Após
reforma na parte física do Posto de Saúde nº 09 os problemas de Recursos Humanos
perpetuam
Caso
aconteceu nesta semana e envolve idoso de 78 anos
31/01/2013
Por André Falcão
A produção jornalística de
nosso veículo de comunicação recebeu uma denúncia de um senhor de 78 anos que
preferiu não se identificar, segundo ele “estive no Posto de saúde nº 09 no
Setor P.sul em Ceilândia-DF no dia 28 deste mês para extrair um dente, e por
sinal neste dia até fui bem recebido, apesar da minha pressão ter caído e eu
ter desmaiado, após ter sido abandonado numa cadeira da qual até caí, me
levantaram e depois pelo menos me trouxeram um copo com água,”. A experiência
relatada continua, “após melhorar um pouco me deixaram fora da sala e os
profissionais voltaram as sua atividades e eu voltei para casa”.
Porém, segundo o cidadão aposentado de 78 anos
ao retornar no dia 30 ao mesmo posto com consulta marcada para 13h30 parecia
que tinha chegado em outro lugar menos no mesmo posto, ele explica “ao chegar
lá como tenho uma cultura de bastante responsabilidade, mesmo a consulta sendo
às 13h30 cheguei às 12h30, fiquei aguardando por um longo período e achei
estranho o fato de pessoas terem chegado depois e serem atendidas primeiro,
então questionei o fato para um profissional e ela respondeu que idoso não tem
preferência”.
Em relação ao fato do idoso
não ter preferência, a nossa produção manteve contato com a Assessoria de
Comunicação da Secretaria de Saúde de Estado do Distrito Federal e por telefone
foi explicado, realmente, “o fato de ser idoso não garante atendimento
preferencial, o que garante preferência é se o caso for grave comparado aos
outros”.
Ainda, de acordo com o paciente
de 78 anos, “estive questionando a situação com a responsável pelo posto nº 09, que por sinal estava representando o Chefe que se encontrava de férias, bem,
entenda que sou uma pessoa que paga meus impostos, que tenho responsabilidade e
fiquei impressionado com atendimento péssimo do qual fui recebido”.
Em conversa com o denunciante, ele deixou bem claro que não quer prejudicar ninguém e sim, fazer valer os seus
direitos e com plena consciência e lucidez, apesar dos 78 anos, ele enfatiza,
“procurei a imprensa para que casos como esses não voltem a acontecer com outros
idosos”.
O que, segundo o paciente,
foi mais assustador: além do fato de ele estar bastante desconfortável com toda a
espera que foi obrigado a aceitar, no momento de desabafo citou que no HRT
(Hospital Regional de Taguatinga) ele é atendido melhor. Ao ouvir esta afirmação, um dos profissionais envolvidos neste caso de desrespeito ao ser
humano, ainda teve a audácia de em tom de voz alta, mandar então que ele
procurasse o mesmo. Uma vez não sendo atendido no dia 30. E não é que ele foi lá
no HRT hoje(31), e segundo ele “ lá fui tratado como um rei”. Este relato
de ter sido tratado como um rei é na verdade o tratamento que todos que
passaram de 65 merecem até por que mesmo os que não atendem bem um dia vão
chegar nessa idade e para atender bem só precisa de educação, e foi sobre
educação que, por telefone a Assessoria da SES-DF explicou, “temos consciência de que
acontece casos em que o profissional precisa de uma reeducação para melhor
tratar as pessoas, a Secretaria tenta trabalhar a educação de seus funcionários
mas, às vezes, a acontece deles estarem estressados”.
Nossa assessoria jurídica
orientou, se por acaso o paciente tenha interesse ele pode procurar a ouvidoria
da Gerência Regional de Saúde ou a Promotoria de Defesa ao Idoso do Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios. Ao informar essa possibilidade ao
paciente, o mesmo foi veemente, “não quero prejudicar ninguém, só quero que os
responsáveis pela saúde pública orientem os profissionais a terem mais educação
ao lidar com as pessoas, principalmente com idade suficiente de ser o pai do
respectivo atendente”.