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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Jornalismo Científico // Conservação da Amazônia.

Instituto Mamirauá avalia potencial produtivo da andiroba e da copaíba

Objetivo é desenvolver máquina para extração de óleo, permitindo o manejo pelas comunidades das unidades de conservação da Amazônia.


por Ascom do MCTI
Publicação: 14/12/2015 | 11:23
Última modificação: 14/12/2015 | 11:28
Pesquisadores do Mamirauá fizeram o levantamento das áreas com andiroba e copaíba e das comunidades com aptidão para o manejo.
Crédito: Divulgação / Instituto Mamirauá
Pesquisadores do Instituto Mamirauá planejam desenvolver uma máquina para extração de óleo de andiroba, permitindo o manejo pelas comunidades das Reservas Amanã e Mamiaruá, no Amazonas. A ideia surgiu após estudos sobre o potencial produtivo da andiroba e da copaíba desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal em 2015. Os pesquisadores já possuem o levantamento das áreas de ocorrência de andiroba e copaíba e o mapeamento das comunidades que têm mais interesse e aptidão para realizar a atividade de manejo.
"Já existem máquinas parecidas no mercado. A ideia é adaptar de forma que a manutenção seja simples e que dependa o mínimo possível de energia elétrica ou diesel, por exemplo. A ideia é chegar a um equipamento eficiente, que vai diminuir o tempo que comunitários usam para extração do óleo", disse a pesquisadora Mariana Ferreira.
Ciclo de nutrientes
O Instituto Mamirauá também está avançando no projeto que avalia ciclagem de nutrientes da floresta para o solo. Para o monitoramento da quantidade de matéria orgânica que é absorvida pelo ambiente, foram instaladas, em 2015, bolsas preenchidas com folhas, que foram deixadas em pontos específicos da floresta, e serão recolhidas e monitoradas mês a mês. Um dos objetivos é comparar a velocidade de decomposição nos períodos de seca e cheia amazônica.
Os pesquisadores também complementaram as pesquisas de germinação e recomposição florestal, desenvolvidas desde 2008. "Durante o período de cheia dos rios foram coletadas sementes de seis espécies nativas de várzea para produção de mudas na casa de vegetação", explicou o pesquisador Paulo Nascimento.
Das 3,5 mil mudas produzidas, uma parte será transplantada para ambientes que sofreram alterações antrópicas ou degradações. "Espera-se com a pesquisa, levantar informações sobre ecologia básica das espécies arbóreas de várzea, assim como saber qual o potencial dessas espécies para recomposição de áreas degradadas nesses ambientes", completou Paulo.
Parte dessas ações é financiada pelo Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES. 
Fonte: Instituto Mamirauá