Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Nota em Solidariedade às famílias das vítimas da tragédia em Santa Maria-RS


Por Alessandra Miranda, assessora nacional de Direitos Humanos da Cáritas Brasileira

Na manhã deste domingo, dia 27 de janeiro, fomos surpreendidos/as pelos meios de comunicação sobre o trágico incêndio que aconteceu durante a madrugada na Boate Kiss, cidade de Santa Maria/RS.

A Policia Militar informa que 232 pessoas, em sua grande maioria jovens de 18 a 24 anos, perderam a vida. E mais de 120 estão internados/as nos hospitais locais. Notícia esta que provoca em nós uma profunda tristeza e comoção.

A Cáritas Brasileira se coloca em profunda solidariedade com todas as pessoas que de alguma maneira estão vivendo a dor da violência, desespero da tragédia e principalmente com os familiares e amigos que de maneira inesperada vivem o desespero da perca precoce destes e destas jovens.

Nos indigna os relatos de jovens sobreviventes, que contam que estavam sendo impedidos de sair do ambiente que estava sendo incendiado, em função da garantia por parte do estabelecimento de receberem os valores devidos dos jovens pelo consumo feito. Mais uma vez assistimos a ações em que diante da opção de preservar a vida, alguns escolheram de maneira criminosa a opção da seguridade do capital.

Dom Hélder Câmara, fundador da Cáritas Brasileira, já dizia aos jovens: “Temos mil razões para Viver”. É com este principio que nos colocamos a favor da vida e contra qualquer ato de violação destes direitos. Estamos falando da vida de jovens, que tem direito ao lazer e a vida segura. Jovens que experimentam seus sonhos projetando as vidas, com horizontes e paixão.

Que sejamos provocados pelas memórias desses jovens e de tantos outros que experimentam a violência, sejam nas grandes tragédias, ou na vida cotidiana, nas violências simbólicas e de negação de direitos. Pois como já cantávamos e ainda cantamos: “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte, a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte”.

No desejo de que possamos gerar mobilização para a garantia de direitos e apuração dos fatos, para que a justiça seja plena, seguimos em solidariedade.