diárias e pela obrigação de cumprir prazos de entrega impostos pela academia. Sobre as imposições acadêmicas, posso não ter o trabalho aceito da forma como está sendo levado. Sigo, porém, os conselhos do Carrero: "não acredito em escritor que não corra riscos."
por Cassionei Niches Petry
14. Estudo de uma tensão
O filósofo romeno Constantin Noica dizia que a filosofia só era possível na cidade, espaço do convívio com as pessoas nas ruas, no mercado, no vai-e-vem da experiência humana. Será difícil discordar deste ponto de vista. O problema é que a cidade, que cria as condições para o filósofo existir, não costuma simpatizar muito com ele. A gloriosa Atenas da Antiguidade, que gerou um Sócrates, foi a mesma que acabou por matá-lo, dando início a uma tensão que permanecerá no interior da cultura ocidental.
por Celso A. Uequed Pitol
15. As sobras completas, poesias de Jovino Machado
Jovino é um poeta do balacobaco. Sua poesia cria um espaço de diversão, nonsense e delírio que é raro entre a turma das letras. Coitado de quem espera aquela seriedade cozida em sofrimento, trauma ou perturbação emocional nos seu poemas. De romântico, o poeta só tem a verve boêmia. E essa verve (com sua filosofia de bar, não sisuda) está presente na maior parte de sua criação. Resumindo: Jovino está mais para Oswald de Andrade do que para Drummond e muito menos ainda para João Cabral.
por Jardel Dias Cavalcanti
16. Uma entrevista literária
Atualmente, não é difícil publicar. Existem editoras pequenas e autopublicação a baixo custo. O difícil é ser levada a sério, ser lida de verdade, conseguir algum tipo de inserção no ambiente e no mercado literário. Por isso insisti no caminho dos prêmios, antes de partir para a publicação por uma editora pequena. Com o Prêmio Sesc, obtive não só uma chancela como a publicação pela Editora Record, com distr ibuição nacional e tiragem de 2 mil exemplares - um luxo no Brasil, ainda mais para um livro de contos.
por Marta Barcellos
17. Os encontros dos estranhos
Onde foi mesmo que topamos? Num filme egípcio da mostra, numa ópera tupiniquim num teatro de bairro? Enquanto a maioria sai acompanhada e consome pipocas gigantes, litros de refrigerante, estamos assim, sozinhos, tranquilos, dialogando com nossos próprios olhos e seguindo nossa programação cultural com unhas e dentes. Parece que temos gostos culturalmente parecidos, mas não nos conhecemos e nunca conversamos - é melhor que continue assim.
por Elisa Andrade Buzzo
18. < font color='black'>O que não fazer em época de crise
Que o Brasil atravessa uma profunda crise econômica, não é novidade alguma, já há meses os noticiários deixam isto bem claro. Inclusive me surpreendi ao escutar, em pleno mês de setembro, um jingle de Natal tocando no som de uma grande loja de departamentos, em Salvador (ouvi certa vez que, quanto piores as vendas ao longo do ano, mais cedo as lojas canalizam a atenção do consumidor para as compras natalinas, consideradas o ápice do movimento anual).
por Fabio Gomes
19. A escrita boxeur de Marcelo Mirisola
Não adianta entrar no ringue achando que vai ganhar. Logo no primeiro round, o maior boxeador da literatura brasileira contemporânea, Marcelo Mirisola, vai esfacelar suas crenças, suas certezas, suas piegui ces, seu bom mocismo mental (ou padrão politicamente correto e burro), seu retardamento cultural, seu modus vivendi de anta... tudo vai cair na lona, e logo na primeira porrada. Como disse Aldir Blanc, "Mirisola não é odara" e se você enfrentá-lo "perderá os dentes".
por Jardel Dias Cavalcanti
20. Man in the Arena 100 (e uma história do Gemp)
O fato é que, desde 2010, o Leo e o Miguel criaram o maior acervo, em vídeo, sobre empreendedorismo, na internet, no Brasil. Começaram olhando para a câmera, do Mac do Leo, passaram pela Pto de Contato, onde eu gravei com eles, passaram pelo auditório da FIAP e, hoje, estão na Livraria Cultura do shopping Iguatemi. Com a chegada do número 100, a centésima edição do Man in the Arena, resolveram organizar um evento, de um dia inteiro, convida ndo todos os entrevistados que já passaram pelo programa.
por Julio Daio Borges
21. Os olhos brancos de Deus
Quem já não imaginou sua vida numa tela de cinema, com boa fotografia, roteiro perambulando pelas ruas brilhantes da cidade, acompanhando o escovar dos dentes e o amanhecer pessoal, com aspecto sutil de cinema nacional? Pois aquela calçada, se tivesse tido uma câmera instalada, teria acompanhado, registrado mesmo, meu crescimento, indo do colégio para a faculdade e de lá para o que mais se espera? Haveria um filme bruto, sem edição, com uma vida de passagem que eu mesma não sei, nem imagino, apesar de tê-la percorrido.
por Elisa Andrade Buzzo