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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Saúde Pública // Check List Cirurgia Segura - Brasília-DF





Hran implanta Check List Cirurgia Segura
Ação faz parte do programa Cirurgias Seguras Salvam Vidas

BRASÍLIA (10/6/16) - Com uma média diária de 25 cirurgias eletivas e 10 emergenciais, o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) implantou nesta semana o programa Cirurgias Seguras Salvam Vidas. A ação consiste em um Check List, apoiado pela Organização Mundial da Saúde, que possui 28 itens que devem ser conferidos pela equipe para garantir a qualidade do procedimento e segurança do paciente.

"Sabemos que 60% dos eventos adversos são evitáveis e, geralmente, em eventos adversos graves, pode haver a perda permanente ou temporária de órgãos e também levar ao óbito", disse a técnica de enfermagem do Núcleo de Segurança do Paciente, Janine Araújo.

A checagem começa desde o momento em que o paciente chega ao centro cirúrgico, antes da indução anestésica. "Nesta primeira fase, verificamos a identificação do paciente, qual o procedimento que será realizado, se tem lateralidade (membro direito, esquerdo ou bilateral) e como estão os equipamentos para a anestesia", informou a técnica.

Outra orientação é conferir a elaboração do termo de consentimento, produzido pelos profissionais para explicar como será executada a cirurgia e quais são as possíveis complicações. O documento deve ser lido e assinado pelo paciente que será submetido ao procedimento.

A segunda fase ocorre antes da incisão cirúrgica, chamada 'time out', quando se verifica se a equipe está completa, qual procedimento será realizado e, novamente, a lateralidade. Também analisamos a previsão de intercorrência de acordo o perfil do paciente, em que prevemos, por exemplo, a necessidade de UTI, bolsa de sague e intubação para reverter algum evento crítico.

Após a conclusão da cirurgia, os profissionais fazem um terceiro check list, que ocorre antes de o paciente ser levado para a sala de recuperação. "Nessa etapa, conferimos se o procedimento proposto foi realizado, já que durante a cirurgia a equipe pode avaliar a necessidade de trocar de método. Também contamos todos os instrumentos e insumos" informou.

Segundo a supervisora do Centro Cirúrgico da unidade, Luana Damasceno Marins, apesar de o instrumento estar em uso, ainda receberá novas alterações, de acordo com a realidade do hospital. "A equipe está sendo treinada e passará por outros cursos para adequar às mudanças para o preenchimento do formulário e checagem", afirmou.

Janine Araújo explica, ainda, que antes havia a checagem, mas de maneira individual. Agora, o procedimento é coletivo, feito verbalmente entre o grupo que ouve todas as informações.
Desde o ano passado o hospital promove reuniões com os profissionais para orientar sobre essa meta internacional de segurança do paciente e sobre a importante.
"Os médicos são excelentes e eu me senti seguro para fazer a cirurgia, que foi ótima. Acho importante porque temos uma qualidade maior do serviço, menos preocupações e menos riscos de haver erros", finalizou Jair Silva, 29 anos, submetido a uma cirurgia para reparar uma fratura exposta e enxerto de pele.